google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Em tempos em que quase tudo é igual e que nos leva a nos acostumar com as semelhanças, esses dois assustam.


















Como dois fabricantes tão distintos conseguem fazer dois carros tão iguais?






Não estaria na hora de usarem mais a imaginação?














Ou será que houve uma espionagem no melhor estilo F-1 na temporada passada?









Pelo menos, são dois carros muito interessantes.




Há notícias de que ambos estarão rodando no Brasil em breve. O Kia como importado e o Citroën fabricado em nossas terras. A conferir.
Sempre gostei do Chevette, mas passei a respeitar ainda mais o pequeno carro depois que conheci o trabalho do amigo MAO, há muitos anos. Todos os detalhes íntimos que o MAO transcreve sobre o carro são frutos de uma convivência ímpar de quem sabia o que tinha em mãos.

Basta perguntar para qualquer ex-proprietário de Chevette que não seja um entusiasta o que ele achava do carro: poucos lembrarão de suas virtudes (minha tia tem saudades do diâmetro de giro). A maioria absoluta lembrará apenas que era um carro relativamente apertado, com uma péssima ergonomia.

Felizmente a experiência abaixo o MAO não teve: um teste prático das zonas de deformação do Chevette.


A foto acima foi publicada na primeira página do jornal Cidade de Santos de 29 de junho de 1977, quando um engavetamento monstruoso ocorreu na Via Anchieta, envolvendo 140 veículos, resultando em 15 mortos e 300 feridos.

Mas não me comove nem um pouco. Diante de todos os relatos apaixonados e esmiuçados do MAO sobre o Chevette, não tenho a menor dúvida de que ainda terei um deles em minha garagem. Sem ABS, sem air-bags, sem célula de sobrevivência.

WHO CARES?

FB
Visto em Lindóia uma das mais legais criações da recentemente defunta Pontiac:


Opcional nos Pontiacs grandes de 1960 a 1968, a 8-lug wheel é uma pequena amostra do que já foi a hoje tão combalida General Motors. Um pequeno detalhe que mostra quão diversificada era a companhia em seu ápice; cada divisão do gigante não se diferenciava apenas em detalhes de estilo, mas em engenharia, motores, suspensoes, rodas.

Hoje em dia, uma corporação como a GM só desenha uma roda nova por força de estilo. Nunca mais veremos um carro normal fazer uma roda melhor projetada como foi essa, "só" porque propiciava menos massa não-suspensa.

Para quem não percebeu ou nunca ouviu falar dela, a 8-lug, na verdade, é uma roda na qual apenas o aro e as abas onde estão os furos para os 8 parafusos são roda realmente; o resto é tambor de freio.

Na foto abaixo, pode se ver melhor o esquema:





MAO

Esse post não será mais uma lista dos 10 mais algo dentre os Pontiacs; nem um "Essa é sua vida" sobre a história dessa marca que nasceu como um modelo da Oakland.

Lembro da primeira vez que o vi, em toda a sua glória, calçando Firestone Redline Wide Ovals. Foi no Campo de Provas de Cruz Alta, da GMB, em Indaiatuba, SP, num evento do Chevrolet Clube do Brasil de Carros Antigos. Parei, respirei fundo, olhei-o de novo, esfreguei os olhos, chamei um amigo para ver. Não acreditava nos meus olhos.


Na segunda vez, um dia úmido, asfalto molhado, uma manhã de domingo no Clube da GM em São Caetano do Sul, noutro evento do "Clube do Chevrolet". Aquela cara de bravo, aquele jeito cool e blasé que poucos carros tem.


Um dia Egan Sr. chegou em casa dizendo que havia feito um negócio com o "Miúdo", que tinha a posse dele à época. Um jovem Bill, à época prestes a fazer 18 anos, teimou em não acreditar. Diriji-o ainda sem carta, trazendo-o do Tatuapé até a nossa casa, no Campo Belo, e me apaixonei. Sim, me apaixonei por algo tão não-feminino quanto um Pontiac GTO. 1965, vermelho, conversível, 389, 4-bbl, four-on-the-floor.


Consegui minha CNH, e o primeiro passeio foi com ele. Fui a Interlagos, onde dirigi pela primeira vez num circuito. O amigo Milton Belli estava lá, e se lembra. Bons anos de juventude, regados a Beach Boys, Jan & Dean, Surfaris e outros.



Sempre tive medo, pavor na verdade, de esticar a quarta marcha depois de deixar borracha no chão nas três marchas anteriores.

Fiquei muito triste quando Egan Sr. o vendeu, num negócio meio volumoso, onde recebeu 3 carros mais uma vultosa quantia de dinheiro à época. Ele não era perfeito, a funilaria era ruim, o interior precisava de carinho, mas ele era o meu GTO.

Em 20 anos nesse meio, tivemos Oldsmobiles (5), Chevrolets (10+), Fords (10+), Alfas (6), VWs (9), you name it. But of all those friends and lovers, there is no one compares with you.

Resquiat in Pace, Pontiac.