google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VERDADE NA PROPAGANDA - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

VERDADE NA PROPAGANDA


Velocidade. Coragem. Estabilidade. A emoção de levar um carro esporte leve e baixo a seus limites. Cento e sessenta quilômetros por hora.
Hoje em dia parece incrível que tais coisas sejam publicadas, mas em 1964 a Willys-Overland do Brasil fazia questão de dizer exatamente a que vinha seu incrível esportivo de 540 kg.
Me parece mais incrível é que não existam mais esportivos de verdade produzidos no Brasil, pelo menos nos grandes fabricantes. Resta apenas a valente Lobini (sem contar os replicadores). E mais incrível ainda é um carro pesar 540 kg. Coisas de um tempo em que carros eram feitos para desviar de uma barreira sólida, e não enfrentá-la.
Mas, se em mil novecentos e sessenta e quatro 160 km/h era algo possível de se mencionar em propaganda, em 2010 todo mundo acha isso uma velocidade impossivelmente alta e ilegal, que provavelmente desintegrará imediatamente qualquer carro que a tente, e portanto mencioná-la é tabu.
Ó admirável mundo novo...
MAO

28 comentários :

  1. É, MAO... eram mesmo outros tempos. Tempos em que a propaganda do Gordini, primo pobre da Berlineta, dizia que o carro "é de briga" com seus "40 hp de emoção".

    Ampliando esse anúncio, dá pra ver que a potência é indicada como modestíssimos 53 hp. Engraçado: na minha lembrança, o motor da Berlineta tinha 70 hp. Vai ver que tem mais verdade nessa propaganda do que eu imaginava...

    Aliás, vale à pena ler o texto inteiro. É poesia pura: quase todas as frases não têm verbo, algumas sào formadas de uma só palavra. E o texto termina com uma definição lapidar: "torpedo para competições".

    Pra ficar ainda melhor, só mesmo na locução empostada de um daqueles locutores da antiga Rádio Eldorado, que eu ouvia imaginando que o cara estava de smoking ou pelo menos de terno.

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  2. Francisco Neto19/04/2010, 01:58

    O mundo está mesmo acabando. Não se ensina mais os condutores a dirigir. Os ensinam a passar no teste de transito e o condutor que se vire.


    160km/h é sim administravel quando bem estruturada é a pista.

    Quem dera fossesmos instruidos a realmente dirigir e evitar acidentes ao inves de comprarmos veículos baseados também no critério de segurança como airbag duplo mínimo e ABS. Como se um carro com esses equipamentos fosse 100% seguro.

    Que tolice.

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  3. MAO, excelente!

    Curioso o ponto de vista da época: "Grande distância entre-eixos" (2.100 mm, mesma do 356). Um Twingo tem 2.345 mm, e sabemos o tamanho dele.

    abs,

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  4. É uma lastima não termos mais esportivos no Brasil, de grandes fabricantes. Nunca antes na história desse país se andou tão velozmente, com perebinhas 1.0 a 150km/h conduzidas por motoristas que dirigem com uma mão só às 12h porque é "mais bonito".

    Mas também nunca antes na história desse país tivemos tão maus motoristas e péssimos carros pra apreciadores do verdadeiro prazer de dirigir.

    Que voltem os esportivos de fábrica. Quantas versões GSi, GTI, SS, RS, ST, Abarth, R, Si, poderíamos ter?

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  5. O Tio da minha noiva tem um Interlagos, o carro dele foi alterado e colocado mecânica VW a ar especialmente feita pelo meu sogro que a vida inteira preparou estes motores, é um VW a ar com 1.800 cc. com comando Eagle alimentado por um Weber 40, o carro teve sua carroceria alargada e foi colocado pneus largos, é indescritivel a sensação de dirigi-lo, é sensacional, sensação que não existe e provavelmente não existirá em nenhum esportivo nacional da atualidade :(

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  6. Valente Lobini?
    Mas onde está o Lobini?
    Não se tem notícia de produção, nem novos lançamentos.
    Deve ser uma fábrica fantasma!

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  7. Mister Fórmula Finesse19/04/2010, 09:17

    O contexto de carro esportivo na verdade pode ter muitas variantes; se o carro foi construído para o propósito de performance pura, se é um legítimo GT e não um "civil" travestido e mais potente. Nesse caso, se o critério for muito restrito mesmo, o Lobini é o carro esportivo por definição, e não seria de hoje que esse tipo de carro não é mais fabricado no Brasil.

