google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

End. eletrônico: edita@rnasser.com.br                    Fax: 55.61.3225.5511           Coluna 4513 6.nov.2013                                                                         
 
Logan. Mais Delon, menos Depardieu
A Renault deu ótima acertada estética em seu produto de fender mercados e fazer fama, o Logan. Mudou muito, implementação na base, aprimoramento nas suspensões, direção, e exibe passo para o futuro, especialmente porquanto vai contra seu descompromisso estético e jeito de carro montado por algum viciado em Lego. Grande ganho. Manteve a mecânica sólida, fiável, cuja resistência afasta o consumidor das oficinas, prossegue com a mesma distribuição de área para motor/habitáculo/porta malas, mas fez mudança geral na estética, incluindo melhor inclinar o pára-brisa, sanear o visual do casamento das portas traseiras com a coluna C. A carroceria, digamos o revestimento que cobre a mecânica, mudou completamente. Para usar a imagem do título, e situar com estética francesa, está menos o atualmente russo Gérard Depardieu, e mais o ainda francês Alain Delon.
Intocados mantém-se o econômico motor 1,0 de 16 válvulas e o bem-disposto 1,6 com 8 destes ventiladores, hábeis a etanol e a mistura entre gasolina, água e álcool vendida como gasolina. O 1,0 a álcool gera 80 cv e 10,5 m·kgf de torque. Gasálcool  77 cv. O 1.6 gera 106 cv, e 15,5 m·kgf em torque. Com a mistura de gasolina a potência é de 98 cv. Grupo motopropulsor dianteiro, transversal, bloco em ferro, câmbio manual, cinco marchas, tração dianteira. Caixa automática não é disponível — seu custo mudaria o perfil do produto, levando-o a preço em faixa de competidores mais modernos.
Há a se deixar claro, as mudanças de casca e conteúdo não mudaram o foco nem o posicionamento no mercado. Os valores do projeto são mantidos: espaço, construção robusta e sem fricotes mecânicos, manutenção à base de R$ 1 / dia. Continua sendo espaçoso, resistente, barato e, como enfatizou Luz Castaño, tipo engenheira-chefe do produto, "bonito". O Logan mantém preços para ser a primeira motorização 0-km. Para estes clientes a Renault resgatou o financiamento em até 72 meses, seis anos, com 25% de entrada, dados importantes ao bolso de quem sairá de um problema bem usado para comprar o 0-km, novo. Leque de preços amplo, a partir de R$ 28.990 — R$ 1 mil mais sobre o de lançamento em 2007 — a R$ 44.250, versão completa. 
Espaço interno maior. A carroceria é mais larga, a linha do painel, sua disposição e conteúdo foram modificados, assim como as alterações na plataforma mudaram a parte de fixação dos bancos, permitindo posição de dirigir mais confortável, epicurismo em carro simples. Motores de baixo consumo e emissões endossados pela classificação do Inmetro. As mudanças da plataforma, a base metálica onde por cima se prende a carroceria e por baixo as suspensões, motor, direção, foi incrementada. Um pouco de tecnologia de hoje em meio a estrutura inferior projetada há algumas décadas, visando dar condições a melhor comportamento dinâmico, e atender às exigências dos testes de impacto, — e seus resultados para os ocupantes do veículo, característica que ajuda a bem classificá-lo. A Renault declarou esperar 4 estrelas no teste da Latin NCAP.

Fotos: Divulgação, Pixel Car Art, Bernard Asset, Anthony Bernier, Nigel  Harniman, Renault Classic


Festa de 15 anos para o Clio V6!

Preparado pela divisão Renault Sport da casa francesa, o primeiro protótipo deste modelo foi visto no Salão de Paris em 1998.

Ousado para muitos, o já saudoso Renault Clio V6 buscava resgatar o sucesso obtido pelo antigo Renault 5 Turbo, abusando da mesma receita. 

Renault 5 Turbo - precurssor do Clio V6

O resultado foi um fantástico veículo de corrida homologado e adequado para circular nas ruas. Assim como o seu carismático predecessor o 5 Turbo dos anos 1980, o geneticamente manipulado Renault não dividia muitos itens construtivos com o modelo que serviu de base para a sua origem, a então segunda geração do Clio de 1998.

Prazer a dois dentro de um carro pequeno, mas sem usar o banco de trás.


Acho que todos hão de concordar: quando o Logan foi lançado em 2007 o mercado brasileiro ganhou um sedã com dimensões de carro médio a preço de compacto, entre outros atrativos como motorização eficiente 1-litro e 1,6 litro e desempenho coerente graças ao peso bem inferior a 1.100 kg. Era mesmo novidade em espaço interno e para bagagem. Um verdadeiro cinco-lugares em largura interna e espaço para pernas dos passageiros do banco traseiro, ajudado principalmente pelo entreeixos de 2.630 mm, mais que o do Corolla, por exemplo. Mas seu estilo era longe de ser atraente, opinião que pode ser chamada de unânime. Especialmente quando visto de traseira ou ¾ de traseira. 

Logan anterior

Havia também um complicador, aliás, dois: a marca Renault tinha relativamente pouco tempo de Brasil, ainda não havia chegado a dez anos — a fábrica em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, havia começado a produzir em 1998 — e o Logan não era "Renault", mas Dacia, fabricante romena que está localizada no Leste Europeu, região que não tem, ou não tinha, fama de berço de carros de qualidade. 

Aos poucos, contudo, essas duas nuvens foram sendo levadas pelos ventos da aprovação pelo consumidor brasileiro e a origem romena acabou sendo apenas um detalhe. Afinal, naquele mesmo ano de 1998 a Dacia passava a ser propriedade da Renault, isso depois de 30 anos produzindo modelos da marca francesa sob licença. Por isso, nesses seis anos e meio, mais de 210.000 Logans foram parar nas garagens dos brasileiros, média de pouco mais de 32.000 por ano.

Desenho da traseira mudou bem

O Oldsmobile já existia, mas flutuante, apenas na cabeça de Mead

Sydney Jay  Mead é um artista do futuro. Os cinéfilos atentos podem saber que ele idealizou boa parte  dos cenários e veículos de Blade Runner, Tron, Star Trek (longas de cinema), Aliens, Missão Impossível  3, entre outros filmes. Mas antes disso os carros foram objeto de atenção e criatividade desse americano de Minnesota, que desde bem pequeno desenhava as máquinas que tanto gostamos.

Sua curiosidade pelo futuro veio de forma muito simples, com seu pai, um pastor protestante, que lia ficção científica dos anos 1920 e 30 para o pequeno Sydney. Histórias como Flash Gordon, Buck Rogers e as novelas de Jules Verne eram freqüente leitura na casa dos Mead. Não poderia dar em outra, Sydney se viu fascinado pelo que viria e existir, e se pôs a desenhar com afinco.
Seus carros são sempre impressionantes, e como artista muito completo, estão quase sempre inseridos em cenários relacionados à missão do veículo. O impacto visual de suas ilustrações reside nesses dois pilares, o veículo e o contexto, incluindo as pessoas e animais que freqüentemente aparecem juntos.
Aos 80 anos de idade, ele ainda é ativo, tendo aderido ao desenho eletrônico com o passar dos anos, após, claro, ter feito muita coisa à mão, em guache, uma técnica que dificilmente desaparecerá para muita gente dessa área da criação visual, mesmo com todos os recursos eletrônicos atuais.