google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Paulo Keller


Não é todo dia que se põe a mão em carros especiais, diferentes do rebanho, e foi com muita satisfação que o AE recebeu um BMW M3 GTS para testar, o 115° (indicado no painel lado do passageiro) dos 135 produzidos no mundo em 2010/11, dos quais cinco estão nas Américas – três nos EUA e dois no Brasil, ambos estoque da Eurobike, concessionária multimarca de Ribeirão Preto (SP) com 25 unidades entre os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Filosoficamente, a versão construída pela divisão Motorsport da BMW como todo M, é um carro preparado para corrida que pode andar na rua e homologado para tal nos vários países onde foi vendido ou licencidado para demonstração a clientes, caso desses dois da Eurobike. Tudo leva ao "estado de pista", do aliviamento de peso usando recursos como o teto de compósito de fibra de carbono, material transparente da coluna central para trás em policarbonato em vez de vidro e redução significativa do material fonoabsorvente, aos bancos dianteiros Recaro de competição homologados pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) associados a cintos de segurança de seis pontos Schroth, ambos alemães, mas mantendo o cinto retrátil de três pontos para uso "civil".

Número de série vem aplicado no painel

 O "estado de pista" significa que o M3 GTS está pronto à espera de alguma corrida ou então levar seu dono a um track day para curtir um verdadeiro carro de turismo preparado, com alta dose de adrenalina e, dependendo da concorrência, sair-se como o melhor tempo do dia.

Fotos:ebay.co.uk



O Cirrus é um carro único, um esportivo de dois lugares, motor V-8 atrás dos bancos dos dois ocupantes, feito com componentes bastante comuns na Europa, principalmente na Grã-Bretanha, aquele arquipélago cheio de entusiastas dos motores e máquinas.  O único lugar do mundo onde uma corrida de motos nas ruas poderia sobreviver, como ocorre sempre na ilha chamada Man.  

A empresa desenvolveu o carro em um galpão nos fundos de uma  grande casa tipicamente britânica, uma mansão na verdade, mas já não na sua melhor forma de conservação. O engenheiro criador é Nick Butler, com formação  aeronáutica e construtor de hot-rods britânico, a maioria deles no padrão T-Bucket.


Inerente ao ser humano, um sentimento, se é que podemos chamá-lo assim, perdura por toda a história das nossas civilizações, e este é a rivalidade. Uma diferença de idéias, de crenças, de costumes, ou mesmo de gostos, gera rivalidade, que pode ou não ser transformada em outros sentimentos. 

A rivalidade pode ser produtiva, como um incentivo à competição e ao desenvolvimento, ou pode ser destrutiva, como acontece no caso das guerras entre povos, que nada mais é que uma rivalidade, ou por diferenças de crenças ou por questões políticas, mas sempre por uma rivalidade entre interesses distintos.

Se no tempo dos gregos e troianos, palestinos e isralenses, a rivalidade acabou em guerra, no mundo automobilístico a rivalidade costuma gerar um acirrado desenvolvimento pela autopreservação. Não apenas a rivalidade existe entre os fabricantes, obviamente cada um tenta preservar seu mercado e ser líder de vendas e dominar o mundo, mas entre os clientes também há esta rivalidade. Ou pelo menos havia.
Fotos: Mercedes-Benz, carbase.com, supercars.net
Mercedes-Benz C111-II

O primeiro carro do fabricante alemão da estrela de três pontas com portas abrindo para cima, apelidado de gull wing ou asa de gaivota, foi o 300 SL, isso todos sabem. Um carro clássico pela absoluta novidade da configuração das portas, além da injeção mecânica de gasolina. Foram fabricados apenas mil e quatrocentas unidades, de  1954 a 1957.

O projeto C101 que viria a ser rebatizado como C111, iniciado em 1969, seria seu sucessor como o supercarro da Mercedes, se tivesse sido comercializado.  A mudança de designação se deveu ao registro feito anos antes pela Peugeot, onde qualquer designação para automóveis com três algarismos que usasse o zero no meio era de sua propriedade, direito válido no território francês. O mesmo ocorrera com o Porsche 911, que foi apresentado em 1963 e vendido em pequena quantidade como 901, quando precisou ser mudado. Em vez do carro ter outro nome apenas para a França, alterou-se para todos os mercados. Os alemães também cometem equívocos, no caso da Mercedes por pura falta de atenção.