google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Imponência em forma de carro

Algumas coisas demoramos a entender.

Apreciar carros enormes é algo que foge da preferência da maior parte dos autoentusiastas, já que “grande” significa quase sempre uma regra geral para “pesado”, e muita massa significa movimentos de carroceria pouco agradáveis na maioria das vezes. Como a maioria de meus amigos da área são quase que viciados em desempenho e agilidade extremos, o carro grandalhão acaba sendo desprezado. Não por mim.

O mundo tem muita variedade, que é algo que prezo bastante, e consigo lhes dizer que as ditas barcas sempre me atraíram. Desde muito pequeno, carros que me pareciam grandes como caminhões me fascinavam. Assim foi com um Buick da década de 1950 (não sei o modelo, mas pode ser o Roadmaster) que meu pai pegava emprestado de seu chefe, com um Galaxie 500 que ele usou por um final de semana para ver como era, com um Dodge Charger R/T que fiquei horas namorando em uma pousada de praia durante um final de semana, os  mesmos Chargers que me faziam sentar na frente de casa para esperá-los passar, o Landau a álcool que além de sua sublime suspensão foi o carro mais veloz do Brasil por muitos anos, a D-20 que me capturou pela sua versatilidade e foi meu carro de uso diário por quase três anos e que só foi vendida porque não cabia na garagem do edifício para onde me mudei, até os monstros de todas marcas e anos que sempre me atraíram e continuam fazendo-o.

Depois de muitos anos de vida adulta, a análise dos fatos históricos me fez chegar a uma conclusão fácil de entender. Meu avô paterno, espanhol de nascimento, teve sua carteira de identidade falsificada aos 16 anos para poder se habilitar em caminhões e ajudar na renda da família. Já que parte de meu DNA veio dele, não estranho nem um pouco minha preferência pelo torque pleno e potência em rotações civilizadas, ou seja, baixas e silenciosas. Poucas coisas são mais desagradáveis no mundo do automóvel do que viajar a 120 km/h com um motor girando perto dos 4.000 rpm. Definitivamente, rotações de corrida são para pistas, ou na melhor das hipóteses, para alguns poucos momentos, não para todo dia.

Elegância inata



                                                          
Coluna 1314 26.mar.2014                    rnasser@autoentusiatas.com.br        
Volkswagen fará carros de baixo preço
Em seu projeto de liderar a produção mundial de automóveis até 2018, a Volkswagen terá uma família de veículos menos elaborados e com preço menor. Atualmente a empresa encontra-se numa furca, ante duas opções: transformar a Seat, sua espanhola sempre em dificuldades em manter-se e crescer, ou criar nova marca, a 13ª de seu portfólio, a ser identificada como de baixo custo.
Para países nascendo para a interação entre consumidor e automóvel. O ponteiro da bússola aponta para as peculiaridades da Índia, amplo, plano e mercado de carros simples ou antigos, porém mandatoriamente de baixo custo. Junto com a China fazem a dupla da expectativa para vendas em volume. Os outros membros dos BRICS — Brasil, Rússia, África do Sul, além de leste europeu, também com espaço para o mercado de entrada estão na mira.
Nada cria, a Renault assim o faz com a romena Dacia; a Nissan exumou a marca Datsun; a Toyota opera com Daihatsu há décadas.
Hoje a proposta é referida internamente como BB – Budget Brand , na realidade do balcão, para quem tem orçamento contado, e anda na corda bamba. Questão básica é responder se o carro será low cost e low price, o que usualmente não ocorre. O Projeto BB baliza preço ao máximo de US$ 8 mil –— R$ 20 mil.
A mesa diretora da VWAG deverá bater o martelo pouco antes das férias de verão, no meio do ano.
Fórmula e produção simples, exercício de conhecimento e criatividade para montar carro novo a partir do resgate de componentes e grupos mecânicos já existentes, amortizados, sem custos. Hipotética produção em 2016 ou 2017.
Ciclo interessante. A volta à essência da marca antes identificada Carro do Povo, muito se afastou deste conceito
 Foto: autor
O novo motor MSI 1,6 16V

