Fotos: Volkswagen/Pedro Dantas
É fato público e notório que o Volkswagen Touareg e o Porsche Cayenne são primos entre si, têm a mesma carroceria e suspensão, só que são fabricados em Bratislava, na República Eslovaca, e em Leipzig, na Alemanha, respectiva e curiosamente ambas cidades do bloco comunista até que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) começasse a desmoronar em 9 de novembro de 1989, data do início da derrubada do Muro de Berlim. Pode-se dizer que é mais um caso de "engenharia de emblema", mas nem por isso os dois utilitários esporte não têm luz própria. Pelo contrário, têm e bastante.
Durante a apresentação à imprensa nesta quinta-feira em Santo Antônio do Pinhal (SP), um jornalista questionou o gerente de marketing da Volkswagen, Henrque Sampaio, se não era inútil a popular marca bater de frente com a sofisticada Porsche, baseado no fato que era mais importante mostrar para os vizinhos e para os amigos um carro com o emblema da égua empinada do que com o do círculo com as letras "V" e "W" superpostas. Na hora, ante a embaraçosa pergunta, pensei em responder pela Volkswagen, mas é claro que não teria nada a ver. Eu teria respondido que 1) nem todo mundo é besta e 2) na hora de precisar de assistência técnica (todo carro precisa) a grande rede de concessionárias Volkswagen vale muito mais, pelo tamanho, do que a diminuta rede da marca de Stuttgart.
O gerente de marketing deu uma resposta delicada (como deve ser sempre), falando nos tópicos habituais como fidelidade à marca, públicos diferentes, preço e direito de escolha, entre outros. O fato é que o Touareg é um belo produto na sua categoria e quem não é dado a exibicionismo não terá do que se queixar se adquirir um. Pelo contrário.
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