google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autores e divulgação


Novo Civic melhorou
Por Arnaldo Keller


Primeiro foi o terremoto seguido de tsunami, no Japão, e isso comprometeu a importação de componentes eletrônicos para o novo Civic da Honda. Em vista dessa catástrofe, planejaram importar de fábricas localizadas na Tailândia. E outra catástrofe sobreveio, inundações por lá.
Esses inesperados acontecimentos causaram o atraso no lançamento do novo Civic por aqui, o de nona geração, pois, apesar dele ter 80% de nacionalização de seus componentes, boa parte da eletrônica vêm dessas fontes.

Imagino a aflição do pessoal da Honda por aqui, porque eles bem que já estavam sabendo que esse novo modelo deve reverter a situação de queda nas vendas.
Em meados de dezembro ele já estará nas concessionárias para test-drives e em 15 de janeiro estará à venda.

O 2012 foi totalmente redesenhado. Suas linhas me pareceram inspiradas no irmão menor, o City. Ficou bonito e, principal, a coluna “A” – a que separa o para-brisa dos vidros dianteiros – afinou, e aquele pequeno triângulo formado na vigia do vidro dianteiro sumiu, o que eliminou um problema de segurança que eu considerava grave, a falta de visibilidade nessa área. Agora a visibilidade está ótima, ampla.

O estilo frontal mudou bastante

Suas novas linhas parecem lhe dar mais leveza – o carro parece mais alegre e mais chique. O pára-brisa aumentou em área e ficou mais inclinado. A nova carroceria proporciona menos 4% de arrasto. Seu Cx, agora, está em excelentes 0,25 – ou seja, igual ao do Toyota Prius, cujo projeto teve grande esmero em cima desse item para obter economia de combustível.



Uma experiência completamente nova

Impressionante! Arrepiante! Atordoante! Entorpecente! Esse carro mexeu com minha cabeça e corpo de um jeito que nunca aconteceu antes. 

Estou muito acostumado a andar como passageiro do Arnaldo, mas na grande maioria das vezes em carros antigos. E mesmo nos antigos que andam muito, principalmente nesses, por melhor que sejam, sempre existe um limite imposto seja pelo estado do carros, por serem objetos de coleção, ou por limitações do próprio carro. Então, raramente podemos explorá-los com vigor. 

Mas dessa vez o limite do carro é extremamente superior a qualquer coisa em que eu já tenha andado ou dirigido. E o primo teve muito mais espaço para explorar a máquina, uma vez que o limite desse carro está em um nível inimaginável até então. O segredo todo desse limite está no equilíbrio e na tração. O Arnaldo andou muito forte! E eu, do lado, fiquei atordoado, confuso, com uma sensação estranha, difícil de descrever. Algo como se minha razão estivesse me dizendo, ou forçando a ficar com medo, muito medo, mas o corpo e os sentidos me dissessem para ficar tranquilo. Eu podia sentir facilmente que o carro estava completamente na mão do Arnaldo, sem risco algum de uma escapada. É curioso com se "sente" as quatro rodas agarradas ao chão o tempo todo. Ao final ele me perguntou: e aí, ficou com medo? Eu disse não, medo não! 



A primeira idéia era guiar um Mustang com mais de 400 ou 500 cv e câmbio manual, para tirar a inhaca que esse monte de tecnologia que a maioria dos carros modernos andam me dando.

Tudo bem, gosto de carro rápido, mas ando sentindo uma chatice ao guiar carros com desempenho fantástico, mas cujo desempenho cada vez dependem menos de minhas providências, e isso me irrita um pouco. Não gosto que o computador fique dando opinião antes da hora. Se quero que o carro escorregue um pouco, eu quero e boa. Conto com a escorregada para me posicionar adiante, para a próxima tomada, e, se o computador age e não escorrego, me atrapalho e saio do roteiro programado.

Mas acontece que esses controles estão cada vez mais controlando melhor e a gente tem mais é que tirar o chapéu. Estão incrivelmente eficientes e, se a gente se adapta a eles, dá para nos divertirmos.



No mês de agosto recebi um convite por e-mail para participar de um evento promovido pela Audi e pela concessionária Caraigá, de São Paulo, com o apoio da empresa de blindagens GBR. O convite foi feito através da agência Rae,MP.

O contato foi feito por eu ser um dos colunistas do AUTOentusiastas. Para ser bem sincero, fiquei um tanto surpreso com o convite. 

Escrevo sobre tecnologia automobilística na internet há anos e nunca me chamaram nem para tomar um cafezinho. Mas aceitei o convite.

O evento foi remarcado algumas vezes, mas sempre foi confirmado que aconteceria. Finalmente, a data definitiva foi marcada: 19/11, sábado passado.

Fui para lá pensando no tradicional: o velho e sempre agradável "comes e bebes", algumas palestras e coisas do tipo. Eu não poderia estar mais enganado.