google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
O excelente post do Marco Antônio sobre os Chevettes me lembrou de uma coisa que preciso dividir com os autoentusiastas: a confusão que se faz no Brasil entre eixo e árvore. Lembrei justamente quando ele falou no cabeçote Bialbero feito Silvano Pozzi.

Assim como tanto se fala hoje "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", eixo é uma coisa, árvore é outra.

Para conceituar, eixo, quando físico, é um componente em torno do qual algo gira, como uma roda de automóvel que não tem tração. Já árvore é um elemento que transmite rotação.

Árvore em italiano é albero e por isso dizem albero a came para exprimir comando de válvulas. Em português é árvore de comando de válvulas. Se for duplo comando, bialbero.

Ainda usando o italiano como referência, eixo é asso. Num Fusca, a suspensão traseira de semi-eixo oscilante se diz semi-asso pendolare.

Com o inglês é a mesma coisa em comando de válvulas e outros componentes. O termo é camshaft e não cam axle; crankshaft (virabrequim) e não crank axle; half-shaft e não half-axle.

Portanto, é preciso cuidar para escrevermos árvore de comando de válvulas e não eixo de comando de válvulas; árvore de transmissão (cardã) e não eixo de transmissão; árvore de manivelas (virabrequim) e não eixo de manivelas; semi-árvore e não semi-eixo (do acionamento das rodas).

Outro dia me surpreendi ao ver material técnico da Dana falar em semi-eixo e da Turbo Garrett, em eixo do turbocompressor. Neste, o mesmo texto, em inglês, dizia turbocharger shaft...
BS



O Bob e o JJ que abriram a caixa de Pandora. Reclamem com eles. Não vou ser eu a fechá-la.

Esta primeira lista é para quem acredita que Chevette deve ter apenas 4 cil. em linha para ficar mais fiel a seu desenho inicial. Aguardem que outras virão.

1) Chevette-Lotus do Luiz Dränger
Leia o post do Bob sobre ele aqui. Nada mais precisa ser dito. Um Chevette brasileiro com participação direta de Colin Chapman.

2) Chevette Silpo Bialbero




Aprendi mais uma hoje: a General Motors desenvolveu um carro a célula de combustível (fuel cell no original inglês) em 1966.

Lá se vão 43 anos agora e, mais uma vez, nos deparamos com uma das grandes verdades do mundo. Poucas coisas divulgadas como absoluta novidade são realmente novas.

O que acontece é que o progresso tecnológico em diversas áreas permite que idéias antigas sejam reeditadas de forma mais simples e econômica.

Devemos notar que as naves espaciais do programa Apollo utilizaram células de combustível na mesma década de 60. Aliás, o problema ocorrido com a Apollo 13 foi justamente nesse sistema.

Mesmo assim, os carros movidos a fuel cell ainda devem demorar uns bons 7 a 10 anos para serem comercializados em volume normal.

Veja um site que conta mais detalhes dessa criação da GM:
Há pouco mais de um mês, terminei a leitura de um extenso livro narrando a tentativa de Robert Falcon Scott e sua equipe em atingir o Pólo Sul antes de qualquer outro ser humano.

O livro, de título "A Pior Viagem do Mundo", escrito por um dos sobreviventes da expedição, e que não foi ao Pólo, mostra que Scott e mais 4 colegas gastaram 147 dias para ir ao ponto extremo sul do planeta e voltar até um ponto em que os cinco pereceram vítimas de fome, frio, congelamento de partes do corpo e outros problemas.

Talvez o maior baque tenha sido o psicológico, pois Roald Amundsen, norueguês, conquistou o Pólo um mês antes, em 14 de dezembro de 1911.

Scott gastara 5 meses apenas para ir e voltar, a pé e com trenós puxados a pôneis e cachorros, já que os trenós motorizados que haviam sido levados não resistiram aos inúmeros problemas gerados pelas baixas temperaturas, de até -60 °C.

Esses períodos não contam o tempo desde a saída da Inglaterra para Scott, e da Noruega no caso de Amundsen. No total, as expedições duraram entre 2 e 3 anos longe de casa.


Agora, depois de quase 100 anos, encontro a notícia que um grupo de 4 Toyotas Hilux, preparadas pela empresa islandesa Artic Trucks, fez a mesma viagem em 38 dias, sendo a primeira conquista de veículos a motor do Pólo Sul.


A Artic Trucks é conhecida dos brasileiros de uma forma muito pública, ao menos para quem prestou atenção. Havia uma pick-up Hilux preparada por eles no Salão do Automóvel de outubro passado, vermelha, espetacular. Também já haviam filmado a chegada de um grupo ao Pólo Norte, em conjunto com a BBC, que destacou a equipe do programa Top Gear para essa viagem. Diga-se de passagem, muito curta, comparada ao que se encontra na Antártica. Aqui no Hemisfério Sul, os carros percorreram cerca de 5.000 km, ida e volta, um trajeto bem maior que o de Scott ou Amundsen, que foi por volta de 2.900 km, já que com as Hilux não seria possível subir a cadeia de montanhas que foi superada pelos trenós.

Esse tipo de expedição, viagem, aventura ou loucura, conforme diferentes pessoas classificam, são extremamente atraentes a muitos, e uma bobagem total para outros.

Fico no primeiro grupo, o dos que gostam, mas tenho que confessar que considero muito mais o resultado positivo de um planejamento meticuloso, como diz o nosso expedicionário maior, Amir Klink, que detesta ser chamado de aventureiro.

Planejamento e organização permitiram que Amundsen chegasse ao pólo 1 mês antes de Scott, tendo partido da Europa 2 meses depois!

Não sei quanto tempo a Artic Trucks planejou, mas podem ter certeza que foram muito mais do que os 38 dias gastos movimentando-se no continente gelado.

Para ver fotos dessa expedição e saber mais como são os carros, acesse o link: