google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Hoje praticamente não pensamos no motor de partida. Mas não foi sempre assim.

Em 1912, quando a Cadillac lançou o primeiro carro sem aquela manivela deslocadora de braços, os consumidores mais endinheirados devem ter ficado muito felizes. Dependendo da posição em que o motor parava, a alavanca dava um forte coice, devido à compressão no cilindro.

Não sei quando a manivela foi banida de vez. Mas demorou muito até que o motor de partida se tornasse um equipamento de série até nos carros de entrada. O último carro a manivela que me lembro ter visto foi um Ford T 1926, 14 anos mais antigo que o Cadillac sem o item. Na hora de virar a manivela o dono me mostrou a melhor posição para evitar que um possível coice deslocasse o seu braço.


Após lançar a linha 2010 do Palio no início de janeiro de 2009 (!) a Fiat acaba de anunciar o lançamento da linha 2010 do Siena e Idea com considerável redução de preços, entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00, dependendo do modelo/versão.

Achei esse movimento um pouco estranho, principalmente a redução de preços. Discuti o assunto com alguns AUTOentusiastas e observamos que a Fiat, líder de vendas desde 2002, está perdendo participação de mercado em 2009.

No acumulado do ano (janeiro e fevereiro) a Volkswagen assumiu a liderança e está com 25,57% de participação de mercado contra 23,61% da Fiat.

O Gol segue como consagrado líder de mercado com 38.949 unidades emplacadas em 2009, enquanto o Palio segue em segundo com 23.520 unidades emplacadas, com uma diferença de 15.429 unidades.

No mesmo período de 2008 o Gol emplacou 40.948 unidades contra 32.964 do Palio, com um diferença bem menor, de 7.984 veículos.

Como a Fiat é reconhecida pela agilidade nas ações e correções de curso, tanto o lançamento antecipado da linha 2010 quanto as reduções de preços são claras ações para recuperar a liderança roubada da própria Volkswagen em 2002.
Autor do post: Arnaldo Keller


Outro dia me mandaram um e-mail com fotos de um protótipo, o Mercedes F700. Só fotos, sem texto. Pra começar, ele não é só um Mercedes, ele é um baita Mercedes. É dos grandões; Mercedão de magnata, para os tubarões de Wall Street que escaparam de virar sardinha. Suas linhas onduladas, modernas, aerodinâmicas, diferentes, prenderam minha atenção, coisa que não costuma acontecer, já que não dou muita bola para esse tipo de carrão que é feito para o dono ir afundado no banco de trás falando no celular e com uma secretária séria e eficiente ao lado, tomando notas. Acho o lance tedioso. Prefiro ir dirigindo um esportivo com outra secretária mais alegrinha ao lado.



E aí reparei que o Mercedão tinha saias cobrindo as rodas traseiras. Eram saias de acrílico transparente, daí que pouco se nota sua presença. Ora, essas saias têm a função de melhorar a penetração aerodinâmica do carro, pois evitam a turbulência provocada pela caixa de roda. Esse era um opcional muito usado em carros esporte na década de 1950, como o Jaguar XK 120, porque lhe dava maior velocidade máxima. Mas será que foi pra isso que colocaram a saia no Mercedão? Certamente não, já que esses carros têm sua velocidade máxima limitada eletronicamente e abaixo do que sua potência permite. Isso já me encafifou.


Daí que em uma foto da traseira reparei que os pneus eram finos, com quase a metade da largura que um Mercedão desses costuma ter. E aí não tive mais dúvidas. O objetivo é mesmo a economia de combustível. Pneus mais finos provocam menos atrito com o solo, portanto, menos energia gasta para o deslocamento.

Daí, googlei e vi que era realmente um carro econômico e "ecológico". Motor Diesotto, que combina os ciclos Diesel e Otto para obter melhor aproveitamento do combustível. Só 4 cilindros, turbo, com 238 cv (pouco para um carrão que se espera ter um V12), mas que roda mais de 20 km/l de combustível.

Ora bolas! Quando é que um magnata desses, que pode comprar um carrão topo do topo, iria se preocupar com economia de combustível? Até há pouco, nunca, pois essa despesa lhe é totalmente irrelevante.

Daí, concluí que ter um carro gastão passou a ser ruim para a imagem de alguns, e para alguns a imagem é vital. Hoje, e no futuro mais ainda, pega mal pro sujeito parar num restaurante e as pessoas o verem descer de um carro cuja imagem é de poluidor, de estragador de ar, de lançador de CO2 e despejador de partículas danosas à atmosfera. A opinião pública está meio neurótica com isso. Não vou entrar no mérito se o carrão é o grande vilão, pois não vem ao caso, mas que a imagem é essa, é.

E se o magnata cinquentão ficar perdidamente apaixonado por uma gatinha que anda de Prius e contribui com o Greenpeace? Como é que ele vai baixar na casa dela com um carrão cuja imagem é de “Não estou nem aí com essa lorota de aquecimento global! Sou tão poderoso que quando dou baforadas de fumaça de charuto numa sala fechada ninguém chia!”

E se ele for um estadista e tiver que chegar a uma reunião pra discutir providências para evitar o aquecimento da atmosfera etc. e tal? Seria o mesmo que a Princesa Isabel descer de Petrópolis para assinar a revogação da escravatura tendo sua carruagem puxada por escravos com o lombo lanhado de açoite.Sacou?

E por aí afora. Quem depende da imagem está se preocupando com esse aspecto. Agora e daqui pra frente mais, a imagem bacana, a que dá status, a que traz mais proveito, é outra; é a do sujeito ecologicamente consciente e limpinho.

Acho isso muito bonitinho. Uma linda imagem que vai pegar muita gente.

E como a minha imagem é a do viralatas que passa fome e anda alegre, esse negócio todo não é problema meu. Mas que estou observando, estou.


Depois de vinte anos, a Aston Martin volta a disputar a principal categoria de Endurance mundial, a LMP1 da Le Mans Series.

Dois carros oficiais da fábrica representarão a Aston Martin, que deixou de competir oficialmente na categoria GT1 com os já consagrados DBR9, em busca da vitória geral nas 24 Horas de Le Mans.

Também completam-se cinquenta anos desde a última vitória na geral da Aston Martin em Le Mans, com o belo modelo DBR1 nas mãos de Roy Salvadori e Carroll Shelby. A última tentativa foi com o modelo AMR1 V-8 de 1989, mas sem o mesmo sucesso.

Diferentemente dos modelos do passado, o novo LMP1 não é um projeto totalmente feito pela Aston, pois o chassi é projeto Lola, equipado com o mesmo V-12 de 6-litros do DBR9, mas com potência e torque revistos para ser competitivo frente aos atuais campeões com motores diesel. Ambos os carros competirão com as famosas cores azul e laranja da Gulf.

A briga este ano promete ser boa entre Audi, Peugeot, Aston Martin e os Pescarolo, veremos quem vai levar a melhor.


Aston Martin AMR1

Aston Martin DBR1