Faleceu ontem (12/9), aos 84 anos,
o Dr. Sid Watkins, chefe médico da Fórmula 1 durante 26 anos. Sua contribuição
para o automobilismo foi enorme, sua presença permanente nos grandes-prêmios
era reconfortante tanto para os pilotos quanto para os envolvidos diretamente
nas provas e foram incontáveis as vezes em que se dirigiu às cenas dos
acidentes, entre eles o de Ayrton Senna, de quem era muito amigo, naquele trágico
domingo de 1° de maio de 1994. O Dr. Sid Watkins era um amigo desinteressado
dos pilotos, que o tinham como um verdadeiro anjo da guarda.
Notabilizou-se também pelo seu incansável
e permanente trabalho em prol da segurança geral da F-1. Apesar da importância
da sua atividade, permaneceu sempre longe dos holofotes, era o seu jeito de
ser.
Era filho de um dono de oficina mecânica
em Liverpool, na Inglaterra, e isso o fez se interessar por carros desde
menino. Depois de fazer residência e se formar médico, serviu no exército britânico
na África e ao voltar para casa estagiou como neurocirurgião em Oxford num hospital
especializado em ferimentos e traumas na cabeça. Como o hospital, o Radcliffe Infirmary
ficava perto de Silverstone, Sid Watkins começou a se envolver no
automobilismo.
Viveu de 1962 a 1970 nos Estados Unidos, onde trabalhou na Syracuse University, em Nova York e desse modo pôde manter seu envolvimento no automobilismo, em Watkins Glen – coincidentemente mesmos nomes. Na volta à Europa foi chefe de neurocirurgia no London Hospital, ao qual permaneceria ligado por muitos anos. No automobilismo, passou a ser membro do quadro médico do Royal Automobile Club.
Em 1978, foi convidado por Bernie
Ecclestone para ser médico da categoria em tempo integral,
tendo começado no GP da Suécia. Alguns meses depois teria a primeira experiência
amarga com a morte de Ronnie Peterson em conseqüência de ferimentos graves em
Monza.
Um dos piores momentos da carreira do Dr. Sid Watkins (de boné azul), o acidente de Ayrton Senna (wheels24.co.za) |
Seu trabalho prosseguiu na luta por
melhorias nos centros médicos nos autódromos e se tornou parte integral e
indispensável do circo da F-1, angariando amizade e simpatia de todos os
pilotos e equipes.
Depois do acidente de Senna e de Roland Ratzenberger no dia anterior, o momento mais crítico em sua carreira, liderou, com uma equipe que arregimentou, uma campanha de segurança determinada pela FIA que resultou no Comitê Especial de Consultoria de Segurança da entidade que produziu os resultados esperados, pois não houve fatalidade de piloto de F-1 desde então.
Depois do acidente de Senna e de Roland Ratzenberger no dia anterior, o momento mais crítico em sua carreira, liderou, com uma equipe que arregimentou, uma campanha de segurança determinada pela FIA que resultou no Comitê Especial de Consultoria de Segurança da entidade que produziu os resultados esperados, pois não houve fatalidade de piloto de F-1 desde então.
O Dr, Sid Watkins deixou a linha de
frente antes de começar a temporada de 2005, mas permaneceu ligado em assuntos
de segurança como presidente do Institute for Motor Sport Safety da FIA, só
deixando o cargo no ano passado.
Escreveu dois livros, um, Life at the Limit, que tem versão em
português, Viver nos Limites (editora
Edipromo) e outro, em co-autoria com Jackie Stewart, Beyond the Limit, este sem versão em português.
Ao Dr. Sid Watkins e sua família,
as homenagens e condolências do AUTOentusiastas.
R. I. P., Dr. Sid Watkins.
(Texto baseado em informações
do site da revista Autoweek)
se vai com ele uma parte importante da história da F1, aquela antiga que tinha mais graça !!
ResponderExcluirMais um relacionado ao mundo automobilístico que se vai esse ano. Vai sobrar ninguém desse jeito!
ResponderExcluirmais uma grande perda para o automobilismo. RIP Dr. Sid Watkins.
ResponderExcluirVai fazer muita falta, com seu estilo , seu wiskie, sua credibilidade. Acho que uma das últimas dele na F1 foi " ei, não abre essa porta aí não!!! " GP Brasil...
ResponderExcluirVale lembrar ao AutoEntusiastas que poderia ter até um post sobre nossos médicos de pista, a começar pelo estimado Dr. Daniel de Morais.
Caramba !
ResponderExcluirQuanta gente importante ligado a automovel morreu nesse ano...
Uma pena
RIP Dr.Watkins
Era engraçado que nas poucas vezes que ele aparecia na mídia sempre estava sorrindo, parecia que por mais tensa que fosse sua profissão ele encarava tudo numa boa. E também era interessante como todos tinham um carinho especial por ele.
ResponderExcluirQue descanse em paz o velho anjo da guarda da F1.
Isso aqui é autoentusiastas ou obituarioentusiastas?
ResponderExcluirPutz além dos ecochatos temos agora os autochatos?
ExcluirMorteiro
ExcluirE também lugar onde às vezes aparece algum idiotaentusiasta – como você, para fazer uma perguntas dessas, só pode ser. Não gostou? Se manda, some.
Pois é, faz-se justa homenagem póstuma a pessoas dignas de nota e alguns tecem piadinhas sem noção...
ExcluirQue coisa, as grandes personalidades do automobilismo em geral estão partindo, não deixando substitutos para preencher as lacunas. Creio já ter comentado em outra ocasião, mas algumas pessoas deveriam ser imortais, porém isso seria muito egoísmo de minha parte.
ResponderExcluirMinhas sinceras condolências aos amigos e familiares do Dr. Sid Watkins.
Descanse em paz Dr.Sid Watkins.Mais um grande homen ligado ao automobilismo que se vai.Que reencontre aquele seu velho amigo chamado Ayrton Senna e va fazer aquela pescaria que o senhor tanto gostava.
ResponderExcluirEsse homem continuará sua missão de cuidar dos enfermos do outro lado agora; um verdadeiro espírito iluminado!
ResponderExcluirMFF
É, parece que estamos envelhecendo e ficando fora de moda mesmo...Este ano está bem atípico para nós velhos autosiastas. Acho que estão formando um time bem interessante do outro lado. A falta de todos estes por aqui com certeza será enorme. Como referência então...!
ResponderExcluirVão-se os mestres e a mediocridade parece só aumentar no mundo. Triste.
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