google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor
                                          


Falta pouca coisa para que eu venha a considerar o Toyota Etios 1.3 X um compacto realmente bom, pouca coisa mesmo. Seu pequeno 4-cilindros, de 1.329 cm³, com 4 válvulas por cilindro, é econômico (alcançou nota máxima na categoria no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) e seu desempenho é plenamente suficiente para a proposta. São 90 cv a 5.600 rpm (com álcool) para um carro que pesa 945 kg, portanto, sua relação peso-potência é de praticamente 10 kg/cv, o que é considerado bom. Além disso ele é muito elástico. Seu torque máximo de 12,8 m·kgf vem a 3.100 rpm, o que é uma rotação até que baixa. Portanto, na prática, no dia-a-dia, no uso, é um motor que requer poucas mudanças de marcha e desempenha bem. É a mesma característica de comportamento tomada pela Volkswagen para os motores 1,6-l da linha Gol e Fox, por exemplo. 

Aliado a ele há um câmbio muito bem escalonado, de marchas que alguns desavisados chamariam de longas, mas que na real estão corretas. Esse câmbio, por sinal, é exatamente igual ao do modelo 1,5, mesmas relações. Sua 2ª marcha chega a 85 km/h e a 120 km/h, reais, seu giro está em 3.500 rpm em 5ª marcha. Vale notar que o 1,5-l, também quando com álcool, tem só 6,5 cv a mais que este 1,3-l, e na mesma rotação, portanto não há nada de errado em terem o mesmo câmbio, já que os motores, na prática, pouco diferem em rendimento. O 1,5-l também tem só 1,1 m·kgf a mais de torque, e na mesma rotação, 3.100 rpm. 

O resultado dessa boa combinação é um Etios 1.3 X que é ágil e pouco cansativo na cidade, e bom de estrada, já que viaja suave e silencioso quando em velocidades legais. Ah! E, como disse, gasta pouco combustível, o que agrada a quem preza baixo consumo e lhe proporciona boa autonomia, mesmo o tanque tendo só 45 litros de capacidade.

Volante só com regulagem de altura. Boa pega, mas leve demais

Fotos: Alfa Romeo, Divulgação, autor, supercarfrance.com, alfa1750gtv.blogspot.com.br. Ilustração: Matheus Mari


O ano de 1963 testemunhou o nascimento do Alfa Romeo Giulia Sprint GT, que se tornaria uma lenda da história do automóvel clássico. Descendente do Alfa Romeo Giulia berlina (sedã em italiano) de um ano antes, surgiu o incrivelmente belo Giulia 1600 Sprint GT, apresentado oficialmente à imprensa em 9 de setembro no Salão de Frankfurt. Logo depois ganhou o apelido de “scalino” (degrau, em italiano), devido ao não fechamento completo do capô na parte dianteira da carroceria, o que deixava uma estreita fresta, característica dos modelos dos seus primeiros anos de produção.

Um veículo de grande e imediato sucesso, apoiado no melhor que um automóvel pode oferecer para seu público: modernidade mecânica, carroceria de estética refinada e desempenho convincente. 

Fresta na dianteira lhe deu o apelido de "Scalino"

A motorização 1600 tinha acabado de surgir no modelo Giulietta Sprint em 1962, um motor evoluído do 1300 e seu cabeçote de duplo comando com eixos de válvulas inclinados. É fascinante lembrar que a esta disposição do cabeçote, hoje comum e difundida, foi elaborada pela própria Alfa Romeo nos idos de 1914, quando Giuseppe Merosi, responsável técnico da marca na época, consegui aumentar as dimensões das válvulas e melhorar a eficiência da câmara de combustão, aproximando as válvulas de admissão e escapamento formando um ângulo num cabeçote de desenho piramidal. 

Giuseppe Merosi, 1872-1956 (alfistas.es)

foto: Paulo Keller/AE

Tudo começou com um e-mail do Bill Egan. O amigo e ex-colaborador deste blog estava maravilhado com o novo carro na sua garagem eclética: um vermelhíssimo Alfa Romeo Duetto 1300 Junior. Queria que a gente o experimentasse, queria conversar sobre ele, queria mais. Pensou até em voltar a escrever para o blog, algo que o incentivei a fazer veementemente. Um talento desperdiçado é um dos maiores pecados que se pode cometer usando roupas, afinal de contas.