    Na verdade, pelas grandes fábricas nacionais - com exceção do modelo acima e do SP2 - nunca existiu um carro esportivo legítimo seriado.

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  8. Vamos ser honestos: o Lobini H1 é pouco esportivo pelo dinheiro que cobra.

    Aquele 1.8 Turbo me parece inadequado, apesar de eu desconhecer os motivos que levaram à escolha (certamente a rede autorizada VW).

    Hoje com motores Toyota (Lotus) e Honda (Ariel) produzidos no Brasil, já era tempo de testarem algo diferente no modelo.

    E resolver aquele estilo kitsch do H1.

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  9. O Lobini H1 está em produção, mas basicamente por encomenda.

    O preço elevado é função do custo de fabricação artesanal e mecânica importada.

    abs

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  10. Hoje em dia reina a hipocrisia:

    Autoridades: não liberam velocidades maiores e enchem de radares, mas não fiscalizam de verdade, com o "policial rodoviário" na estrada, com seu inseparável binóculo...

    Pessoas: todos criticam alta velocidade, mas digirem rápido e muito mal. A lei do "faça o que eu falo não o que faço".

    O mundo tem altos e baixos, adivinhem em que direção estamos rumando? :D

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  11. Como usuario permanente de uma estrada considerada de primeiro mundo (Imigrantes)vejo cada barbaridade cometida pelos "pilotos" de possantes 1.0, absolutamente indescritíveis.
    A uns 2 anos tive oportunidade de descer a serra montado numa Interlagos, recém restaurada, só desfilando, e não tinha quem não olhasse, até fotos tiravam.
    Realmente mercado para uma máquina esportiva "mansa" existe, mas dá um trabaaaalho pras fabricas né não?
    Pra que?

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  12. Paulo Levi,

    Diz Bob Sharp:

    "O Interlagos saía de fábrica com motor de 845 cm³ (58 mm de diâmetro x 80 mm de curso) e 53 hp, potência SAE bruta. Sua potência líquida era 42 cv. Era o mesmo motor do Renault 1093, que curiosamente tinha taxa de compressão de 9,3:1. Era uma taxa bem alta para a época, tanto que só podia funcionar com a gasolina de maior octanagem da época, a gasolina azul de 95 octanas RON, a mesma da comum/comum aditivada de hoje. O motor de "40 hp de emoção" era do Gordini, também de 845 cm³, mas essa potência era bruta; a líquida era 32 cv. O motor de 70 cv era o aumentado para 998 cm³ por meio de cilindros de 63 mm de diâmetro. Era usado mais em competição, embora muitos donos de Gordini, 1093 e Interlagos mandassem modificar os motores para uso de rua."

    MAO

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  13. O Interlagos é um carro mto show, quem teve a oportunidade de dirigir um sabe o que eu estou falando, sobre os carros esportivos nacionais dos dias de hoje, devemos lembrar do assalto praticado pelas seguradoras, pois basta o carro levar um adesivo "sport" e uma saia plástica lateral que o carro é enquadrado como esportivo e o seguro vai lá para as alturas, desta maneira o carro "esportivo" acaba virando mico de mercado :(

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  14. Eu queria ver o Bitu andando de Interlagos.. eheheh

    Não sabia que o carro pesava só 500 e poucos kg, impressionante!

    Como diz um ex colega de trabalho, o auge da civilização humana já passou, e nem preciso dizer quando foi né?

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  15. West

    Sabe esse Puma GTE que você tem (ou tinha) na garagem? Pois é, andar no Interlagos é igualmente claustrofóbico.

    Ainda estou esperando aquele presente que você trouxe das terras teutônicas. Mal posso esperar.

    FB

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  16. MAO (e Bob), obrigado pelos esclarecimentos. Então quer dizer que os alardeados 36 hp do Dauphine deviam estar na casa dos 20 e tantos, na realidade. Mesmo para um motor de 845 cm. cúbicos, é uma potência específica absurdamente baixa, quando se pensa que qualquer 1.0 moderno está na faixa dos 60-70 hp.

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  17. "Veículos para gente môça". Ui!

