google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
foto: g1.globo.com


post de Bob Sharp a respeito da indústria das multas, me recordou uma matéria de José Luiz Vieira, na Motor 3 de março de 1981, exatamente há 30 anos, que busquei na mais bagunçada biblioteca do mundo para recordar a lembrança turva que tinha.

Em um claríssimo texto sobre a história dos limites de velocidade, JLV mostrava o uso dos radares de microondas eletromagnéticas cada vez mais difundidos nos Estados Unidos, e terminava com informações sobre a incerteza do futuro desses aparelhos, baseado em fatos da engenharia dos automóveis.




Em desenho automobilístico, como em qualquer outro campo, o realmente original é raro. O que se vê com frequência é a reciclagem e mistura de variadas influências e detalhes, raramente nunca vistos em outro lugar. Quando realmente aparece algo original, muitas vezes a ideia é copiada, e depois progressivamente diluída en milhares de imitações de sucesso variado.

Um exemplo fácil atual é o vestígio do famoso, onipresente e enormemente influente “Bangle butt” (a traseira com porta-malas saliente criada por Chris Bangle para a BMW) que pode ser visto na traseira das versões sedã do Celta.

Outros exemplos clássicos de influência são a grade dianteira dos Chrysler Airflow dos anos 30, imensamente popular na Europa apesar do fracasso do carro nos EUA, e o Chevrolet Corvair (acima), lançado no final de 1959 como modelo 1960.

Já falei muito sobre o Corvair e seu criador aqui no AE, mas hoje falarei apenas sobre seu desenho e influência.

Já estou preparando um longo e ilustrado post sobre o Ferrari World,  em Abu Dhabi, que deve ir à rede amanhã. Mas enquanto não o termino, adianto apenas um aperitivo sobre uma das coisas que vi por lá.

No parque temático há um pequeno espaço para a Shell, um forte parceiro tecnológico da Ferrari, desde 1950,  para mostrar como são desenvolvidos o combustível e óleos utilizados pela Ferrari.

Foto: aerotetic.com

A foto mostra uma barra estabilizadora, peça que a maioria dos carros tem na suspensão dianteira e vários, na traseira. Ela é montada de tal maneira que une os dois lados da suspensão independente ou mesmo de um eixo rígido. Seu nome é impróprio, pois ela não estabiliza nada. O que ela faz, isto sim, é limitar a rolagem do veículo, que é o movimento lateral em torno do seu eixo longitudinal. Por isso seu nome mais conhecido em inglês é correto, anti-roll bar. Há outro em inglês bem conhecido, anti-sway bar, mas aí é meio estranho, barra anti-balanço, pois ela não faz nada disso.

A barra vista na foto acima é montada no veículo tipicamente dessa maneira:

Montagem típica da barra estabilizadora (desenho ww2.uol.com.br)

No desenho, a barra está aplicada a uma suspensão dianteira McPherson de conceito básico, em que não há braço transversal triangular ou em "L", mas um braço transversal simples. Era assim no Simca Chambord e no Fiat 147/Uno por exemplo. A própria barra é que se encarrega de posicionar a roda longitudinalmente. Esse conceito básico, contudo, como foi criado para carros de tração traseira, com tração dianteira é inservível, pois a barra resiste bem a ser puxada, como ao frear, não empurrada, no caso de rodas dianteiras motrizes.