Chegou o sucessor do motor EA111 1,6, fabricado em São Carlos desde a inauguração de fábrica em outubro de 1996, a Volkswagen já desvencilhada da Autolatina: é o 1,6 MSI, da nova família EA211, a mesma do tricilíndrico do Fox BlueMotion e do up!. Básica e construtivamente é o três-cilindros com mais um cilindro, exatamente dentro do conceito de família. Esta possui, além do motor de 1-litro do up! e do Fox 1,0 BlueMotion, versões 4-cilindros de 1,2 e 1,4 litro na Europa e esta 4-cilindros de 1,6 litro ora lançada no Brasil. Esta só era aplicada até agora no Škoda Rapid, um sedã médio lançado no Salão de Paris de 2012 (a checa Škoda pertence à VW desde 1991)

Veja as diferenças entre os dois 4-cilindros 1,6-litro:


COMPARATIVO DOS MOTORES
Motor
EA111 1,6-litro
EA211 1,6-litro

Cilindrada
1.598 cm³
Diâmetro e curso
76,5 x 86,9 mm
N° de cilindros/disposição
Quatro/em linha
Taxa de compressão
12,1:1
11,5:1
Material do bloco/cabeçote
Ferro fundido/alumínio
Ambos alumínio
Localização e n° de comandos de válvulas
Cabeçote, 1
Cabeçote), 2
Acionamento de comando
Correia dentada
Variador de fase
Não
Sim, admissão, por 50°
Válvulas por cilindro
Duas
Quatro
Atuação das válvulas
Indireta, alavanca roletada
Potência, gasolina
101 cv a 5.250 rpm
110 cv a 5.750 rpm
Torque, gasolina
15,4 m·kgf a 2.500 rpm
15,8 m·kgf a 4.000 rpm
Potência, álcool
104 cv a 5.250 rpm
120 cv a 5.750 rpm
Torque, álcool
15,6 m·kgf a 2.500 rpm
16,8 m·kgf a 4.000 rpm
Potência específica (G/A)
63,2/65,1 cv/l
68,8/75,1 cv/l
Comprimento da biela/ rel. r/l
140 mm/0,31
Trocador de calor óleo-água
Não
Sim
Sistema de partida a frio
Injeção de gasolina
Aquecimento do álcool
Peso do motor
105 kg
90 kg


O motor do Škoda citado desenvolve 105 cv a 5.600 rpm e 15,6 m·kgf a 3.800 rpm, portanto mesmo com gasolina o motor brasileiro é superior; com álcool, logicamente, bem superior, ajudado pela nossa taxa de compressão de 11,5: 1, contra 10,5:1 na origem.


Saveiro Cross 2015

Foto: divulgação Inmetro
Alfas 2300 em Xerém

O Campus de Laboratórios do Inmetro, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, RJ, região da Grande Rio de Janeiro, viveu nesta terça-feira, 25 de março, um momento marcante com a passagem da Caravana Alfa Romeo. Quinze carros de todas as épocas da fabricante desfilaram pelo Campus, como parte de uma viagem histórica pelo Brasil para visita à antiga Fábrica Nacional de Motores, onde foram fabricados inicialmente. Naquelas instalações funciona atualmente a fábrica de carrocerias de ônibus Ciferal-Marcopolo. 

Servidores e colaboradores do Inmetro — Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia que, coincidentemente, tem 40 anos de existência — lotaram o entorno do restaurante, para ver de perto veículos que fizeram sucesso nas ruas nas décadas de 1970 e 1980, entre eles o Alfa Romeo 2300 branco que puxava a caravana e que depois de 40 anos voltou em perfeito estado a Xerém, onde foi produzido.