google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Imagens: Organizadores dos eventos e arquivo pessoal.

Antes que comece o período "das festas", antigomobilistas correm para se reunir e confraternizar.

Dezembro é um mês cheio de compromissos, festa de final de ano na firma, amigo secreto, sábados tomados para as compras dos presentes e os preparativos para a época das festas. É compreensível que este seja um período menos dedicado aos encontros de automóveis, o reflexo disso é que somente os encontros mais tradicionais se consolidaram e têm a coragem de aparecer com o ar da graça nesse finalzinho de ano. Para lembrar que — mais uma vez — o ano passou rápido, o pessoal do interior paulista organiza a terceira edição do Encontro Dodges & Cia, uma arrancada que se realizará em Arthur Nogueira logo no dia primeiro de dezembro.

O 3º Encontro Dodges & Cia é uma boa oportunidade de acelerar o carro em uma organizada arrancada.




Um dos principais materiais utilizados na fabricação de componentes estruturais de carros de competição e superesportivos é a fibra de carbono, mais precisamente o compósito de fibra de carbono, oplástico reforçado com fibra de carbono (em inglês, carbon fiber-reinforced plastic, CFRP). Sua leveza e resistência excepcionais revolucionaram a forma de construir carros de alto desempenho.

Quem mostrou ao mundo a real capacidade deste material foi a McLaren. Tanto no automobilismo como nos carros de rua, eles foram pioneiros na aplicação do carbono como material principal na construção do chassi.

Nos primórdios do século 20, pouco mais de cem anos atrás, uma empresa americana chamada Hercules produzia diversos materiais, entre componentes químicos, explosivos e armamentos, ligada ao forte nome DuPont, já conhecida no mercado por diversos produtos em diversos ramos, inclusive no automobilístico.

A Hercules passou pelas duas guerras mundiais fornecendo pólvora, explosivos e outros materiais bélicos para o governo americano. Nos anos sessenta, entrou no ramo de combustíveis sólidos para foguetes, algo que o governo dos EUA tinha grande interesse, pois a corrida espacial contra os soviéticos estava em alta. Seu campo de pesquisa era extenso, e a área de novos materiais também estava em constante crescimento.

Tecido de fibra de carbono, é possível ver os fios nas extremidades

Como disse no final da parte 1 desse post, o BMW Turbo abriu o caminho para os carros da BMW que mais gostamos. É impressionante o que um carro-conceito, no momento certo, com as pessoas certas, pode fazer para uma empresa. Se aclamado pela mídia e público é uma injeção de entusiasmo na veia que resulta em produtos fantásticos, independente do sucesso comercial. Também ajudam muito a marca se tornar desejável e isso a BMW sabe administrar como ninguém.

Na esteira do BMW Turbo e também sob o comando de Bob Lutz entraram em cena os BMW 3.0 CSL como motor injetado no final de 1972 e o 2002 Turbo em 1973, o primeiro carro europeu de série com motor turbo. Numa passagem muito interessante livro "Icons and Idiots: Straight Talk on Leadership" o próprio Bob Lutz descreve como o seu chefe jogou no colo dele a cobertura negativa desses dois modelos junto à imprensa. O infelicidade de ambos os modelos foi a crise do petróleo da década 1970 com o embargo da Opep em 1973 fazendo com que qualquer carro esportivo fosse inviável, ou imoral, como o Lutz disse. Além disso o ativismo ambiental também começava aflorar na Alemanha e danos às florestas de coníferas cortadas pelas Autobahnen eram atribuídos aos gases emitidos pelos carros. 

Competições

Nessa ala do museu estão alguns carros interessantíssimos. O 3.0 CSL talvez seja um dos mais icônicos. O modelo já nasceu com a missão de carregar a bandeira e faixas da Divisão M (Motorsports) no Campeonato Europeu de Turismo (ETCC) e no famoso DTM, Campeonato Alemão de Turismo, entre outros inclusive nos Estados Unidos. Normalmente o "L" na nomenclatura da BMW indica um modelo longo (lang em alemão). Mas no CSL o L  é de leve (leicth em alemão) e o CS de coupé sport, assim coupé esporte leve.

Sua carroceria fabricada pela Karmann era feita de chapa de aço mais fina, painéis de porta, capô e tampa do porta-malas de alumínio, não possuía uma série de acabamentos internos e nem isolação de ruídos. Ficou conhecido como "Batmóvel" devido ao aerofólio traseiro. Como para ser homologado para competição deveria haver produção de versões de rua, o aerofólio traseiro vinha desmontado e dentro do porta-malas, por não ser permitido pela legislação. Na essência esse é o primeiro M, apesar de não levar o icônico emblema M. O 3.0 CSL ficou no mercado de 1971 a 1976.


Para-lamas mais largos nos modelos de competição para acomodar rodas e pneus maiores

Fotos: Portuga Tavares, divulgação THX-films e organizadores do evento
Folder do evento Hot Rods Brasil, uma boa pedida para quem curte os antigos modificados

Carros dignos de estrelar filmes dentro de estúdios de uma companhia cinematográfica: não se tratou de uma produção com um roteiro e sim de um evento dedicado aos automóveis antigos modificados que fizeram cena no 4° Hot Rods Brasil, realizado entre os dias 8 e 10 de novembro, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Carros antigos modificados, de todas as categorias, ocuparam os pavilhões, veículos tão fotografados quanto artistas de cinema. Sem dúvida, um dos mais assediados foi o Chevrolet Nomad 1957, versão esportiva da perua familiar que ficou ainda mais esportivada com o novo coração no cofre, um V-8 426 Hemi, da Dodge, simplesmente um big block de 7 litros.