google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Talvez uma das combinações de cores mais emblemáticas de todos os tempos do automobilismo mundial, o laranja e azul da equipe Gulf destacam-se por onde passam.
Tudo começou nos anos 30, quando a Gulf Oil aliou-se ao consagrado Harry Miller em um projeto para carros especiais para as 500 Milhas de Indianápolis. O carro seria uma grande novidade, pois Miller usara sua engenhosidade e conhecimentos de motores e chassi para criar um carro leve e potente, de motor central, e com a inovação dos freios a disco. A Gulf Oil entrou no projeto com a visão de usar o carro como uma forma de divulgar seus combustíveis e lubrificantes, mas o carro apresentou problemas de refrigeração e o projeto foi abandonado.


Os próximos grandes marcos da Gulf no automobilismo são mais conhecidos, com os Ford GT40 e os Porsche 917, estes talvez os mais emblemáticos carros a usarem as cores da Gulf, imortalizada também nas telas pelo filme "As 24 Horas de Le Mans", de 1971, com Steve McQueen e seu 917 de número 20.



Também lembramos dos Gulf Mirage, entre eles o derivado do GT40, com modificações de carroceria para deixar o carro mais eficiente de aerodinâmica com menos entradas de ar, principalmente na parte traseira, e o Mirage GR8 Ford-Cosworth, vencedor de Le Mans de 1975 nas mãos de Jacky Ickx e Derek Bell.


Mais recentemente nos anos 90, o McLaren F1 GTR também recebeu as cores da Gulf, mas adotando um tom de azul mais escuro. Para mim o F1 mais bonito de todos.


A Porsche, junto com a equipe Kremer, correu com o modelo K8 em 1994 com as cores da Gulf em LeMans, mas não passou da sexta posição no fim da corrida, com o carro liderado pelo veterano Derek Bell.


A Audi também teve as cores da Gulf em um de seus R8, carro liderado por Stefan Johasson, que foi campeão do Mundial de Endurance em 2001. Novamente, um dos meus R8 favoritos.


Nos últimos anos, a Gulf patrocinou carros da Aston Martin, primeiro o DBR9 na categoria GT1, e depois o Lola-Aston da LMP1, ambos vitoriosos.



Não há como negar, a Gulf está enraizada no coração do automobilismo, principalmente em Le Mans.

Muitas coisas convergem a um ponto e parecem coincidências, e o escritor e aviador Richard Bach escreveu que "nada ocorre por acaso". Meu final de semana e um texto que recebi do Marco Molazzano são dois acontecimentos que se encaixam nessa categoria das coincidências que não ocorrem por acaso.
O texto, na verdade o link para que eu o lesse, foi publicado no site Edmunds.com. O colunista intitulado "The Mechanic", discorre sobre a falta de habilidade dos motoristas americanos. Característica similar a dos brasileiros, apenas com alguns comportamentos diferentes, já que o meio determina o motorista.
The Mechanic fala sobre o quanto as pessoas conversam e debatem sobre modificar carros para que eles andem mais rápido, e diz que seria muito melhor investir em um curso de pilotagem, aprendendo a extrair mais do carro na condição original.
Ponto de vista interessante, e compartilhado por muita gente boa que fez um curso desses. Aliás, não é apenas curso de pilotagem, visando corridas. Qualquer curso onde se aprenda a andar com mais atenção, onde se aprende a entender e sentir melhor o veículo, contribui para que se consiga conduzir mais rápido que o normal, e com segurança aceitável, já que segurança plena não existe em nenhuma atividade humana.
Neste texto, de ótimo humor, The Mechanic diz que o pai dele, The Mechanic Sr, sempre disse que "todo mundo é rápido nas retas".
Isso cai como uma luva quando se conhece as estradas que ligam São Paulo a Santos e região, a Anchieta e a Imigrantes, a Anchieta sendo a que utilizei nesse final de semana.
A Rodovia Anchieta, antiga e tradicional, é daqueles traçados entusiasmantes em seu trecho de serra. Curvas apertadas, uma delas ao menos bastante perigosa, com raio maior na entrada que na saída, quase uma parabólica. É conhecida como Curva da Onça. As demais, tanto na subida quanto na descida, são normais, não requerendo nenhuma habilidade de piloto de rali. Requerem sim, atenção, algo em falta nos motoristas normais.
Existem lombadas eletrônicas em alguns pontos, mas eu diria que é o preço a pagar pelo parque de diversões. E servem para exercitar a precisão de frenagem, diminuindo a velocidade tentando passar por elas na velocidade exata permitida. Não 20 km/h abaixo, como faz a maioria.
Já a Imigrantes, que nasceu projetada com uma pista para subir e outra para descer a serra, existia apenas pela metade, pista de subida, há mais de 30 anos (inaugurada em 1976). A pista nova, de descida, foi aberta em novembro de 2002, pista pela qual não me interesso. Usei-a uma vez para conhecer, e pretendo nunca mais precisar dela. Trata-se de uma sucessão de retas e túneis, com curvas de raio enorme, 4 faixas de rolamento, e velocidade máxima de 80 km/h. Conforme o Bob Sharp já nos informou, foi projetada para 110 km/h. E, claro, forrada de câmeras de policiamento de velocidade, aquelas feitas para arrecadar e garantir orçamento de prefeituras e organizações inúteis afins.
O que ocorre é que a maioria dos motoristas prefere uma estrada larga, cheia de faixas, com poucas curvas, pela maior sensação de segurança e possibilidade de escapar de problemas, já que é difícil ocorrer um acidente que bloqueie 4 faixas.
Quando me encaminhei ao litoral na sexta-feira passada, próximo ao pedágio, o aviso eletrônico dizia: " CARROS E MOTOS, MELHOR OPÇÃO: IMIGRANTES".
Como não iria optar pela Imigrantes, exceto se a Anchieta estivesse interditada, não deu outra: entrei direto na Anchieta, e desci toda a serra em não mais de 13 minutos, tranquilo, sem excessos absurdos e encontrei apenas 3 caminhões.
No retorno, domingo a noite, mesma ladainha, com uma placa antes da bifurcação Anchieta-Imigrantes, proibindo os caminhões de utilizarem a Imigrantes. Optei novamente pela Anchieta, e de novo encontrei poucos caminhões, não mais de 10 em todo o trecho de subida da serra. Claro que tive que diminuir a velocidade para esperar alguns carros que ultrapassavam outros, mas mesmo assim não ficamos parados, como ocorreu com nossos parentes, que escolheram a Imigrantes e encontraram congestionamento após a serra. Nem gosto de imaginar como foi a subida deles: 50 ou 60 km/h atrás de carros lentos, que insistem em andar na esquerda e na faixa 2, nunca nas faixas 4 e 3, como deveria ser sempre. Já passei por isso, e nada é mais enervante que aqueles carros que são torturados pelos seus condutores, e sobem a serra em quinta marcha, sem nenhuma capacidade de aceleração. Sem contar que ainda existem aquelas amebas que buzinam nos túneis. Na Anchieta, isso não ocorre, pois o motorista precisa prestar mais atenção, e a buzina fica esquecida.
Como nosso blog tem leitores seletos, peço para que vocês não espalhem essas constatações que fiz. Vamos aproveitar apenas nós, os autoentusiastas, uma estrada que ainda permite um nível mínimo de prazer.
JJ
O Corvette split window de 1963 foi uma bela obra tanto de design quanto de mecânica com a ajuda de Zora Arkus-Duntov e os aprendizados com o CERV I. Duntov desenvolveu um sistema de suspensão traseira com o CERV I que foi aplicado no Stingray racer de Mitchel e depois também utilizado no Stingray de série.

