google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Já estamos acostumados. Vamos ao médico, ele nos pergunta sobre várias coisas. Como nos sentimos, como estamos nos mantendo, como estamos nos alimentando, e por aí vai. Então, ele passa para o próximo passo, que é o exame clínico propriamente dito, e neste exame, ele aproveita para verificar o nosso peso e medir nossa pressão arterial.

Além do peso, medir a pressão arterial é cômodo para o médico por dois motivos muito importantes. Além de informar muito sobre nosso estado de saúde naquele exato instante, a medida da pressão, tomada por um instrumento chamado esfigmomanômetro, é de uma técnica de medida simples, não invasiva, que pode ser tomada a qualquer instante, sem necessidade de retirar mostras, de um laboratório para analisar estas amostras, não dói, não tem efeitos colaterais posteriores etc.

Podemos dizer o mesmo para medir a saúde do automóvel.
Não muito tempo tempo atrás, relembramos a vitória do Mazda 787B em Le Mans, sendo até hoje o único carro japonês e o único com motor Wankel a vencer na pista francesa.


O princípio do desenvolvimento para competição do motor Wankel por conta da Mazda veio com o primeiro modelo da marca dotado com este motor com dois rotores (versão 10A), o 110S Cosmo.



Não, caro leitor, não pense que ao estar se preparando para passar dos 300 km/h pela primeira vez você estaria como agora, tranqüilo, lendo este relato. O seu nível de alerta estaria alto, bem alto, quase no pico. Seu cérebro estaria trabalhando a mil e seus níveis de percepção e de reação estariam muito acima do que estão agora, portanto, esse sujeito que agora lê não seria o mesmo; seria outro: mais atento, mais sensível, mais absorvedor de informações, mais objetivo e eficiente. Toda informação útil estará sendo bem gravada em seu cérebro.

Portanto, muito provavelmente você seria capaz da empreitada, já que naquele momento você seria “outra pessoa”, seria aquele cara com o sangue quente que você conhece melhor do que ninguém. Além disso, as condições eram as mais próximas das ideais. O R8 GT, afora ter um tremendo motor V-10 de 560 cv, que gira a mais de 8.000 rpm, é um conjunto fora de série, fantástico, onde a Audi investiu todo seu potencial tecnológico, grande parte obtido de sua vitoriosa experiência nas pistas, principalmente nas provas de longa duração, tipo 24 Horas de Le Mans, prova que na última década ela venceu a maioria.

Se você estaria nervoso ou não é outra história. Nervoso estaria se não soubesse o que iria enfrentar, o que não era o meu caso. Eu já conhecia algumas características do carro, pois no ano anterior já guiara o suficiente um modelo muito similar da Audi, o R8 mais “fraquinho”, o de motor V-8 de 420 cv.



A foto acima causou acalorada discussão entre alguns amigos esta semana. E por incrível que pareça, não foi a respeito dos belíssimos Jaguar E-type em primeiro plano, nem muito menos o Gordini azul ao fundo. Foi a respeito de pneus faixa-branca.

A discussão girou em torno do fato de que, em seu primeiro ano de produção, o E-type teve pneus faixa branca opcionais. E por muito tempo ainda foram oferecidos como opção, principalmente nos EUA. Daí vem que alguns amigos acharam que uma obra-prima como o E-type deve ser preservada o mais original possível. Outros, como eu, acham puro sacrilégio.

Originalidade é mais importante? O amigo Juvenal Jorge disse: “Você pode até achar uma tela de Picasso feia, mas não pode corrigi-la... Tem que ficar original.” Inteligentíssimo argumento, mas que esquece uma coisa básica: carro não é algo estático feito pintura.