google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Eduardo Polati com seu espetacular Motiva, réplica do Lotus Seven


Neste fim de semana 21 e 22 de janeiro haverá mais um Torneio de Regularidade organizado pelo Jan Balder, ex-piloto e ex-dono de equipe. O Bob e o Arnaldo estarão lá e será um bom momento para os autoentusiastas que participarem se divertirem muito na pista e bater papo com os dois.

Por pedido do Jan, o Bob levará cinco pilotos, escolhidos por sorteio, para duas voltas na pista, no sábado e no domingo, a bordo de um Audi bem rápido.

Todas as informações devem ser obtidas diretamente com o Jan Balder, em jbalder@ig.com.br e pelos telefones (11) 5182-1214 e (11) 9472-7672.



TORNEIO INTERLAGOS DE REGULARIDADE


DIA 21 (SÁBADO)

Duas provas reservadas aos veículos Clássicos (produzidos até 1987)

A 1ª prova será às 13h45 valendo também para a última etapa de 2011 e logo depois outra bateria (17h30) abrindo a temporada 2012.

DIA 22 (DOMINGO)

Duas provas reservadas aos veículos Modernos (produzidos após 1987)

A 1ª prova será às 13h45 valendo também para  a última etapa de 2011 e logo depois outra bateria (17h30) abrindo a  temporada 2012.

OBS- A 1ª ETAPA DE 2012, TANTO PARA OS VEÍCULOS CLÁSSICOS QUANTO PARA OS MODERNOS, TERÁ PESO 1,5 PARA EFEITO DOS PONTOS DO PARTICIPANTE DO TORNEIO.

Novas datas serão definidas oportunamente em função da disponibilidade do Autódromo de Interlagos, onde estão previstas obras de reforma para atender basicamente o GP do Brasil de F-1. Entretanto, surgiu esta semana a novidade de taxas de uso do autódromo fortemente majoradas pela Prefeitura (1.600 %) e teremos de aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Inclusive, a prova de 24 Horas marcada para o dia 28/1 foi adiada por esse motivo.

Todas as etapas terão a supervisão da Fasp (Federação de Automobilismo do Estado de São Paulo)

DOS PARTICIPANTES

Poderão se inscrever individualmente (somente piloto devidamente habilitado, CNH válida) e/ou com navegador (ambos obrigados ao uso de capacete e a atar o cinto de segurança).

Participantes individuais ou duplas largam juntos, porém com classificação separada.

Duração da prova: 45 minutos cada bateria

Largada – com carro de segurança (safety car)

Os veículos deverão estar em perfeitas condições de segurança. Serão vistoriados os itens: extintor, pneus (pelo menos meia-vida); cintos de segurança e luz de freio.

Veículos réplicas: será considerado o ano de fabricação do veiculo original
Não serão permitidos picapes e ou similares que tenham caçamba


DOS TEMPOS

Fica a critério de cada piloto a escolha do tempo de volta que deverá ser cumprido na prova.
Cada categoria poderá escolher uma das 3 opções que serão oferecidas na preleção (briefing) no dia da prova às 11h00.

Categoria Clássicos: serão válidas as 9 melhores voltas
Categoria Modernos: serão válidas as 10 melhores voltas.

Nota: Nos dois casos, as piores voltas serão descartadas

Obs: Em caso de piso molhado haverá acréscimo de 30 segundos na volta, decisão final que cabe à comissão desportiva.

Credenciamento e numeral: serão fornecidos na secretaria no dia da prova.

Entrada livre pelo Portão 7 na av. Teotônio Villela.





Começamos por este post uma série de citações de veículos que a partir deste ano de 2012 tornam-se elegíveis à tão cobiçada placa preta por terem feito 30 anos de idade. Com esse tempo de vida, carros estrangeiros podem ser importados para nosso país legalmente, o que sempre aumenta a gama disponível para os entusiastas e colecionadores.

A idéia destes posts veio do excelente blog Hemmings, que a cada ano relembra os carros que completaram 25 anos e nos Estados Unidos já são considerados colecionáveis. Pela nossa realidade tupiniquim, achamos que 30 anos era mais adequado, justamente pela placa preta e a importação.

Começamos por um guerreiro oriental, o Mitsubishi Starion Turbo, lançado em 1982 do Japão para o mundo. No começo dos anos 1980, os fabricantes japoneses estavam enlouquecidos com a febre dos GTs de pequeno porte e desempenho notável. Nesta época, o mundo conhecera o Mazda RX-7, o Toyota Supra e o Trueno, marcos do desempenho de baixo custo.


Nesse domingo terminou o Rali Dacar 2012, pelo quarto ano seguido realizado na América do Sul e sem passagem pelo Brasil. Mais uma vergonha nacional, e mais uma prova de que aquela propaganda de posto de gasolina, afirmando que brasileiro é apaixonado por automóvel, é mais uma das inúmeras mentiras dos “marketeiros”. Balela pura.

