google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

A primeira vez que li algo escrito por Karl Ludvigsen, tinha 10 anos e revirava a coleção de revistas Quatro Rodas de meu avô. Ludvigsen era figurinha constante na seção de notícias "Painel" da revista durante os anos 70, quando a revista ainda era uma leitura decente. Tempo bom que não volta mais...

Mas Ludvigsen começou a escrever bem antes; foi um dos fundadores da revista que hoje conhecemos como Car and Driver ainda nos anos 50, e foi editor da Motor Trend, bem como um dos autores originais da nossa querida Automobile Quarterly.

Além disso, Ludvigsen teve longa carreira na indústria automobilística, iniciando na General Motors em 1956 como engenheiro-projetista, onde terminou, durante os anos 60, como um executivo de relações com a imprensa, ligado especialmente ao departamento de Design. Teve postos na Fiat durante os anos 60, e foi vice-presidente da Ford Europa durante os anos 80.

Mas a verdadeira paixão dele, e seu legado, sempre foi a história do automóvel. Exímio pesquisador, acumulou uma biblioteca que hoje é referência para o estudo deste tema, sediada na Inglaterra. Gente como ele é rara e indispensável: sem sua diligente pesquisa, nunca saberíamos metade do que vocês leem diariamente aqui neste blog. Ludvigsen, junto com pessoas como Chris Nixon, Beverly Rae Kimes e Griffith Borgeson, são a fonte em que todos nós escribas bebemos. A fonte de todo SABER.

Para minha sorte, os temas preferidos de Ludvigsen são também os meus preferidos: Porsche, Mercedes-Benz, Corvettes e Corvairs. Desta forma, minha estante está recheada de obras deste meu ídolo: da história completa da Porsche ( Porsche: Excellence was expected), até a excelente compilação de 100 anos de competição da Mercedes, sem contar clássicos como a história do nascimento da VW, "Battle for the Beetle". Seus livros de fotos inéditas de sua biblioteca, o "Ludvigsen Library series" são leves mas interessantíssimos.

Quando se debruça sobre um tema, vocês podem ter certeza que ele será esgotado. Não há uma pedra sequer que Ludvigsen não levante para olhar embaixo, e seu detalhismo é, por falta de uma palavra melhor, impressionante. As vezes a gente cansa um pouco ao enfrentar 5 páginas sobre os diagramas de aberturas de válvulas de um obscuro Porsche de competição dos anos 60, mas na maioria das vezes ele é simplesmente genial. Nos coloca em um imenso escritório cheio de enormes pranchetas onde se projeta o Porsche 917 freneticamente nos últimos dias de 1968; nos põe a conversar com Ed Cole sobre os segredos e sutilezas de seu Corvair; nos coloca nos sapatos de Ferdinand Porsche enquanto ele cria os Mercedes de competição dos anos 20.

Nascido em Kalamazoo, no estado americano de Michigan, a 24 de abril de 1934, Karl Ludvigsen comemora hoje 75 anos de idade. Ainda em plena atividade em sua casa na Inglaterra, lançou recentemente uma obra magnífica sobre o Professor Ferdinand Porsche e os carros que criou antes de seu filho Ferry colocar seu nome em carros e o tornar 10 vezes mais famoso do que já era, "Genesis of a Genius". Que assim permaneça; o nosso mundo é melhor com ele exatamente assim.

Parabéns, Karl, e que os Deuses do automóvel o tenham sempre em bom lugar!

MAO

Nota: para uma amostra da obra de Ludvigsen, visitem a sua página no site de sua editora:

http://www.karlludvigsen.com/

Dia cheio e cansativo. Porém não quis deixar de colocar um post no ar. Esse é apenas para descontrair.


Explicação oficial sobre a origem ds nomes dos modelos da VW comercializados no Brasil.

FUSCA - O "V" em alemão tem som de "F", daí a sonorização "Folks". O povo brasileiro, pela simpatia que tinha pelo Volkswagen, carinhosamente rebatizou o veículo para Volks e posteriormente para Fusca, que foi adotado oficialmente pela Volkswagen, a partir de 1983.

BRASÍLIA - Foi adotado em homenagem à Capital Federal, que era símbolo de modernidade e beleza, coerente com o modelo na época.

