google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Dezesseis cilindros, sessenta e quatro válvulas, dois virabrequins: complexidade excessiva

A história da Formula 1 é interessante não apenas pelos projetos vencedores, mas também pelos que não deram certo. Entre esses, há carros para os quais haviam poucas esperanças desde o nascimento. Equipes já desaparecidas como a Life, Bellasi, Merzario, Derrington-Francis, e muitos outros, fizeram carros que chegaram a ser ridicularizados. Lembramos da pobre italiana Coloni, que teve o brasileiro Roberto "Pupo" Moreno como piloto por alguns meses, pintando carenagens numa oficina perto do autódromo de Interlagos. Mal chegaram a participar de alguma corrida além das classificações. Existiram algumas equipes com muito potencial técnico e humano, mas que nunca conseguiram vitórias, como ATS, Beatrice, De Tomaso e a brasileira Copersucar-Fittipaldi, esta por muito pouco mesmo. Vide o segundo lugar de Emerson em Jacarepaguá 1978.

Algumas equipes com recursos muito limitados fizeram grandes carros, como o Eagle-Weslake V-12, e grandes equipes fizeram perdedores, basta lembrar da Ferrari durante muitos anos pré-Schumacher e a Lotus com o Type 80, um carro cheio de problemas que veio na seqüência do Type 79, campeão do mundo de pilotos e construtores em 1978.

A BRM (British Racing Motors) foi uma dessas equipes que poderia ter vencido muito mais. Fundada em 1945 por Raymond Mays e Peter Berthon, teve, entre as dezessete vitórias de 1959 a 1972 e os campeonatos de pilotos com Graham Hill e de construtores em 1962, além de quatro vice-campeonatos de construtores, uma história com a característica de fazer carros de funcionamentos extremos. Fases de carros imensamente complexos e totalmente impossíveis de serem pilotados a contento, depois trabalhando num caminho mais simples e com bons resultados. A BRM teve momentos de glória e momentos desprezíveis, quase na mesma medida.



Controle total: sob este nada modesto conceito a Honda apresentou no final de 1991 uma inovadora superesportiva, a CBR 900 RR FireBlade, resultado das idéias de Tadao Baba, um arrojado projetista  que entrou para a Honda aos 18 anos de idade e logo assumiu um posto no importante departamento de pesquisa e desenvolvimento, o R&D. 

Consta que Baba e um grupo de engenheiros da Honda testavam motos da concorrência no final dos anos 1980, entre elas a Suzuki GSX-R 1100, a Yamaha FZR 1000 e a própria CBR 1000F, e que ao final da jornada havia um claro consenso: potência não faltava, mas a maneabilidade era escassa. 

Tadao Baba

Até aquele instante, o catálogo da Honda oferecia a seus clientes a VFR 750F e sua versão “de briga”, a VFR 750R, mais conhecida como RC 30 – ambas dotadas de moto V-4 que, apesar de ágeis, não podiam rivalizar com a cavalaria das 1000-cm³. Assim, Baba propôs uma nova classe de motos que conciliasse peso e dimensões de uma 750 com maior potência. Nascia assim a CBR 900 RR FireBlade (assim mesmo, com o “B” maiúsculo no meio do nome), que pesando quase 50 kg menos que qualquer outra mil de seu tempo lançou as bases para uma geração de motos que completou duas décadas.

Fotos: Paulo Keller

Muita animação e divertimento nos ralis do Jan Balder

Mais uma vez autoentusiastas se reuniram em Interlagos para uma boa diversão na pista. Foi neste domingo, dia 26 de agosto. A largada ocorreu às 16h30, com 45 carros competindo no Tormeio Interlagos de Regularidade, organizado pelo veterano piloto holandês naturalizado brasileiro, Jan Balder, evento que está no seu terceiro ano e se populariza cada vez mais.

Para lembrar, Jan Balder e seu amigo de infância Emerson Fittipaldi por muito pouco não venceram a Mil Milhas Brasileiras de 1966, com GT Malzoni de 981 cm³. Eram dois garotos então, Emerson com 19 anos e Jan, 20, ambos nascidos em 1946. Um pequeno defeito de ignição a poucas voltas do final tirou-lhes a vitória certa, que acabou ficando com Camillo Christófaro/Eduardo Celidônio, com carretera Chevrolet motor Corvette, em segundo o GT Malzoni de Marinho/Eduardo Scuracchio. Emerson e Jan ainda chegaram em terceiro.

Jan Balder e Emerson Fittipaldi, dois grandes amigos desde a infância (londrina.odiario.com)

No dia anterior houve o mesmo, mas só com carros antigos participando, e também encheu a pista. Ótimo! Rali de regularidade para alguns e track-day para outros. Cada um andando no ritmo escolhido, desde que não abusasse, pois quem o fizesse tomaria bandeira preta e teria que cair fora. Segurança em primeiro lugar. 



Ferrari e Ford já tiveram seus anos de rivalidade à flor da pele. A história da Ford tentando comprar a Ferrari é o ponto de partida de uma série de eventos que resultaram, entre outras coisas, no fabuloso GT40.

Em busca de uma nova imagem no mercado americano, a empresa do oval azul queria voltar para as competições automobiísticas mundiais, mas não tinha experiência internacional em pistas mistas e de estrada, pois as únicas modalidades nas quais se envolvia eram a Nascar e as provas de arrancada da National Hot Rod Association (NHRA). Vale lembrar que os Cobras de Carroll Shelby não levavam o nome Ford, apesar dos motores e do apoio da fábrica, o que gerava um certo desconforto para o grande fabricante. O jeito era recorrer a uma fonte européia de conhecimento, e entre tantas idéias, uma delas foi comprar a Ferrari e utilizar toda a experiência já adquirida ao longo dos anos pelos italianos. 

Henry Ford II e o comendador Enzo Ferrari não chegaram a um acordo (automobilemag.com)

Henry Ford II e Enzo Ferrari logo se estranharam durante as conversas, pois ambos eram homens de negócios defensores de seus reinados e, claramente, turrões e orgulhosos. A negociação logo virou uma briga e Enzo despachou Ford da sua fábrica, mas isso não iria ficar barato. Ford iria devolver as "ofensas" de Enzo da forma que mais poderia doer no ego do commendatore. Le Mans era a resposta, pois desde 1960 a Ferrari reinava absoluta e era o orgulho da marca de Maranello.