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  18. Paulo Levi,

    A quatro rodas testou um de 1,0 litro e 70cv: 160 km/h de final.

    Verdade na propaganda MESMO...

    MAO

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  19. Veículo de estética insuperável, e com uma ótima qualidade construtiva da sua carroceria.
    Além do 845cc e do 998cc, havia também, pelo menos em catálogo, um motor 904cc (60mm x 80mm).
    Como disse o Mao, com seu peso reduzido, mesmo com esses motorzinhos ele não fazia feio.
    Na França tiveram a sorte de ter logo depois de seu lançamento um motor e um cambio maiores, e o veículo foi evoluindo, chegou ao topo com os 1600S.
    Andar na berlineta a 100km/h, dentro daquela caixa harmonica formada pela seu minusculo habitáculo em fibra, estando um palmo abaixo do centro roda dos caminhões, bem, dá a impressão de estar a uns 300... Bom demais!

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  20. Caramba, e na propaganda da Tucson o palhaço diz que o carro é bom porque passa em alagamentos, etc...

    Como as coisas mudam1

    Abraço

    Lucas

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  21. Tive um 1093 que andava muito bem, mas em seis meses lá se foram a caixa de satélites e os anéis. Mandei colocar o kit 1000 (não sei qual dos dois) e era uma junta de cabeçote por mês, a parede entre os cilindros era fina e a junta tinha que ser estreita. Alguém me arrumou uma junta francesa e ficou bom.
    Um dia estou andanco na Cidade universitária e vejo pelo retrovisor a roda traseira esquerda saindo e o carro perdendo aceleração, a ponta de eixo saiu com roda e tudo, mas não chegou a cair no chão, a roda ficou meio metro fora do carro. De novo me arrumaram uma ponta de eixo francesa e ficou bom de novo, mas foi a gota dágua, vendi a josta.
    Esses carros eram uma porcaria, mas eram divertidos e para a época andavam muito bem quando andavam.

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  22. RZ

    Cada vez mais começo a ecreditar que pra trabalhar na indústria automobilística, o caboclo tem que ter um mínimo de sem-vergonhice (principalmente na brasileira), pra não dizer outra coisa.

    Sobre o Interlagos, que carrinho maravilhoso.
    Que tal isto?
    http://ebtech.com.br/projeto-A111S.php

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  23. É o meu atual papel de parede!
    Acho que não preciso dizer mais nada!
    Mh

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  24. Joel,
    Muito legal esse projeto da ebtech, o Interlagos merece uma réplica melhorada. Sempre gostei do Interlagos apesar da fragilidade, o feeling do carro vale a pena e gosto muito do design das berlinetes.

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  25. Mister Fórmula Finesse20/04/2010, 08:41

    Belo depoimento Zullino, as aventuras daquele época hein?

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  26. Mister Fórmula,
    Passei a maior vergonha da minha vida com uma Berlinete. Fui tirar a cabeça para fora para zoar uns amigos e quem disse que conseguia colocar de volta? Olha que não sou cabeçudo e muito menos orelhudo, mas as "zoreia" ficaram presas, tiveram que colocar duas réguas e me enfiar de volta.
    A Berlinete é um carro que exige cuidados no uso para não passar vergonha.
    No entanto, as Berlinetes são muito mais resistentes que os Gordinis, principalmente a suspensão dianteira, era muito raro se ver uma Berlinete com as rodas abertas na frente como os Gordinis que rachavam o monobloco. As Berlinetes tinham chassis tubular e isso não acontecia. Se tivessem um motorzinho um pouco maior poderiam ser fabricadas até hoje, pois não iriam deixar nada a desejar em termos de desempenho.

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  27. Mister Fórmula Finesse20/04/2010, 11:07

    Rss...zullino, são essas coisas que dão personalidade aos carros.

    Mais ou menos como o caboclo que foi estacionar de ré uma Lambo Countach, sentado sobre o vão da porta (esta levantada) e esqueceu da grande altura da mesma apontada para o céu o que ocasionou uma batendo na garagem...o que era para ser uma manobra de estilo acabou em prejuízo.

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  28. Alfredo Affonso20/04/2010, 22:38

    "Coisas de um tempo em que carros eram feitos para desviar de uma barreira sólida, e não enfrentá-la"
    Q q vc quer dizer com isso? Q vc prefere voltar ao nível de segurança da década de 50?

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