Ecclestone, propinas, Massa dentro, Raikkonen
fora … Fim da temporada promete emoções, e não são aquelas do famoso show na
noite de Natal
![]() | |
Ecclestone se explica à Justiça na Alemanha e na Inglaterra (foto Autoandrive.com) |
Estivéssemos falando do Brasil da era Lula e
caberia muito bem o chavão “Nunca antes na história deste País…”, mas como o
personagem em questão é um certo octagenário de nome Bernard Charles Ecclestone
é pouco prudente usar esse expediente. Afinal, muitas vezes na história da F-1 a
partir dos anos 1970 esse inglês que completou 83 anos no último 28 de outubro
já foi dado como vencido e derrotado, prognóstico jamais consumado. Desta vez a
possibilidade de uma mudança radical no reino que ele comanda com mão de ferro,
inteligência superior e poder inabalável parece menos figurativa e mais
punitiva: em audiência na Alta Corte de Londres Bernie teria admitido que
comprou os votos de Alain Prost, Eddie Jordan e Tom Walkinshaw para assinar o
Acordo de Concórdia de 1998 em troca de US$ 10 milhões para cada um.
Tivesse o dinheiro sido pago em contas
bancárias das equipes Prost Grand Prix, Jordan e Arrows, respectivamente, e não
na conta pessoal destes envolvidos a situação poderia ter contornos diferentes no
julgamento em questão. Além desse caso a Justiça alemã também analisa o
pagamento de um pagamento US$ 10 milhões maior que a soma desses “investimentos”
a Gerhard Gribkowsky. Este banqueiro alemão teria trabalhado para que a venda
das ações da FOM fosse fechada com a CVC Partners (nenhuma relação com a
empresa brasileira de turismo) e não com outra interessada nesse investimento. Gribkowsky
agora colocou pimenta em cima do dendê desse vatapá e através dos seus
advogados afirmou que sofreu coação física de Bernie para aceitar a propina e o
acordo.