google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Sabem o que é isso? É o calculador para escolha de combustível, entre gasolina e álcool, uma criação do André Dantas, autor de grandes posts neste blog, e minha. Chama-se FlexCalc e serve para o motorista de carro flex escolher, na hora de reabastecer, o combustível que proporciona o menor custo para rodar.

Isso porque existem duas variáveis nesse caso, a saber, os preços diferentes dos dois combustíveis e a diferença de consumo com um e com outro devido aos seus respectivos poderes caloríficos. Essa diferença, chamada de autonomia relativa, é de 70% em termos médios, razão de a seta vermelha estar sob o número 70.

Mas se o carro apresentar autonomia relativa diferente da média, por exemplo, 65%, é só usar este porcentual em vez de 70%.

Aproveitando a praticidade do FlexCalc, a Volkswagen iniciou uma campanha que consiste em enviar aos seus clientes, por mala direta, um folheto intitulado "O bom desempenho do seu Volkswagen começa neste guia" (abaixo) contendo dicas de como dirigir economicamente, com um calculador FlexCalc junto. Claro, com a devida autorização dos inventores.

A autorização concedida incluiu liberdade para algumas modificações nas cores-padrão do FlexCalc e, naturalmente, a inclusão do logo VW.

Trata-se de um louvável iniciativa da Volkswagen, que além de propiciar aos seus consumidores informações sobre como aproveitar cada gota de combustível e com isso ajudar na contenção das emissões de CO2, oferece uma maneira prática de escolher o combustível que seja mais vantajoso em termos de custo para rodar.

O FlexCalc, em configuração genérica (sem conexão com a marca VW) pode ser adquirido na Empório Divino, Al. dos Nhambiquaras, 904, Moema, em São Paulo, por R$ 6,00. Vendas também mediante depósito em conta-corrente e envio por correio, despesa postal de R$ 3,25.



Pode também ser encomendado por empresas para ser oferecido como brinde corporativo, com a logomarca impressa no centro do disco móvel. De acordo com o volume pedido, o preço cai consideravelmente. Mais informações, inclusive para venda por correio, pelo e-mail flexcalc@emporiodivino.com.br.

BS
(Atualizado pelo autor em 10/04 às 13h45)

Confesso que acho que esse post deve ser meio repetitivo, ainda mais eu acreditando que todos os nossos leitores já assistiram o filme "24 Horas de Le Mans".

Mas como hoje recebi uma dica, achei que vale a pena dividir com vocês.

A Siciliano está vendendo esse clássico, que deve fazer parte da coleção de DVDs de todos autoentusiastas, por apenas R$ 12,90. Quem ainda não tem pode comprar AQUI.


Aproveito para lembrar que uma das estrelas principais do filme não é o McQueen, mas o Porsche 917, completou em março último 40 anos de vida. Talvez o Porsche 917 tenha sido um dos carros mais velozes e potentes de todos os tempos.

E já que comecei a falar de filmes, outro dia eu assisti "CAN-AM The Speed Odissey", comprado na Amazon por salgados 30 dólares, em que o 917 também é uma das estrelas principais, ao lado de Mclarens, Lolas e Chaparrals.

Esse filme, documentário, trás um apanhado dos nove anos do lendário campeonato com corridas no Canadá e Estados Unidos na cateroria conhecida como Grupo 7 da FIA. Essa categoria quase não tinha restrições no regulamento. Com isso, era possível a utilização de motores de qualquer tamanho que chegavam a ultrapassar 1.000 cv de potência, no caso do Porsche 917.

O Grupo 7 era um verdadeiro laboratório que promoveu o desenvolvimento de muitas tecnologias e aprimoramentos relacionados ao uso de novos materiais e à aerodinâmica visando manter os carros cada vez mais potentes, mais leves e literalmente grudados na pista.

Bruce McLaren e sua equipe dominaram o campeonato até sua morte em 1970. O 917 com motor 12 cilindros contrapostos venceu em 1972 e 1973 com uma versão de 1.200 cv. Em 1974 as regras foram alteradas com a inclusão de limites para consumo de combustível (devido à crise do petróleo iniciada em 73) e assim acabando com o domínio da Porsche.

Veja o trailer: CAN-AM The Speed Odissey

E já que me empolguei, para aqueles que tem paciência para baixar filmes pelos torrents, já é possível encontrar o filme "Truth in 24", documentário sobre a participação da Audi na edição da prova de 2008. Eu, que ganhei uma cópia em DVD de um grande amigo, já assisti e recomendo.

Abaixo temos a foto de divulgação do interior do Nissan 370Z Nismo. Clique nela para aumentar o tamanho e ache os dois erros.

Nos meus 20 anos de experiência no meio antigomobilista só posso dizer que acreditei realmente em duas verdades constantes: que automóveis gostam de estradas e que ninguém é realmente dono de um automóvel, sendo apenas seu portador durante algum período. Como todas boas regras, há exceções, automóveis notavelmente desconfortáveis numa estrada e automóveis que são nossos e ninguém realmente pode dizer o contrário.

