google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: autor



Andar na motocicleta elétrica Zero foi uma ótima experiência, principalmente por constatar que o prazer da pilotagem continua a existir também em veículos movidos a energia elétrica.

Ela não tem marchas. Logo na árvore de saída do motor vai o pinhão de 16 dentes que, por corrente, transfere potência à coroa de 53 dentes. E só. Então é só acelerar e boa. Os freios são como nas motos que estamos acostumados: no manete direito é o dianteiro (a disco de 310 mm de diâmetro, dois pistões) e no pé direito é o traseiro (a disco de 220 mm de diâmetro, um pistão). Não há, portanto, manete de embreagem à esquerda e tampouco pedal de câmbio, à esquerda.. Resumindo: é mais fácil andar nessa moto que andar de bicicleta.

Liga-se a chave e após uns 3 ou 4 segundos o farol acende, o painel também e o ponteiro do velocímetro dá uma varrida no mostrador. No painel, além do velocímetro analógico há um velocímetro digital que pode marcar em quilômetros ou milhas por hora. À direita está o nível da carga da bateria, que atinge 4 quilowatts·hora (kW·h) em sua carga máxima. O gozado é que o indicador desse mostrador é uma bomba de posto gasolina, igualzinho ao dos carros de motor a combustão, e não uma bateria, como era de se esperar. Não tem conta-giros. Não há utilidade em saber a quantas o motor elétrico vira.

Velocímetro analógico tradicional e outro digital de cristal líquido, com hodômetro totalizadoor e parcial, e bem na direita o medidor da carga da bateria por barras com o ideograma de uma bomba de gasolina de posto


Outro dia eu comentei com alguns amigos que estava com a idéia de pegar um carro bacana e fazer um bate-e-volta saindo de São Paulo indo até Paraty, no Rio de Janeiro, e voltando para São Paulo no mesmo dia, usando a Rio–Santos e fazendo muitas fotos. Só faltava o carro bacana.

Eu tinha a idéia de fazer essa viagem de Range Rover Evoque ou de BMW Série 1 M, dois carros que me atraem. Mas no final de semana passado acabei conseguindo um caro que achei interessante para esse passeio. Liguei para um amigo para convidá-lo e disse que estava de BMW GT. Ele exclamou: aquele laranja! Não, eu respondi. Aquele é um M3 GTS e deve ter apenas uns dois ou três no Brasil. Consegui um Série 5 GT! Quase ninguém conhece esse carro. E eu mesmo tinha minhas dúvidas sobre ele, ou sobre o propósito dele.



O ônibus da cena acima avançou um sinal em um dos retornos da av. Ayrton Senna em uma manhã chuvosa e o resultado foi esse, um belíssimo Corvette destruído e os ocupantes machucados, o da direita com gravidade. Fatalidade? Não, quem trafega pelo Rio de Janeiro presencia bandalhas no trânsito o tempo todo, principalmente por coletivos, ônibus e vans.

Ontem presenciei uma bandalha que as vans fazem o tempo todo, mas dessa vez foi um ônibus de mais de 10 metros de comprimento que efetuou a manobra, ônibus de empresa estabelecida, com concessão para o transporte de passageiros e com várias pessoas em seu interior. Ele vem pela pista lateral, ao se deparar com o sinal fechado, entra na alça de retorno (que está com o sinal aberto), vira na pista central, pega a alça de retorno do sentido contrário e volta para a pista lateral. Pronto, se livrou dos chatos que insistem em parar no sinal vermelho à sua frente. E tudo transcorre na maior normalidade na "cidade olímpica".




Carroll Shelby (11/01/1923–10/05/2012)

Foi com imenso pesar e tristeza que soubemos que Carroll Shelby, alguém que não tivemos o prazer de conhecer pessoalmente, mas que parecia um velho amigo, faleceu nesta quinta-feira. Certamente muitos leitores estranharam o AE nada falar sobre esta perda para todos nós, mas eu me encontrava na Itália atendendo a um lançamento importante da BMW e entre viagens aéreas e o programa propriamente dito não vi a notícia. Mas vale o ditado "antes tarde do que nunca" e, por isso, mesmo passadas 48 horas do lamentável fato, o AE precisa e quer falar mais a respeito de Carroll Shelby, acima de tudo reverenciando-o.

Para escrever esse pequeno resumo da vida de Carroll Shelby usei várias fontes, uma delas a revista Automotive News Online em magnífico texto do grande jornalista de automobilismo Pete Lyons, que por acaso conheci nos grandes prêmios de Fórmula 1 no Rio e em São Paulo nos anos 1970 e 1980.

Carroll Hall Shelby era texano de Leesburg, uma pequena cidade no leste do estado da estrela solitária, filho de Warren Hall Shelby, um carteiro na zona rural, e de Eloise Lawrence Shelby. Com sete anos surgiu-lhe um problema de válvula no coração e passou grande parte de sua infância na cama. Aos 14 anos seu estado melhorou bastante e foi considerado curado.