google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)




O Salão de Genebra teve, entre outras maravilhas, a apresentação de uma nova versão do Lamborghini Murciélago, um dos meus mais preferidos carros de todos os tempos. Batizado de 670-4 SuperVeloce, tem mais potência, mais torque, mais dramatismo.


Discutir desenho, estilo, design, é muito complicado. O lindo para uns é horrível, cafona, brega para outros. Como tenho gostos extremamente variados, costumo ser confundido com um desequilibrado, pois ninguém entende como posso gostar de jipes, no sentido genérico desse tipo de veículo fora-de-estrada, e ao mesmo tempo ficar horas e mais horas apreciando esportivos. Ou admirar o design de um caminhão moderno e também elogiar as motos Ducati, por exemplo.


Esse Murciélago é o tipo de carro que me empolga. Para piorar a situação de minha cabeça, a cor do exemplar das fotos é amarela, as tomadas de ar dianteiras são mais pronunciadas, parecendo que vão engolir o asfalto, as rodas são pretas, coisa que gosto cada vez mais, os raios são delgados, deixando aparentes os freios, o aerofólio traseiro é uma obra de arte e há vários componentes na cor preta, ao contrário do lugar-comum de se pintar tudo na cor da carroceria, um tremendo problema para as fábricas, que precisam ter uma porção de peças para cada cor de carro, e uma bobagem mercadológica, já que até carro dito popular tem pára-choques pintados.


Resumindo, muitas coisas que eu gosto condensadas em um único carro.


Por que esses designers fazem isso comigo?

JJ

Poucos se lembram que na infância do carro a álcool, em 1977, era preciso uma autorização para reabastecer com o então novo combustível. Ela consistia do selo acima, que era aplicado no vidro do vigia e era fornecido pelo Conselho Nacional do Petróleo, daí as iniciais CNP. O órgão não existe mais, havendo em seu lugar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, cuja sigla é ANP.

A ANP é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia e foi criada em 14 de janeiro de 1998 por meio do Decreto n° 2.455. É responsável pela execução da política nacional para o setor energético do petróleo, gás natural e biocombustíveis, de acordo com a Lei do Petróleo (Lei no 9.478/1997).

Vale lembrar que na época o carro a álcool ainda não havia chegado -- só surgiria dois anos mais tarde -- e quem resolvesse utilizar o álcool-combustível precisava antes mandar converter o motor numa oficina credenciada, geralmente uma retífica de motores, que era quem aplicava o selo no veículo depois de pronto.

Os resultados dessa conversões não eram nada animadores e ajudaram a estigmatizar o carro a álcool.
BS



Um dos carros-conceito mais bonitos de todos os tempos é o Alfa Carabo, de 1968.

Criação de Marcello Gandini, do Studio Bertone, foi o primeiro carro a incorporar as portas com abertura do tipo tesoura, que seriam vistas em produção apenas em 1973, no Lamborghini Countach, também desenhado por esse mestre. Gandini estava realmente com a inspiração em alta quando realizou essa obra-prima. Notem o formato do emblema com o nome Carabo, refletindo a forma do carro e a abertura das portas. O formato externo, com capô e para-brisa quase no mesmo ângulo, foi usado também no Countach, com leve modificação.

O motor é um V-8 de 2 litros com 4 válvulas por cilindro, debitando 230 cv a 8.800 rpm e torque máximo de 18,6 mkgf a 7.000 rpm, que permitia aceleração da imobilidade aos 100 km/h em 6,5 segundos e velocidade máxima de 250 km/h.

Uma característica marcante é a altura de apenas 990 mm, bem como uma massa reduzidíssima de apenas 1.000 kg.

Reza a história que o nome do carro foi inspirado pela abertura das portas, que lembra as asas de um besouro europeu chamado carabo. A pintura escolhida lembra bastante esse inseto.

O único exemplar desse conceito se encontra no museu da fábrica.
JJ

Acho que quase todos os motores modernos de alta performance usam bielas fraturadas. Todo mundo fala mas nem todos sabem o que é e quais as vantagens. Vamos a uma breve explicação.

As bielas comuns são forjadas em duas partes. Então as superfícies de contato da biela e da capa são usinadas e recebem dois pinos localizadores para garantir a montagem perfeita.

As fraturadas são forjadas numa peça única e depois são fraturadas separando-se a biela da capa. Com isso cria-se uma superfície de encaixe perfeito entre biela e capa correspondente eliminando-se a necessidade dos pinos e diminuindo sua massa.

Na ilustração abaixo, da Honda, além de fraturada, a biela da direita usa uma liga mais resistente que proporciona maior resistência à fadiga com uma seção mais estreita e considerável redução de massa. No exemplo, a resistência à fadiga aumenta em 50% e a redução de massa é de 13% devido à seção menor e à eliminação dos pinos. Assim se reduz a massa em rotação e se ocupa um espaço menorm contribuindo para que o motor seja mais eficiente e compacto.


Dados referentes ao motor 1.8 do Honda Civic