google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Mais uma vez, lembrando de O Radiador:



Nosso intrépido ogro do cerrado, sem mais ideia de onde colocar motores de 8 cilindros, parte para a apelação e resolve instalar um segundo motor no porta-malas. Na foto, o baixinho do cerrado é o facínora à esquerda, o homem ao volante ninguém menos que nosso impaciente piloto de plantão, Arnaldo Keller (em época de vacas e pilotos gordos), e o homem à direita, contemplando o polimento no contato das velas de ignição do motor traseiro e pensando que o material escolhido para o isolamento dos cabos de vela é o menos indicado, já que torna o sistema de ignição propenso a alguma teoria maluca, é nosso prolixo André em dias mais em forma.
Tem muita gente que pensa que é purismo ou implicância minha criticar quem fala ou escreve 'montadora' para descrever fábrica (de automóveis). Não é.

A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa, a um povo, é não conseguir verbalizar corretamente os pensamentos. Isso vai produzindo um estado de confusão tal que torna a vida mais difícil.

Dia desses deu na televisão que uma árvore havia despencado num bairro de São Paulo. Como assim, despencou? -- pensei. Teria se soltado de algum lugar? Nada disso, caiu, tombou sobre um veiculo ao não resistir a força do vento.

Tem outra: inventou-se no Brasil, não faz muito tempo, uma condição meteorológica, o tempo "abafado". Invariavelmente, nessa época do ano, as "moças do tempo" nos dão essa preciosa informação. O que será que isso significa? Pouco quente, quente, muito quente, quentíssimo? Fica para imaginação de cada um.

Ou quando uma jornalista da CBN ou Eldorado descreveu o dirigível da Goodyear como "uma espécie de avião com um balão em cima".

Nesses três exemplos a informação veio distorcida, e isso faz mal, leva a pessoa a imaginar algo que não corresponde à realidade. Como dizer que "caiu um avião", pois aviões não caem, se acidentam.

Mesma coisa resgate, a troca de uma pessoa ou um título financeiro por dinheiro. Agora virou salvamento, "equipe de resgate", em vez de 'salvamento', rescue em inglês. O outro resgate, o verdadeiro, no caso de libertar pessoas, é ransom na língua de Shakespeare.

Nos aviões da Força Aérea vai escrito no ponto onde se abre a capota ou uma porta, com uma seta indicativa: Salvamento. Nesta Força existe o SAR, Serviço de Busca e Salvamento (Search and Rescue). Não é busca e resgate.

No Rio costumo ver alguns carros do corpo de bombeiros com a palavra salvamento em vez de resgate.

Por isso a minha cruzada contra 'montadora': as pessoas precisam entender que se trata de fábricas de automóveis, com toda a sua complexidade.

Aos poucos vou conseguindo. As revistas Carro e AutoData já abandonaram o impróprio termo, bem como o site Carro Online. Mas falta muito mais.
BS
(Ampliado pelo autor em 21/02/09)
Grifos são criaturas com corpo de leão e asas e cabeça de águia. Considerando-se o leão o maior predador da terra e a águia o maior do ar, a gente consegue entender como ele foi criado: para ser o mais temível dos animais. Mais terrível até que a popular cobra com asas.

Mas eu acho que o famoso Iso homônimo, considerando a literatura mítica apenas, e não a sonoridade do nome em si, devia ter outro nome.

Quando se cruzava um grifo com uma égua (isso é que eu chamo de sexo selvagem. O nosso amigo Arnaldo Keller já vai ficar com dó da égua...), o resultado, diz a lenda, era um animal metade águia, metade cavalo, conhecido como hipogrifo.

Dizem que o hipogrifo é ótima montaria, e o mais rápido no céu e na terra. Como não compará-lo ao famoso e belíssimo Iso?

Sempre fui doente por esse híbrido italiano e por isso resolvi colocar algumas fotos aqui, algumas delas que ajudaram a piorar esse meu estado, vários anos atrás.

Começo por uma do poderoso “7 litri”, que ficou famoso por atingir 300 km/h em uma autostrada italiana. Um casal enamorado, numa campina verdejante, ao amanhecer. Uma sutil sugestão do que acontecera na noite passada...

Dois esboços da casa Bertone mostram como seria o então futuro mítico animal alado da cidade de Bresso:
As suspensões do Grifo, dianteira de duplo "A" sobreposto e traseira com ponte De Dion e freios inboard:
E finalmente, a foto que mais me perturba, até hoje:

Aqui o convite e a conotação não é nada sutil. Um Iso Grifo, uma bella donna e um Marlboro aceso. Até hoje, desperta meus desejos mais íntimos...

MAO

Esta lista é para meu amigo Alexandre Garcia, engine swapper emérito e o sumo sacerdote das trocas de motor.

1) Chevette AP turbo do Eber

O motor VW AP parece que nasceu para o Chevette. Extremamente fácil: basta um espaçador de 1 polegada de espessura, e dois coxins híbridos, basicamente. O AP gira e tem potência e torque em rotações parecidas às motor original do carro, e portanto todaa transmissão original funciona muito bem obrigado. É mais leve e mais potente e até o escapamento desce pelo lado certo. Um Chevette com um 2.0 a álcool de Santana é extremamente apaixonante e barato.

Mas tem gente que quer mais. O Eber (www.eberturbo.com.br), que costumo chamar de "O Chevetteiro maluco de Pirassununga", cansou de perder transmissões em seu Chevette tubarão vermelho, equipado com seus APs turbinados de mais de 400 cv, resolveu radicalizar. Colocou uma tranmissão de Omega e montou o AP "em pé", sem sua tradicional inclinação. Enorme cirurgia necessária no túnel do carrinho. Vejam abaixo porque isto é uma insanidade divertidíssima: o câmbio é maior que o bloco do AP...