google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Quatro motores de válvulas deslizantes: MCollum (1909), Knight (1908), Continental (1926) e Sargent (1914)


Uma visão geral

Vimos na primeira parte que o sistema de válvulas circulares convencionais se tornou um paradigma universal, adotado por todos os fabricantes de motores de ciclo Otto e Diesel, salvo raríssimas exceções em aplicações especiais.

Vimos também que o sistema vigente está longe da perfeição, algo sabido desde os primórdios da história do motor a combustão.

Nos apegamos a ele como se ele fosse a única alternativa. A maioria dos autoentusiastas sequer imagina que existem sistemas alternativos e como eles podem funcionar, quando na verdade, a diversidade de sistemas é imensa.

Estas alternativas foram largamente exploradas na aurora do uso do motor a combustão interna, mas a maioria não passou da fase de proposta ou de protótipo. Ainda assim, há propostas inovadoras mesmo nos tempos atuais.

Mas estes sistemas surgiram e depois desapareceram ao longo dos anos. Alguns obtiveram grande sucesso, como o sistema Knight nos automóveis de luxo, e o sistema Argyll, em motores aeronáuticos, ambos de camisas móveis. Alguns até foram lançados em motocicletas, mas a maioria dos sistemas, entretanto, não passou da fase experimental ou de patente de conceito.

Estes sistemas não seriam mais que mera curiosidade técnica se o "Papa" da engenharia dos motores, o engenheiro inglês, de Londres, Sir Harry Ricardo, não tivesse publicado em 1927 um extenso estudo onde relacionava todos os problemas  com as válvulas convencionais e mostrava (dentro da realidade técnica da época) que motores com este tipo de válvula não iriam muito além dos 1.500 cv.

Muito do que ele afirma neste estudo serviu de base para a primeira parte deste artigo. Em sua substituição, Sir Ricardo propunha o uso de válvulas de camisas móveis.


Sir Harry Ricardo (26/5/1885–18/5/1974)
Fotos: Supercars.net, exceto onde indicado

Um cupê esportivo único

A marca britânica MG, Morris Garages, anteriormente ao fechamento da fábrica de Longbridge em 2005, tinha carros que eram pouco atrativos ao mercado local. Basicamente Hondas modificados e com estilos externo e interno próprios. As marca MG e Rover eram produzidas sob o mesmo teto, nessa muito antiga instalação.

Rapidamente, já em 2007, a MG foi ressuscitada pelos chineses da SAIC Motors, que sabiamente retomaram algumas atividades de montagem e de desenvolvimento em parte da antiga fábrica, já no ano seguinte. Dos MG atuais, os componentes são fabricados de verdade na China, mas não há como dizer que a marca é do Reino Unido se não fosse feito algo por lá mesmo. Ponto positivo para os chineses, mesmo não tendo mantida a fabricação completa por lá. O quanto de conteúdo local cada modelo tem, hoje, é difícil saber ao certo. Boa parte da montagem, porém, é feita em solo da Rainha.
Fotos: arquivo pessoal e Clássicos Caslini
Material de época, fornecido à imprensa, sobre o Galaxie Ambulância

No final de 1968 revistas especializadas em automóveis soltaram a notícia de que o centro de “estilo” da Ford estava desenvolvendo uma nova carroceria para o – ainda novato – Galaxie 500. Seria uma “perua” como os paulistanos chamavam na época as stations wagons. O automóvel era desenvolvido nas horas de folga, mas tanto tempo foi empregado para o tal veículo que era impossível conceber a idéia de que seria apenas um protótipo, mas foi – ou melhor, realmente é!


Ambulância Galaxie, hoje, na restauradora Clássicos Caslini




Há exatamente 15 anos, 22 de outubro de 1997, nascia o Best Cars Web Site, pelas mãos de um garoto de 22 anos, de Pindamonhangaba (SP), chamado Fabrício Samahá. Hoje ele está com 37 anos, mas continua com a mesma energia, pois para fazer o que ele faz, só mesmo tendo-a muito. O Best Cars está na rede mundial de computadores ininterruptamente desde então e muito me orgulha ter visto seu nascimento, acompanhado seu crescimento e dele ter participado, para ser hoje uma referência em sites automobilísticos.

A história do Fabrício é incrível. Eu era editor técnico e de testes da revista Autoesporte e começamos a receber cartas de um leitor, excepcionalmente bem escritas. Pelos textos eu imaginava alguém por volta de seus trinta anos de idade, com sólida formação acadêmica, Um dia, ao responder uma das cartas, convidei-o a conhecer a redação quando viesse a São Paulo. E ele veio.