Duntov com o CERV I de 1960

Em 1963, o Corvette estava ficando cada vez mais europeu no sentido de carro esporte. Pela primeira vez uma versão berlineta, ou cupê, foi oferecida ao público. Larry Shinoda foi responsável pelo desenho do carro que tinha sido inspirado em uma de suas criações para Bill Mitchell, o lendário Stingray racer de 1959.

O Stingray racer de 1959

Mas além de criar a versão berlineta e conversível do Corvette 63, Shinoda recebeu a tarefa também de criar uma versão 4-lugares do Corvettes. Isso mesmo! Um Corvette para quatro.

O Ford Thunderbird de 1955, um sucesso de vendas.


Algum tempo atrás falei sobre o LS7, que pode ser comprado nos EUA por 12 mil dólares. Mas na verdade isto é apenas a ponta do iceberg.
A GM, por meio da divisão GMPP (General Motors Performance Parts), oferece um sem-fim de motores completos, prontos para serem montados em qualquer carro. Trata-se de uma tradição que remonta aos anos 50, quando, devido a uma idéia de Zora Arkus-Duntov, a Chevrolet lançou uma série de componentes de alta performance para o seu então novo V-8 small-block. Desta forma, a Chevrolet, por meio de equipamentos desenvolvidos pelos engenheiros do próprio fabricante e vendido nos concessionários, ajudava amadores e semi-profissionais a serem mais competitivos, e assim levar o nome Chevrolet com eles.
Os hot-rodders americanos também aproveitaram a chance para usar esses componentes nas ruas, e esta venda de peças acabou por ser também um lucrativo negócio para a GM, que evoluiu para a GMPP de hoje.
O catálogo da GMPP, que pode ser baixado no site (clique AQUI), é de dar água na boca. Além das tradicionais peças para preparação, a maior fonte de renda da divisão hoje vem dos chamados "crate engines", ou motores na caixa. São motores completos, novos, criados por engenheiros das GM. Pacotes prontos e testados, sem tentativa e erro; ótimos para reduzir a quantidade de trabalho necessária para completar aquele hot rod tão sonhado.
Todos nós podemos imaginar uma série de utilizações para um leve LS7 de alumínio com 512 cv. Mas o leque de opções é simplesmente impressionante.
Tem-se os small block V-8 tradicionais, que vão do 350 (5,7 litros) "básico" com um carburador de corpo quádruplo e 294 cv, até o potente ZZ383 (6,3 litros) e 431 cv, com leves cabeçotes de alumínio.


Os LS e LSX têm ainda maior variedade, e podem ser comprados com injeção e carburador, e várias cilindradas Os três motores originais disponíveis no Corvette também são oferecidos a venda, estes motores feitos para durar uma vida inteira, totalmente dóceis a baixas rotações e civilizados, apesar das potências estratosféricas: 442 cv (6,3 litros), 512 cv (7,0 litros) e 628 cv (6,3 litros com compressor).

A linha de tradicionais big block V-8 é ainda mais impressionante em tamanho e potência. São motores enormes, não cabem em qualquer carro, mas são inigualáveis monstros quando se fala de força: deslocam a partir de sete litros.
O maior deles, a jóia da coroa, é o ZZ572R: um monstro de 9,4 litros, 730 cv e nada menos que 95 kgfm de torque. Garantidos pela GM.
Baixem o catálogo e divirtam-se!
MAO