google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Uma das grandes qualidades do esporte conhecido como automobilismo é a evolução dos projetos, as histórias e lendas que nascem, seus sucessos e fracassos. Como uma revolução geralmente é menos garantida que uma evolução técnica, a seqüência de projetos aumenta as chances de uma equipe chegar ao sucesso.

Já contamos aqui a saga do herói francês de Le Mans, Jean Rondeau e seus carros, e também a história do GT40 e dos Mirage M1, em especial o carro que foi o primeiro vencedor nas cores da Gulf Oil e também foi o camera-car do filme "Le Mans", de Steve McQueen, aqui.

A história dos Mirage e da J.W. Engineering não parou nos GT40 modificados. Após alguns anos de trabalho nos carros da linha M1 e as mudanças de regulamento que restringiram a cilindrada dos motores, John Wyer focou seus esforços em novos projetos na categoria dos protótipos.



Os caras da Companhia de Engenharia (?) de Tráfego de São Paulo devem estar tirando uma da nossa cara, só pode. Um leitor me mandou, agora há pouco, uma mensagem para o Fale Conosco falando dessa nova maluquice da CET. Se o leitor não viu nada de mais na foto acima, veja na de baixo do que se trata:


Em vez da tradicional sinal que indica pode/não pode atravessar, com desenho ou inscrição que leve intuitivamente à idéia da finalidade do sinal, os "gênios" resolveram reproduzir a figura do monumento a que a faixa de pedestres leva, o Monumento às Bandeiras, na região do Parque do Ibirapuera, zona sul da cidade.

Segundo o que noticiado no site Via Trolebus (viatrolebus.com.br), de onde as fotos foram extraídas, a medida "tem como objetivo enaltecer os principais  pontos turísticos da capital paulista". Enaltecer o quê, Pai do Céu, se o monumento está ali, visível, na cara de todos?

E se fosse uma faixa de pedestres defronte a um motel, qual seria o ideograma? O de um casal copulando?

Depois os caras vêm falar em excesso de veículos, em aumentar o tal de "centro expandido" para infernizar ainda mais a vida de quem os sustenta – nós –, o prefeito petista dizer que "as pessoas vão se arrepender de não deixar o carro em casa" ao crivar a cidade de faixas exclusivas de ônibus e outras tiradas típicas de gente do partido amorfo, sem ideário, como aquela senhora que não tirou o nome do marido depois de se divorciar e que disse "relaxe e goze" para quem estava morando nos aeroportos, tamanhos os atrasos.

Acho que não preciso dizer o que estamos...

BS
O nosso Maverick num dos raros momentos sem chuva, Paulão ao volante (foto acervo pessoal de Paulo Scali)

Parece que foi planejado, mas não foi, falar de minhas corridas em dois posts sucessivos. É daquelas coisas, pegar o embalo e ser difícil parar. Fato é que essa corrida, a 25 Horas de Interlagos, em 13 de dezembro de 1975, me foi muito marcante.

Primeiro, porque a venci, até aí nada de mais, faz parte do jogo de qualquer esporte vencer ou perder. No automobilismo, entretanto, o "perder" é relativo, pois você chega atrás do vencedor e também tem seu mérito, inclusive pontos quando se trata de campeonato, e dinheiro, se há prêmios em espécie, não esquecendo os troféus. Keke Rosberg foi campeão mundial de F-1 em 1982 vencendo apenas uma prova, o GP da Áustria.

Mas marcante mesmo foi a tripulação do Maverick Quadrijet da Equipe Mercantil Finasa-Motorcraft, a representante oficial da Ford Brasil nas corridas, cuja responsável era a firma Greco Competições e o chefe de tudo, Luiz Antônio Greco, uma das figuras mais incríveis que conheci e para quem tive o enorme prazer de pilotar de julho de 1974 ao final da temporada de 1976. A tripulação do Maverick 22 era formada por ninguém menos que José Carlos Pace, o nosso inesquecível Moco, e Paulo Gomes, o rápido Paulão, além de mim, claro. E a equipe oficial só teria um carro nessa corrida, o nosso.

Repe-Alfa Romeo (foto nerddecarro.wordpress.com)

Estive ativo no automobilismo de 1962 a 1987, com ênfase nos anos 1970. Nesse tempo todo tive apenas um acidente e alguns incidentes, que gostaria de compartilhar com o leitor.

Foto: blogdojovino.blogspot.com
O acidente foi numa prova regional aberta, curta, de carros esporte em Interlagos, em 1971. Eu estava dirigindo um protótipo da equipe Casari-Brahma, o Repe-Alfa Romeo, feito em Petrópolis pelo Renato Peixoto, cujo motor era um Alfa Romeo 1600 com preparação Autodelta, a firma de preparação oficial da Alfa Romeo. Esse motor era o do Alfa Romeo Giulia ti Super (foto ao lado) do piloto Sérgio Cardoso, falecido em acidente com este carro no treino do Circuito de Petrópolis de 1968. O biposto, que tinha câmbio Hewland derivado de Volkswagen e muito usado na época, era muito bem-feito, o Peixoto era mesmo muito hábil.