google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Todos nós já ouvimos falar em indústria da multa. Sempre prontamente negado pelas autoridades de plantão, o termo foi criado para designar uma atitude do poder público de usar a multa de trânsito como meio de arrecadação, em vez de um instrumento de segurança no trânsito, de educação e de desestímulo ao cometimento de infrações. Quanto mais disciplinado o trânsito, menos multas precisariam ser lavradas. E todos poderíamos desfrutar de um trânsito civilizado, cortês e fluindo da melhor maneira possível. Porém, em vez de ser o sonho, um quadro desses seria o pesadelo dos governantes. Por que? Porque estes passaram a incluir multas como forma de aumentar a arrecadação.

Esta intenção fica clara quando se colocam radares de forma não a promover a redução de velocidade em trechos perigosos, mas sim em pontos onde é mais provável o motorista se distrair e ultrapassar o limite, exatamente por estar em uma condição que oferece menos risco e por isso ele se sente confortável com a maior velocidade.

A arrecadação de um município advém basicamente dos tributos arrecadados e dos repasses dos governos federal e estadual. Porém, não é incomum que um município gaste mais do que arrecada e pelos mais variados motivos, alguns nobres, mas a maioria deles infelizmente nada nobres. A arrecadação de tributos é difícil de ser aumentada, pois esbarra em limites constitucionais, é a Constituição Federal que determina quais são os tributos de competência municipal. Sendo assim, a arrecadação tributária é eminentemente rígida, variando ao sabor da temperatura da atividade econômica. Os repasses federais e estaduais também não podem ser mexidos com facilidade. Resta ao município buscar outras formas de fechar as contas — e muitas vezes é mais fácil buscar mais arrecadação do que cortar as despesas.




Outro dia encontrei esta caminhonete Chevy vermelha da foto acima, já cansada pelo peso dos anos mas ainda em muito boa forma, estacionada a 100 metros da porta da minha casa. Resolvi então fazer uma foto e contar uma história.
Vamos navegar um pouco pelos primeiros 40 anos desta linha de veículos da Chevrolet e observar como ocorreu sua interferência no modo de vida americano da primeira metade do século 20.
Embora a denominação Modelo T tenha conquistado renome em outra família, criado por uma casa automobilística concorrente, a General Motors, através de sua marca Chevrolet, teve a ousadia de copiar aquele nome de sucesso em um dos seus veículos.
Anúncio do Chevrolet Modelo T

O Chevrolet Modelo T nasceu em 1917 para ser o patriarca de uma série de veículos comerciais da marca, que desenrolariam uma longa história de serviços prestados, desde o trabalho pesado, passando por transporte de carga em cidades e no campo e, finalmente, transformando-se num dos produtos preferidos dos consumidores americanos, tendo registrado sua glória também em outros lugares do mundo.
Versátil e com simplicidade de construção, o segmento de trucks, na denominação americana, os quais chamamos aqui de pickups mas que também podem receber nomes variados como camionetes, caminhonetes, picapes, oficialmente, segundo definição do Código de Trânsito Brasileiro, é caminhonete, veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de até 3.500 kg com compartimento de carga separado do de passageiros.
Sempre que penso em picapes, lembro de sua versatilidade e múltiplas aplicações, mais ou menos como diz a música do Kid Abelha, “Na rua, na chuva, na fazenda...”.
O patriarca de uma geração

Belo "presente" que o governo deu aos brasileiros nesse final de ano, com cidadãos de viagem ao exterior marcada: elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras no exterior com cartão de débito de 0,38% para 6,38%, conforme publicado no Diário Oficial da União de hoje. A justificativa do Ministério da Fazenda para este aumento abusivo da alíquota é "conferir isonomia de tratamento às operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartões de crédito internacionais", também tributadas com IOF de 6,38%, desde 2011. Haja cara de pau, haja ultraje: é como se a taxação nas operações com cartão de crédito fosse "normal", "correta".

Cara de pau governamental também chamar compra de alguma coisa de "operação financeira", total deturpação do termo e que não é de hoje. Ainda está na nossa lembrança a famigerada CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) — aquela mesma que o presidente Luiz Inácio da Silva queria porque queria que fosse prorrogada após seu término marcado para o final de dezembro de 2007 e que o Congresso, num rasgo de lucidez e patriotismo, negou. Luiz Inácio, desesperado ao ver a teta secar, chegou a bradar nos meios de comunicação que quem era contra a CPMF era sonegador.

Por que deturpação do termo "movimentação financeira"? Elementar: se a pessoa retirasse dinheiro da sua conta num terminal eletrônico e por qualquer motivo, como desistir de uma viagem, depositasse a quantia em seguida na própria conta, pagaria CPMF, pois teria havido uma "movimentação financeira". Imoral..

É a velha história da hipocrisia que virou moda no país. O Ministério da Saúde adverte que cigarro causa várias doenças, mas a indústria  e comercialização do fumo são legais, permitidas; carro sem bolsas infláveis e freios com ABS não pode mais se vendido por ser "perigoso", mas milhões de carros sem esses itens continuam a poder rodar livremente. Agora essa de se comprar qualquer coisa no exterior pagando com cartão de crédito ou débito, ato perfeitamente legal, e ter de se dar 6,38% do valor da compra de mãos beijadas para o governo. Nauseante.

AE
Parece normal, mas é diferente 

Este Chevelle ano 1967 é especial. Não apenas um Nascar que sobreviveu restaurado, mas um carro com várias alterações que anteciparam melhorias na categoria.  De fato, o primeiro desses foi destruído em acidente no ano anterior, e outro foi feito em seguida, tamanha a certeza que seu criador, Henry Yunick (1923-2001), apelidado de Smokey (fumacento), tinha nas melhorias que criou.

Estas alterações foram responsáveis por sucessivas atualizações no regulamento da Nascar, já que ele trabalhou exatamente como se faz ainda hoje, lendo as regras, encontrando brechas e criando inovações dentro do livro. E as vantagens obtidas nesses casos  sempre geram reclamações de quem não as percebeu e tentou antes.

Uma delas foi colocar o para-choque dianteiro bem rente à grade e carroceria, para eliminar turbulências, alterando-o em largura e ângulo de face, para que ficasse o mais concordante com a dianteira do carro. Gerenciamento de fluxo de ar era algo que Smokey sabia ser fundamental, desde seus tempos de piloto de bombardeiro na Segunda Guerra Mundial. Outra ótima foi uma chapa fechando a área adiante do pára-choque traseiro, por baixo do carro, eliminando a excessiva turbulência que acabava por levantar a traseira, além de frear o bólido.



O nome da oficina onde  o Chevelle  foi feito