
Esta semana a turma que faz este blog discutiu bastante o Panamera. Acho que nestas conversas eu finalmente decidi minha opinião sobre ele.
Minha opinião sobre o Panamera é a mesma que tenho sobre o Cayenne: preferia que não existisse.
Não há dúvida que o Panamera, assim como o Cayenne, será um carro ótimo. Provavelmente será o melhor carro do seu tipo, como o é o Cayenne. E aí está a raiz do problema. Existem literalmente dúzias de peruas 4x4, altas, caras, com V8s superpotentes à venda hoje em dia. Mercedes, BMWs, Range Rovers, e até baratas Jeep SRT8 e Chevrolets SS.
Existem também um monte de sedãs esportivos: Maseratis, Mercedes, BMWs.
Mas só existe um Porsche 911. Não há mais nada como ele. Isto é que costumava fazer um Porsche especial: uma fórmula única e inimitável. Se a particular forma de cupê 2+2 com motor contraposto traseiro lhe toca como faz a mim, só existe um lugar onde consegui-lo: no subúrbio de Stuttgart chamado Zuffenhausen.
Não sou tão tradicionalista a ponto de achar que empresa morreu, ou que não significa mais nada, mas gostaria que ambos os carros nunca tivessem existido. Antes deles, se uma pessoa lhe dizia que tinha um Porsche, você sabia que era um tipo especial e diferente de pessoa que entendia uma longa e bonita tradição. Ao contrário do Ferrari, que sempre contou com jogadores de futebol deslumbrados entre seus donos, a Porsche apetecia a quem gostava de dirigir, e só a eles. Agora, "eu tenho um Porsche" não significa mais nada. Só que o cara tem algum dinheiro.
E o que me deixa mais triste, no caso do Panamera, é que a ideia é ótima. Não existe motivo para que um carro esporte não possa ter 4 lugares, 4 portas e portamalas. E não existe motivo para que um Porsche não possa ter 4 lugares, 4 portas e portamalas. Mas a ótima ideia pegou o caminho errado.
E por que? Vejam bem, a Porsche teve um bruta trabalhão para fazer a experiência de dirigir o Panamera ser digna de Porsche (ou seja, fosse como um 911). Teve um trabalho danado também para que o carro tivesse aparência de Porsche (ou seja, parecido a um 911). Então por que cargas d'água ela não fez ele SER um Porsche de uma vez????
Bastava colocar um motor contraposto lá atrás, ou mesmo em posição central-traseira. Caramba, era só alongar um 911, pelamordedeus!!!
Conseguiria um carro original e único como o 911, que agradaria os puristas e os não-entusiastas (que nem sabem onde fica o motor de qquer forma) duma vez só.
O Panamera me entristece não pelo que é, mas por tudo de grande que poderia ter sido.
MAO
Democratizar e difundir amplamente todo o conteúdo e as informações técnicas e de utilização contidas no manual do proprietário da sua atual linha de produtos (veículos de passeio e utilitários).
É com esse objetivo que a Renault do Brasil se tornou, recentemente, uma das empresas pioneiras na disponibilização da versão eletrônica do manual do proprietário de todos os seus modelos para download em seu endereço eletrônico na internet, o http://www.renault.com.br. A versão digitalizada do manual do proprietário está disponível no formato de arquivo Adobe Reader, um dos softwares mais populares da rede mundial de computadores.
Com isso, o tamanho do arquivo eletrônico de cada um dos manuais é reduzido, o que diminui o tempo necessário para o internauta realizar o download, além de permitir que o cliente visualize em sua tela de computador o mesmo layout -- incluindo textos e ilustrações existentes -- da versão impressa entregue no momento da retirada de um veículo da marca zero-quilômetro. (Divulgação Renault nesta data)
janeiro 14, 2009

Achei o recorte de jornal!
Mas o fato que contei no post abaixo, segundo o texto, deu-se na 24 Horas de 1988. Lembro-me de ainda estar trabalhando na Volkswagen quando recebi este recorte de alguém (deixei a VW no final daquele ano — para ir trabalhar na Gurgel, o grande desastre da minha vida; qualquer dia conto essa história).
Se não me engano, o diretor de competição da Porsche era o barão Huschke von Hanstein (que conheci e ciceroneei no Rio, a pedido da CBA, isso no final dos anos 1970) e o da Jaguar, Tom Walkinshaw.
No anúncio, a Porsche cumprimenta a Jaguar mas, muito esperta (e com todo o mérito) diz que chegou em segundo, terceiro e de quinto ao décimo lugar.
No final, o texto dos cumprimentos é em inglês: "Our heartfelt congratulations for the entire Jaguar team."
Considero essa passagem uma das mais tocantes e belas da história do automobilismo.
BS
janeiro 13, 2009