google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Observem este filme de um navio de contêineres sendo descarregado.


É possível perceber o frenesi que é o processo de carga e descarga de navios contêiner. Tempo é dinheiro, e o uso de contêineres padronizados agilizam muito o processo de carga e descarga.

Mas há um detalhe nestas imagens que escapa ao senso comum da maioria das pessoas. É muito sutil o fato de que os contêineres são suspensos por cabos de aço flexíveis, e que, apesar disto, eles são movidos de um lado para o outro em alta velocidade, sem que oscilem como um pêndulo.

É evidente que a movimentação dos contêineres não pode gerar oscilações. São cargas pesadas, difíceis de conter a oscilação, e enquanto oscilam, não podem ser posicionadas com precisão no seu lugar de destino, presas por suas travas, quer seja no navio, quer seja sobre a carroceria dos caminhões.
Foto: Rony Sharp

Um Maserati fora de controle? Ou trata-se de uma derrapagem de potência, um power slide? Acertou quem escolheu a segunda possibilidade. Só que foi uma derrapagem provocada, destinada a saudar um pequeno grupo de adolescentes que haviam ido assistir uma corrida na Quinta da Boa Vista, no Rio de Jameiro. Eles estavam naquela curva, mas poderia ser qualquer outra do belo parque do tempo do Império.

Estavam todos maravilhados com aquele carro vermelho, um Maserati 300 S, mais ainda com a precisão e arte de quem o pilotava: El Chueco, "o manco" em espanhol, apelido da Juan Manuel Fangio. Que aquela altura acabara de se sagrar campeão mundial de Fórmula 1 pela quinta vez após uma épica corrida em Nürburgring, em que com seu Maserati 250 S derrotou os dois pilotos da Ferrari, Peter Collins e Mike Hawthorne, com seus Tipo 625.

Manco em razão de sequela de acidente numa prova da estrada na sua Argentina, modalidade com a qual iniciou sua fantástica carreira no automobilismo, que o levaria à Fórmula 1 quando já contava 39 anos.

Pois El Chueco, ao passar por aquele ponto e ver que os garotos lhe saudavam a cada volta, retribuiu o cumprimento da maneira mais apropriada para um pentacampeão mundial: dar potência na saída da curva para acenar com seu carro por meio de um inesquecível power slide.

Fangio se prepara para a largada
Desnecessário dizer que Fangio venceu a corrida com enorme facilidade e, principalmente, deu muita alegria aos corações dos jovens Rony Sharp, Billy Sharp, Tommy Locker, Emílio dos Santos e deste que vos escreve. Todos vivos e em condições razoáveis de saúde. O mais jovem, o Tommy, fez 67 anos em agosto e o mais velho, o primo Billy, 73, em setembro.

Um belo momento para cada um deles em algum ponto do último trimestre de 1957.

BS
Foto: www.thecarconnection.com
Chevrolet Volt
A notícia semana passada causou alvoroço no meio automobilístico americano e, graças à internet, mundial. O Chevrolet Volt, descrito pela fábrica como "um carro elétrico de autonomia estendida por motogerador a bordo", tem um modo de propulsão não revelado até então: a atuação direta do motor a combustão. A imprensa em geral caiu matando, dizendo que a General Motors mentira.




Todo mundo sabe que a Hyundai é hoje uma das mais impressionantes histórias de sucesso da indústria. A empresa, que há pouco mais de 20 anos apareceu para o mundo ocidental com alguns carrinhos baratos, mas de aparência questionável, hoje já é um incômodo para todos os líderes mundiais estabelecidos. Todo mundo a usa como exemplo de eficiência e visão empresarial, e alguns analistas saracoteantes capricham no gel do penteado e no terninho novo para destrinchar o exemplo coreano em palestras mundo afora, onde a história desse sucesso é invariavelmente chamada pelo nome bacana de "case study".

Para mim todo este oba-oba é uma grande bobagem. O sucesso e o declínio de grandes conglomerados automobilísticos podem ser facilmente explicados por um dado simples: sua idade.