Marcamos um dia então, um domingo de manhã em um posto de gasolina no caminho para minha casa, já fora de São Paulo para facilitar para mim, e tirar o trânsito do encontro. Andando por ali acabamos por encontrar, quase por acidente, uma estradinha maravilhosa: longa, mão dupla, vazia, cheia de curvas legais, e belíssima naquele dia de sol. Encontrar algo tão bom de andar tão perto de São Paulo já valeu o dia.

Um monte de amigos resolveu vir junto, o que tornou o encontro ainda mais legal. O Paulo Keller, renovando sua vontade de trabalhar no blog que ele mesmo fundou, apareceu com seu maquinário retratista para registrar tudo. Mas o que Egan não esperava era a horda de viaturas bávaras que apareceu para mudar totalmente o foco do negócio: eu obviamente fui com minha perua 328i de câmbio manual, porque ela é meu carro de uso diário, meu meio de transporte primário. O Rafael Tedesco também veio com o seu E36 de uso diário, um bem surradinho cupê 325i, também com o raro e desejável câmbio manual. Mas a estrela do passeio prometia ser outra: O M3 de primeira geração (E30) de nosso amigo e ex-colaborador VR.


Foto: Paulo Keller/AE





Coluna 4913 04.dez.2013                       rnasser@autoentusiastas.com.br          
Passando a limpo, Mitsubishi Triton
Quem não tem 8 marchas automáticas — como o VW Amarok, novidade no setor e que se pontua por este item — refina o resto.
Parece ter sido o caminho da Mitsubishi para dar atratividade a seu principal produto, o picape Triton. Ou para fazer uma despedida digna — deve ser substituído, em 2015, pelo novo modelo apresentado como protótipo hábil, em fevereiro, Salão de Genebra.
Fato é, deu-lhe uma acertada perceptível, não apenas no visual frontal mudando pára-choques, grade e grupo óptico dentro das habilidades da MMC, a Mitsubishi do B, mas na parte rolante. Incorporou quinta marcha na caixa automática, mantém o quantitativo na opção mecânica, alongou o diferencial para reduzir as rotações em velocidade, aumentou o tanque a 90 litros, aumentando a autonomia. Aplicou espelhos retrovisores rebatíveis externamente. O motor 3,2 quatro-cilindros, Diesel, turbo com intercooler, teve potência aumentada a 180 cv, torque de 38 m·kgf. O flex é de ciclo Otto, V-6, 3.500 cm³, um comando mas 24 válvulas, faz 205 cv e 31,5 m·kgf de torque. Há, ainda motor para a versão mais barata, HLS tração simples: quatro cilindros em linha, 16V, 2.400 cm³, 142 cv e torque de 22 m·kgf.
Dentro, conceito misto. Altura de picape, jeito de automóvel, bancos envolventes, como em carros esportivos, aplicação de couro, painel rico, kit multimídia, GPS, rádio, CD, DVD, Bluetooth, comandos no volante.
Muitas versões, muitos preços. Mais barato, 2,4 Flex, HL, para frotas, vendas diretas, negociação pontual.
A público normal 2,4 Flex, tração simples, R$ 76.990. Mais cara, HPE, 3,2, Diesel, caixa automática, tração nas 4 e reduzida, completa. R$ 126.990.
Questão de óptica
Diz a Mitsubishi, o multicampeão brasileiro Ingo Hoffmann fez São Paulo a Brasília num Triton diesel, sem reabastecer. Deve ser verdade, mas será ociosa vantagem. Em torno de 12 km/l, com pé em cima, para efeito promocional, qualquer zemané faz.
A MMC, a Mitsubishi do B, a operação brasileira, independente da japonesa, faz os melhores picapes da marca. Usuário de seus maiores mercados e fã clubes, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália se dirigir os Triton brasileiros, deixará de lado os importados da Tailândia e quererá importar os goianos. São muito superiores em acertos, ajustes, finura em comportamento. A soma de  know how interno de competições, com o atrevimento de empreender fazem-nos melhores. Pena, a MMC daqui não enfatiza as boas características, seu diferenciador, o ter-na-mão, o andar sem sustos, os intraduzíveis porém perceptíveis  handling, tenutta-di-guida, rótulo aos bem acertados MMC Triton. 

Novo Triton 3,2