VARIANT - Variação do aproveitamento e uso do espaço, tanto para carga como passageiro. Na Alemanha o termo é utilizado para designar peruas em geral.

GOL - Nome que encerra aspectos positivos como acertar, ser vitorioso, marcar pontos, rumo, direção, etc; além de ser uma palavra forte, vibrante e explosiva. Também pode ser entendido como meta a ser atingida - no caso do modelo Gol, ser líder de mercado, o que já ocorre há 21 anos consecutivos (desde 1987).

VOYAGE - Palavra francesa que significa viagem e traz conotação de charme, beleza, como o modelo em questão.

PARATI - Aproveitamento de uma palavra tipicamente brasileira que identifica uma cidade histórica do país, localizada no Estado do Rio de Janeiro, adequado a um veículo do tipo perua para passeios/turismo.

SAVEIRO - Embarcação de um ou dois mastros usada para transporte de passageiros para pesca e lazer, percebida pelo público como ideal para cargas e lazer/passeio jovem.

PASSAT - Vento alísio (persistente) que cruza a Europa, de leste para oeste. Traz, adicionalmente, o sentido de rapidez e velocidade, motivando o uso deste nome.

SANTANA - Um vento forte, quente e seco, que sopra nas montanhas Santa Ana, no sudoeste da Califórnia, proveniente do litoral. Significa, para o seu público alvo, um produto "top" de linha, moderno, luxuoso e confortável, como o carro.

QUANTUM - Palavra latina, empregada para definir volumes, uma determinada medida, quantidade indivisível da matéria, em Física, associada à tecnologia de ponta, como esta "station" sugeria ao público pesquisado antes do seu lançamento.

POINTER - Cão de caça de pelagem macia, branca com manchas negras ou castanhas, orelhas grandes, longas e pendentes, cauda longa e afilada, focinho largo, que é dotado de faro agudo e especialmente velocidade na corrida. Caso do veículo batizado com este nome.

LOGUS - Palavra de origem grega que significa centro de equilíbrio, a harmonia e o rítmo que regem o universo, adequada ao estilo bonito e equilibrado do carro VW que possui este nome.

KOMBI - Do alemão Kombinationsfahrzeug. Semelhante a Variant, quer dizer veículo combinado ou combinação do espaço para carga e passeio.

GOLF - Nome alusivo ao esporte, como o carro, que sugere não somente a esportividade, mas também o requinte desse esporte.

BORA - Vento que sopra no Mar Adriático, na Dalmácia.

APOLLO - Deus grego, o mais belo e forte dos deuses. Nave espacial norte-americana que aterrisou na Lua, relacionando esportividade e tecnologia como o próprio carro.

TOUAREG - O nome incorpora as características de resistência e versatilidade do povo nômade do deserto, que define o seu nome.

FOX - Raposa em inglês, incorpora as características de velocidade, agilidade, compacto e lembra beleza.

CROSSFOX - Um veículo Fox com os caracteres de um veículo off-road ou cross.

Só ficou faltando o Jetta. Se alguém souber por favor nos conte.


É incrível mas é verdade: o site da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo, tem uma página onde quem quiser pode denunciar veículos a diesel que emitam fumança preta. Mas só fumaça preta (fuligem) de motores Diesel, qualquer outra fumaça entra para o famoso "Não é conosco".

Isso significa só uma coisa: em vez de criar programa de fiscalização nas ruas e avenidas, com agentes fiscais olhando os escapamentos dos veículos a diesel e tomando as medidas administrativas cabíveis, a Cetesb partiu para o cômodo (mas condenável) esquema da delação, como se a autarquia não soubesse por onde trafegam os veículos que emitem fumaça preta.

Fiscal utiliza escala Ringelmann para avaliar intensidade da fumaça
Pior que isso, parece que não vale nada o dispostivo do Código de Trânsito Brasileiro, Art. 231 Inciso III, Transitar com o veículo: (...) Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran. Ou seja, o que deveria ser fiscalizado pelos agentes de trânsito (foto acima) fica a cargo de uma autarquia de meio ambiente, que cruza os braços e fica contando com a "colaboração" de delatores.

Será que ninguém enxerga essa aberração?

BS