google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


"Tráfego lento, mantenha a direita", sinalização comum nos Estados Unidos

Todos os dias nos deparamos com pessoas de comportamento estranho dirigindo nas ruas. A se considerar as quantidades de carros novos vendidos a cada dia e de novos motoristas que chegam ao comando desses carros, não se pode esperar boa coisa mesmo.

Vejo cotidianamente colegas motoristas que acham que andar na faixa da esquerda no limite de velocidade máximo permitido e não sair de lá é correto.

Ouço isso até mesmo de jornalistas experientes da rádio que trabalha 24 horas por dia falando de trânsito em São Paulo. E já ouvi mais de uma vez, e nem escuto essa rádio todos os dias, e nem durante muito tempo.

Incrível, mas desconhecem o Código de Trânsito Brasileiro, e se julgam mantenedores da lei e da ordem com essa opinião. Na verdade, estão promovendo a desobediência ao CTB.
De Tomaso Pantera (foto Rafael Tedesco/AE)

Então ali estava eu. Meus joelhos mais altos que o pequeno painel de instrumentos, minha cabeça tocando o teto, minha mão direita segurando o puxador de porta como se fosse uma corda que me impedia de cair para a morte certa. Tive medo de arrancar o danado do puxador de suas velhas fixações turinenses, mas apenas por uma fração de segundo, porque tinha medos muito maiores para me preocupar naquele momento específico...

Atrás do meu cotovelo esquerdo, ali a milímetros da minha busanfa, praticamente dentro do habitáculo, um enorme, vocal, forte, onipresente 351 Cleveland urrava a plenos pulmões. E não era só um barulho inócuo como o de um Gol com escape aberto, não, era algo sério e apavorante, que não apenas se ouvia, mas se sentia, como se vibrasse em ressonância cada fibra de meu ser, um avassalador berro gutural acompanhado de um empurrão incrivelmente forte e sem fim, mesmo subindo a serra. Sim, estávamos numa serra, cheia de curvas fechadas, e aquele saudável monstro atrás de meu cotovelo empurrava um carro leve com nada menos que 40 anos de idade, rumo à primeira de uma série de curvas fechadas. E meninos, eu estava apavorado...

Na frente do painel curto, e muito perto da minha cara, estava o pára-brisa. Depois dele o carro acabava quase que imediatamente. Podia ver o chão ali, pertinho, muito, mas muito perto mesmo. Perto demais. Eu não conhecia o carro ainda, e nem como dirigia o Renato, o dono e piloto. Pensava apenas que se ele tirasse o pé muito dentro da curva, o momento polar de inércia alto nos jogaria num sobresterço dificílimo de controlar, e cairíamos no precipício capotando “de bunda”. Se freasse antes e desse motor, achei que os enormes pneus traseiros se juntariam a massa e a fantástica força do Cleveland para deixar a dianteira leve o suficiente para um substerço monumental, fazendo-nos cair no precipício de frente, numa imensa bola de fogo visível de fora do globo terrestre. Certeza eu só tinha uma: eu ia morrer uma morte espetacular e cinematográfica, e aparecer em todos os jornais do dia seguinte. Vi São Pedro puxando minha ficha num armário dourado, vi sua cara de desaprovação com o que estava escrito lá. Pensei na hora que se eu morresse me divertindo a 500 km de casa, minha esposa ia me matar. Ia ser o primeiro sujeito a morrer duas vezes no mesmo dia!

Foto: Rafael Tedesco/AE

Mas meus medos se mostraram infundados. Perto da curva o Renato habilmente reduziu uma marcha igualando as rotações, entrou dando motor na curva (o tradicional método para motor traseiro), e o carro apenas a contornou sem drama algum. Rápido, sim, rápido pacas, mas ainda assim sem sustos ou vícios. Quase nem cantou pneu, apenas assentou e contornou a curva, dócil feito um carneirinho felpudo. Não vou dizer que relaxei a partir dali, porque a velocidade não permitia que nenhuma parte de minha anatomia relaxasse, pois o resultado disso seria catastroficamente escatológico. Mas pelo menos passou pela minha cabeça uma pequena possibilidade de que, talvez, quem sabe, existisse uma chance de permanecer vivo para ver outro dia.
Foto: GuiaDias.net

Hoje, 22 de setembro, um sábado, é o dia mundial da falta do que fazer, da alienação dos que imaginam um mundo sem veículos automotores, considerados por muitos como vilões e não os verdadeiros os amigos que são.

Por isso, como vem fazendo todos os anos nesse dia de trevas para o automóvel, o AUTOentusiastas repudia o dia mundial sem carro – em minúsculas mesmo, intencional, para realçar a insignificância desse dia criado por quem não tem o que fazer ou que só quer aparecer, como trocar o carro pela bicicleta, por exemplo.

Não há o Dia da Consciência Negra? Por que não, então, em vez dessa besteira de dia mundial sem carro não instituir o Dia Mundial da Consciência Automobilística?.Um dia destinado à reflexão sobre a importância e o envolvimento do automóvel na vida de todos nós – quer queiram, quer não.

Afinal, o que querem os idealizadores desse dia sem nexo? Mostrar que a sociedade pode prescindir do automóvel particular? Que pretensão mais tola! É claro que, como todo crescimento, o do automóvel traz problemas como espaço, dificuldade de rodar e de estacionar, da mesma forma que o aumento populacional entope o metrô (foto de abertura deste post), os aeroportos (foto mais abaixo), os terminais rodoviários e até, e principalmente, os hospitais. Não é problema de automóvel, é de gente.

Por favor, que ninguém me venha com o argumento de que o automóvel polui, pois isso acabou há 15 anos aqui e um pouco antes no resto do mundo, graças aos controles de emissões nos veículos. Nem o famigerado CO2, que dizem que vai fazer a Terra derreter, tem participação grande dos automóveis. Todo o transporte do mundo, incluindo aviões, navios e trens, é responsável por 25% do "fatídico" gás produzido, os 75% restantes cabendo à indústria e moradia. Desses 25%, menos da metade – 12% – é que cabe aos automóveis e comerciais leves. Cadê o vilão?

Fotos: Renault/Oswaldo Palermo


O utilitário esporte Renault Duster, a dias de completar um ano no mercado brasileiro e que já vendeu mais de 38 mil unidades, ganhou sua primeira série especial, a Tech Road. O destaque da série é o sistema multimídia completo integrado ao painel, o Media Nav, acompanhado de algumas mudanças visuais de conotação esportiva.

Este visual compreende as máscaras dos faróis escurecidas, as rodas de alumínio de 16 polegadas em cor cinza Inox, mais os adesivos com a inscrição Tech Road na parte inferior das portas traseiras e colunas centrais adesivadas de preto.

Baseado no Dynamique, topo da gama, o Tech Road é disponível com motor 1,6 (R$ 54.800) e 2 litros, este com câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro (R$ 58.450 e R$ 62.150, na ordem), mas com tração dianteira apenas. Todavia, quem quiser adquirir um Dynamique 4x4 pode ter o Media Nav como item opcional de fábrica por R$ 500, mas sem os demais itens da série especial.

A fábrica informou não ser possível instalar o Media Nav em veículos já produzidos por conta de diferenças no sistema elétrico, o que é uma pena.

O Media Nav integrado ao painel. Na versão Dynamique com tração 4x4 custa R$ 500, um preço atraente