google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): ALMS
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2014. Este é o ano em que a Porsche promete voltar a Le Mans para disputar a vitória. E já estão fazendo propaganda para instigar os fãs. Veja, abaixo, o vídeo divulgado pela fábrica.


A primeira conquista da Porsche na mais importante corrida de longa duração do mundo foi em 1970, quando Hans Herrmann e Richard Attwood levaram o 917K vermelho e branco para a vitória (o segundo e terceiro lugares também foram da Porsche). Desde então, foram nada menos que 16 vitórias, recorde absoluto até hoje. A Audi está com 10.


Neste fim de semana passado a equipe Team Oreca levou seu Peugeot 908 HDi FAP diesel ao lugar mais alto do pódio na pista de Sebring, nos Estados Unidos, primeira etapa da Intercontinental Le Mans Cup (ILMC) de 2011.


A equipe Oreca volta a vencer


Como sugestão de um de nossos leitores, aqui temos alguns detalhes curiosos do regulamento da Le Mans Series, mais especificamente a LMP1, categoria onde correm os protótipos a diesel da Audi e Peugeot.
Há uma clara tentativa de igualar o desempenho dos carros movidos a gasolina com os a diesel, em diversos pontos do regulamento técnico, até com parâmetros bem interessantes e rigorosos. Um ponto interessante é a abertura para os híbridos já prevista em regulamento. Os carros dotados de sistemas de regeneração por frenagem ou calor do escape só podem tracionar as rodas traseiras, eliminando assim a instalação de motores elétricos na dianteira para gerar um 4x4. O sistema elétrico só pode ser comandado pelo pedal de acelerador, assim não é permitido um botão tipo push-to-pass do KERS da F-1 do ano passado.
Um item do regulamento diz que para um carro ser considerado híbrido deve ser capaz de percorrer todo o pit lane (400 m) a 60 km/h somente com o motor elétrico. A Peugeot já anunciou o desenvolvimento de um híbrido, baseado no 908, mas ainda não mostrou nada concreto.

Aqui temos alguns detalhes importantes de distinção das categorias, e entre os a diesel e os a gasolina.
- Para os LMP (Le Mans Prototype) não é necessário a fabricação de 'X' unidades para homologação, como é necessário na GT.
- Os P1 movidos a gasolina têm peso mínimo de 900 kgf, enquanto que os movidos a diesel pesam no mínimo 930 kgf. Os P2 pesam no mínimo 825 kgf.
- Os carros a gasolina possuem tanque de 90 litros, enquanto que os a diesel possuem tanque de 81 litros. A diferença no volume do tanque é para tentar compensar a maior economia dos motores Diesel, que faziam menos pit stops para reabastecimento ao longo das provas.
- A distância entre eixos é livre, porém os balanços dianteiro e traseiro são restritos, o comprimento máximo é de 4.650 mm com asa traseira e a largura máxima é de 2.000 mm.
- As tomadas de ar devem ter no máximo 150 mm de altura em relação à região da carroceria onde estão fixadas. Desta forma, restringe-se a facilidade de captar fluxo de ar limpo para freios e admissão.

- ABS é proibido.
- Motores Diesel podem ter no máximo 5.500 cm³ de cilindrada, enquanto que os a gasolina aspirados são limitados a 7.000 cm³. Os turbos são limitados em 4.000 cm³. (P1)
- Todos os motores devem utilizar restritores de ar de acordo com o número de válvulas por cilindro e a  cilindrada total.
- A pressão máxima de funcionamento na admissão de motores turbo ou com compressor é regulamentada de acordo com a cilindrada do motor, seguindo uma progressão em função da rotação do motor.

- Os motores não podem emitir fumaça visível, e o barulho não pode passar de 112 dbA.
- O carro deve ser ligado de dentro, pelo piloto, sem assistência externa, como um motor de partida auxiliar móvel usado em carros de fórmula.
- Não é permitido nenhum auxílio eletrônico no carro, como controle de altura, transmissão semi-automática ou automática, amortecedores eletrônicos, embreagem e esterçamento das quatro rodas (4WS).
- O câmbio pode ter no máximo seis marchas para frente e obrigatoriamente uma ré. A embreagem só pode ser acionada por pedal, não é permitido uso de alavancas ou sistema eletrônico.
- Não são permitidos sistemas 4x4.
- Nos freios, seis pistões é o máximo permitido por roda.
- Sistema de controle de tração é permitido se aplicado somente ao gerenciamento do motor. Curioso, o ABS ser proibido e o TCS, não...
- O assoalho deve seguir rigorosas especificações de medidas, conforme o desenho abaixo. Curioso ver como é limitado o uso de apêndices e aberturas na parte inferior do carro, pois é um dos principais locais a se obter melhoras em downforce.

Há muitas outras características controladas pelo ACO (Automobile Club de L'Ouest), responsável pela organização do evento, mas não precisam ser citadas aqui. É interessante ver que em muitos aspectos, os carros mais avançados do mundo na categoria protótipo não são espaçonaves com tecnologias alienígenas. São carros de conceitos conhecidos por todos, sem quase nenhum auxílio eletrônico.
Nisso vemos o grande talento dos engenheiros que os criaram, que com diversas restrições conseguem fazer carros tão velozes quanto um F-1. A aerodinâmica é sempre o grande trunfo dos carros, mas lembrando que não somente velocidade é importante nesta categoria, os carros devem suportar no mínimo 24 horas de corrida. Impressionante.
MB

Neste fim de semana, Gil de Ferran despediu-se da vida de piloto e correu pela última vez na sua carreira. Atual chefe e piloto de equipe da American Le Mans Series na categoria LMP1 com um Acura ARX-02a, Gil mostra que ainda está em alta.


Em homenagem ao seu primeiro empregador norte-americano, o famoso Jim Hall, Gil correu com o carro todo branco, que era a cor dos brilhantes Chaparral de Jim nos anos 60.


Gil fez seu nome na América pela Indycar nos anos 90, junto com outros brasileiros como André Ribeiro, Raul Boesel, Emerson Fittipaldi, Helinho Castroneves e Roberto 'Pupo' Moreno. Foi campeão da categoria em 2000 e 2001, e venceu a 500 Milhas de Indianápolis em 2003.

Na corrida deste fim de semana em Laguna Seca, Gil começou com o pé direito, conquistando a pole na qualificação, e terminou na melhor forma possível, vencendo a corrida de forma brilhante. Nada melhor poderia acontecer para ele, depois de tantos anos dedicados ao automobilismo.


Parabéns ao Gil, e obrigado por muitas vitórias para nós ao longo de todos esses anos.