O Audi Coupé Quattro Raid mostrado aqui deveria ter sido mais desenvolvido para chegar a competir no Dacar, a mais exigente e longa competição fora de estrada, cuja simples participação é algo notório, chegar ao final é espetacular e vencer pode ser parcialmente explicado apenas por quem já conseguiu. Não é fato para passar em branco, nem para ser pouco festejado.


Muito já foi falado do Chevrolet Volt, que a GM chama apropriadamente de carro elétrico de autonomia estendida. Seu ponto forte é contar com geração de energia elétrica a bordo por meio de um motor de combustão que aciona um gerador e carrega a bateria caso ela fique sem carga no meio do caminho. Com o Volt, o temor de ficar no meio da estrada ou não poder dispor do carro depois do jantar porque a bateria está descarregada ou quase, não existe. Isso lhe confere uma superioridade ímpar sobre qualquer outro carro elétrico, que se vale apenas da bateria para funcionar. O Volt (nome melhor não poderia haver para um carro elétrico!) está claramente à frente de tudo o que existe em automóvel de propulsão elétrica.

Independentemente do motor a combustão, a bateria do Volt pode ser recarregada em qualquer tomada (do tipo específico para isso) de 110 ou 220 volts. Para os muitos que costumam rodar até 65 quilômetros por dia, o motor a combustão só precisará funcionar (automaticamente) em casos excepcionais.

Mas suas vendas ficaram aquém do esperado em seu primeiro ano no mercado – 6.500 ante a previsão de 10.000 em 2011 – pois contra ele há o (alto) preço de US$ 41.000 combinado com o receio de novidade (misoneísmo) que muitos têm.

Para complicar a carreira do Volt daqui para frente, houve dois ou três casos de incêndio vários dias após testes de impacto lateral em poste seguido de capotagem, efetuados pela NHTSA, o órgão de segurança rodoviária dos Estados Unidos. A causa ainda não foi determinada, gerando preocupação entre os proprietários. Os incêndios, o primeiro em junho, só chegaram ao conhecimento público em novembro. Mas até agora não houve fogo em acidentes no mundo real e a GM está investigando o que pode ter causado os incêndios.

Mas, tudo considerado, trata-se de um veículo excepcional e sua história, da concepção Até o lançamento em novembro de 2010, mereceu um capítulo inteiro no livro "Car Guys vs Bean Counters", escrito por Bob Lutz (ao lado), que foi quem que deu, em 2005, o ponta-pé para que a GM decidisse lançar seu carro elétrico e que dá o merecido crédito ao idealizador do Volt, o americano Jon Lauckner. Jon trabalhou vários anos na General Motors do Brasil em Planejamento, tendo ele e eu sido colegas nos meus anos de GM. Trabalhávamos no mesmo andar no prédio da administração central em São Caetano do Sul e estávamos sempre trocando idéias, como autoentusiastas que somos.

O suíço de Zurique Bob Lutz, naturalizado americano em 1943 e em vias de completar 80 anos, passou praticamente toda sua vida profissional em cargos de alta responsabilidade na Chrysler, Ford, BMW, Exide (baterias) e GM, de onde saiu no final de 2010 para se aposentar. O livro é um perfeito raio-X de como funcionava e funciona agora a General Motors. Desnecessário dizer, Bob Lutz é um autoentusiasta. Há vasta informação sobre ele na internet, como esta no Wikipedia

Quando o amigo Rex Parker esteve no Brasil para dar sua palestra no Salão Internacional de Carros Antigos, de 24 a 27 de novembro, trouxe-me um exemplar de presente. É uma leitura que vale a pena para todo autoentusiasta e o livro já pode ser encontrado na Livraria Cultura (www.livrariacultura.com.br).

Estou quase acabando de lê-lo, mas o capítulo 9 com a história do Volt é tão interessante e empolgante que me propus a traduzi-lo e publicá-lo aqui no AE. Tenho certeza de que o leitor ou leitora apreciará bastante.

BS



Capítulo 9 de “Car Guys vs Bean Counters: The Battle for the Soul of American Business”, Bob Lutz, (Portfolio Penguin, EUA, 2011), págs. 145 a 186


CHEVROLET VOLT

("Vou deixar que você explique isso para o Conselho")

A GM estava atrasada para a festa dos híbridos...Estava mesmo? Já em 1968 havia exibido um híbrido bateria/gasolina com baterias ácido-chumbo. A empresa tinha capacidade tecnológica. O que faltava era vontade.

Em várias ocasiões após minha chegada em 2001, a questão do carro híbrido foi levantada. Quando avaliamos os custos de engenharia e o capital necessário, calculamos o custo por veículo de um conjunto motriz a gasolina, mais o motor elétrico e as baterias estado-da-arte, e estimamos um preço de venda público e volumes de venda que fossem razoáveis, era um desastre financeiro. Não só seriam mais de 500 milhões de dólares desperdiçados num programa perdedor, como na realidade incorreríamos numa perda de dinheiro por veículo. Foi quando Rick Wagoner disse, “Quem que levar isso adiante para o conselho e explicar? Eu é que não vou!”

Não houve quem levasse.