google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Aqueles de vocês que tiveram sorte de acompanhar de perto os gibis de super-heróis da Marvel durante a juventude certamente conhecem a série de histórias “E se?”. Para os serem humanos menos privilegiados neste assunto, alguma explicação é necessária.

Estas histórias exploravam realidades alternativas basicamente. Em um ponto qualquer da história dos personagens, escolhas ou eventos acontecem de forma diferente, e o futuro é alterado. Coisas como: “E se o Tio Ben do Homem Aranha não tivesse morrido?”, ou ainda, “E se o Capitão América não sumisse depois da guerra?”. Este tipo de coisa é também muito explorado na literatura e no cinema, por ser realmente um exercício interessantíssimo, e que põe qualquer um a pensar o que seria da própria vida se tivesse feito algo diferente em alguma das várias encruzilhadas que o mundo nos oferece.

Pois bem, quando falamos sobre a VW e Heinz Nordhoff semana passada, passei muito rapidamente pelo que aconteceu atrás dos portões da empresa em Wolfsburg antes da morte de Nordhoff. Saquei então de minha estante o terceiro volume da caixa de três livros chamada “Exellence was expected”, onde da página 1207 até a 1211 estão todos os detalhes do carro que, não morresse Nordhoff em 1968, seria o novo Fusca: o projeto EA 266.

Como o primeiro Golf de 1974 que foi lançado no lugar do EA 266 foi o carro que realmente tornou unânime a preferência mundial pelo motor transversal e tração dianteiros, o que seria do mundo hoje se ele não tivesse existido? Como não trabalhamos com ficção aqui no blog, esta parte fica para cada um de vocês imaginar. Vou me ater apenas a contar a vocês como seria este VW.


Fotos: Nissan

Que o Nissan GT-R, atualmente órfão do nome Skyline é chamado de Godzilla, todos sabem.

Um carro de desempenho fortíssimo, um monstro japonês, o mundialmente apelidado Godzilla, pronunciado "Godzira", lá na terra de origem.

Se alguém não conhece a história, vale a pena. Originada do medo da radiação nuclear, algo que infelizmente os japoneses conhecem muito bem, é  um lagartão que se tornou gigante por ser exposto a esse tipo de contaminação, e invade as cidades destruindo tudo que vê pela frente.

Mais que uma ficção científica, é uma reflexão do por que as guerras são sempre fruto da imbecilidade humana.

Mas o GT-R nem é feio como o monstro que lhe empresta o nome, pelo menos para algumas pessoas ele é absolutamente lindo, e então a Nissan,  uma empresa que apenas pela linhagem Skyline já fez valer sua presença no mundo, resolve lançar o Juke, uma dos carros teoricamente mais feios já nascidos sobre quatro rodas.




No último dia 26 de novembro foram publicados os resultados mais de testes de impacto para uma lista de veículos produzidos na América Latina, pelo respeitável órgão Latin NCAP.

Quem deseja saber mais um pouco do significado e o que eles fazem, bem como os testes feitos até agora, antes de seguir adiante com a leitura, recomendo vejam este link.

Imagino que a maioria dos leitores do AE tomaram ciência dos desastrosos resultados, alguns de vocês nos escreveram pedindo comentássemos algo a respeito e foi o que decidimos fazer, não sem antes de um longo debate dentro deste grupo.

Os pontos discutidos não fogem muito do que se publicou e comentou na imprensa a respeito, que começam com uma constatação: compramos os carros compactos com níveis de proteção aos ocupantes contra impactos semelhantes aos que os compactos europeus (segmento B, lá) produziam há vinte anos.

Toyota + Subaru = Toyobaru

Eu adoro arroz, principalmente na hora do almoço, mas os japoneses adoram mais ainda. Eles comem arroz o dia inteiro: do café da manhã até o jantar, toda hora é hora para se comer arroz. O cereal é tão importante para eles que o governo japonês incentiva o plantio em qualquer lugar: o dono de um terrenão não pode simplesmente deixá-lo abandonado com mato crescendo. Ou ele ergue um prédio ou planta arroz.

É a estratégia da autossuficiência: o Japão poderia comprar arroz tailandês, vietnamita ou indiano por uma pequena fração do custo da produção interna, mas trata-se de uma respeitável cultura milenar. O país já importa uma infinidade de recursos naturais e por isso se recusa a comprar comida de outros países para alimentar seu povo. Na ponta do lápis é uma conta que não fecha, mas que se sustenta pela elevada taxação imposta ao arroz importado.

Questão de independência: acostumados a agruras históricas, o povo japonês sabe que é melhor enfrentar as vicissitudes da vida de barriga cheia. E o melhor: sem precisar depender de ninguém.