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Lembra o Diablo, e com motivo |
Em 1987 a Lamborghini foi comprada pela Chrysler,
que via no fabricante italiano um negócio atraente para expandir sua capacidade
de fazer carros exclusivos e vendê-los com muito lucro. Até mesmo um motor
Lamborghini na Fórmula 1 existiu, de 1989 a 1992, através dessa injeção de
dinheiro, que visava tirar o honorável fabricante italiano dos problemas financeiros
de muitos anos, algo que até mesmo Franco Gozzi (1932-2013), o veterano assessor de
imprensa e braço direito de Enzo Ferrari, lamentou certa vez. Diante de um Silhouette com o
qual o jornalista Mel Nichols fora visitar a fábrica do Commendatore, ele disse, balançando lentamente a cabeça: “Que tragédia que as coisas estejam tão ruins para uma empresa que faz
carros como esse”.
Óbvio que entrar na casa italiana com soluções
americanas não poderia dar cem por cento certo, e alguns funcionários e
prestadores de serviços resolveram abandonar a área, levando com eles décadas
de conhecimento.
Quase ao mesmo tempo, Claudio Zampolli, um ex-engenheiro
de testes de desenvolvimento que trabalhou na Lamborghini de 1966 até 1973 nos
projetos do Miura e do Countach, fundou uma empresa junto com o produtor
musical e compositor Giorgio Moroder, para fabricar um carro considerado
excessivo.
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Um modelo não funcional ainda na Lamborghini. Seria bastante modificado. |