No último final de semana a família Egan viajou a Curitiba para o casamento do filho de um amigo e para entregar a esse amigo um carro. A viagem não parecia fácil, pois o carro certamente não estaria confortável naquela situação de 400 km de estradas ora boas, ora ruins, que separam São Paulo de Curitiba. O carro? Um Jeep Willys 1964.
Sim, um inadequado Jeep, com seu inadequado Willys BF 161 F-head, com sua inadequada transmissão reduzida, suas inadequadas suspensões rígidas, seus inadequados pneus lameiros e tudo o mais que acompanha o projeto de um Jeep.
A viagem começou cedo, 6h30 da manhã de sábado, num ritmo confortável para as marginais de 60-70 km/h. Ao chegar à estrada, mesmo com a condição impecável do automóvel, não havia muito conforto em viajar muito mais rápido do que isso. O F-head ruge alto demais e há alguma preocupação em se manter regimes elevados em motores de projetos antigos e com muitos anos de bons serviços prestados.
Porém, ao longo da viagem, os inevitáveis revezamentos ao volante entre o carro-madrinha (um reles e desconfortável Corolla) e o Jeep acabaram por realçar grandes características e até um companheirismo impensável do bravo jeepinho. O motor passou a inspirar confiança para manter 80 km/h constantes, com esticadas até 90 km/h; força o suficiente para acelerar em subidas para realizar ultrapassagens; a folga da direção (de projeto - se vocês, leitores, vissem o carrinho, entenderiam o que digo - ele é 0-km, impecável, spotless, perfeito) já não depunha mais contra o carro e ajudava a tornar a condução menos nervosa e cansativa; as suspensões, aliadas aos pneus lameiros, mostraram inacreditável estabilidade para o conjunto, permitindo a tomada até que veloz das várias curvas próximas à divisa de estado.
Digo aqui, sem medo de reprovação, que me diverti, e muito, dirigindo o Jeep numa serra, mantendo velocidades incondizentes e indecentes para o longínquo ano de 1964, quando ele foi fabricado. É parte do prazer indescritível de dirigir um automóvel, qualquer que seja, em perfeitas condições mecânicas. Sem ruídos estranhos, folgas em buchas, sem nada que possa estragar o prazer de dirigir, a não ser o próprio projeto. As suspensões trabalhando suave e indequadamente, os pneus aceitando quase que sem reclamar dos excessos pedidos a eles, o motor se deixando levar pela empolgação, e tudo o mais. Indescritível, e necessário na vida de qualquer entusiasta por automóveis que se preze.
Meninos, ponham em suas wish lists fazer uma viagem dirigindo um veículo, por pior que seja, em suas perfeitas condições mecânicas.

Outra coisa para suas wish lists: viagens de despedida. Sim, essa viagem foi a última do Jeep, pelo menos durante sua estada em nossa posse. Acredito que alguns carros (aqueles que nos tocam de algum jeito, e provavelmente são tocados por nossas atitudes com relação a eles) sabem quando estão para serem vendidos, ou entregues; e nesses momentos se comportam de forma ainda mais surpreendente do que possível. Dirigir pela última vez algo tão "zero", novo, e impecável, em uma bela estrada, levando-o para sua nova morada, é algo realmente especial.

Viagens de despedida devem SEMPRE ser feitas. Quando nosso amigo PH vendeu seu Opala, fui junto na viagem de despedida, quando tirei a foto dele no mesmo local em que a foto de seu avô havia sido tirada 30 anos antes. Essas viagens coroam a estada do carro em nossa posse, tornando a sua memória ainda mais agradável.

Chegando em Curitiba, fomos direto à casa do amigo; amigo de longa data e que hoje tem em sua posse um carro que já esteve em nossas mãos. Um belo, raro, e incomum, por essas bandas, Plymouth Barracuda 1968, conversível. O colega de blog Alexandre Garcia, coisa de 4 ou 5 anos atrás cunhou um apelido para o Barracuda, que nunca abandonou nossas memórias: "Cudavéia", que deixou saudades entre nós, se pelo seu design clean, "fuselage look", classicamente Mopar do final dos anos 60, ou por sua suave combinação do silk-smooth slant 6 e sua transmissão Torque-Flite. Fato é que, ao chegar lá na casa do amigo, me deparo com o velho e saudoso Mopar completamente transformado.


O "Cudavéia" quando estava nas mãos da família Egan
Com o perdão do termo deveras pesado, o amigo estuprou a Cudavéia (ou deveria ser o Cudavéia? Estupraram o Cudavéia!!!), removendo o slant 6 e colocando um reles e comum 318 de um Dart nacional; pintou o carro de branco e revestiu os bancos de vermelho; vendeu o velho slant 6 e transformou aquilo que era um belo e preservado original em algo que qualquer um poderia ter feito ou pago alguém para fazer. Bom? Talvez sim. Mas longe daquilo que o carro um dia foi. Fiquei triste pelo velho companheiro de viagens memoráveis e pensei que nem cheguei a fazer uma viagem de despedida nele.

Ah, se arrependimento matasse...