google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Normalmente gosto de uma mesa de trabalho limpa e vazia.
Há algo de reconfortante, que dá sensação de higiene mental, numa mesa de trabalho onde só se vê um computador, o telefone e um bloco de anotações com uma caneta em cima. Dá paz de espírito e uma sensação de leveza que considero fundamental para trabalhar. E hoje em dia, onde a maioria das informações utilizadas para qualquer trabalho está nos computadores, nada mais fácil.

Este ano comecei a fazer a mesma arrumação em minha biblioteca; estou prestes a finalmente catalogar tudo, e está tudo bem organizadinho em dois enormes armários, ao lado da lareira. Very Cool stuff, me alegra sobremaneira ver que finalmente tenho lugar apropriado, e que tudo está limpinho e em lugar conhecido.

Uma coisa diferente aconteceu durante esta faxina. Depois de 30 anos acumulando, senti a necessidade de simplificar a vida (como sempre apregoa o JJ), e me livrar de coisas menos interessantes. Fiz a felicidade do JJ e do Egan, que com prazer me ajudaram a arrumar destino para todo meu lixo. Como dizem os americanos, "one man's garbage is another man's treasure".

No meio da arrumação, descobri dois pôsteres, ambos antigos brindes da excelente revista Classic & Sportscar, que agora adornam as paredes da minha baia. Essas paredes antes eram totalmente vazias, clean, mas tive que compensar um pouco, pois ninguém deve viver sem um pouquinho de caos visual, sob pena de se tornar um chato de galochas.

Para quem não conhece a revista, recomendo assiná-la imediatamente. É cara, mas vale cada centavo. Tenho mais edições dela guardadas do que um homem adulto e pai de família devia, confessar ter...Mas voltando ao assunto em questão, os dois pôsteres são absolutamente hipnotizantes, me pego parado catatônico ao olhá-los regularmente. Um deles é do concurso "Car of the Century", que mostra pequenas fotos dos 100 concorrentes. O outro, lista 40 supercarros, do Ford GT40 de 1964 até o Pagani Zonda de 1999. Abaixo das fotos dos supercarros, breves dados de performance, preço, configuração e, mais importante, quantidade de carros fabricados.

Estou agora olhando para a caixinha de um carro sobre o qual já falei aqui: O último Aston Martin verdadeiro, o magnífico V8 Vantage, corrente de 1977 a 1989. Lembram-se o que falei sobre a personalidade da Aston estar intimamente ligada ao carinho com o qual cada carro era produzido? Que a qualidade é o que determinava a quantidade de carros a venda? Pois bem, para quem tem dificuldade de acreditar nisso, basta uma olhadela no pôster em questão: de 1977 a 1989, apenas 310 V8 Vantages saíram daquela fabriqueta inglesa que não existe mais. Para se ter uma idéia de quão pouco é isso, basta saber que o A-M é mais raro que o Cobra 427 (316 carros em 3 anos). Mais raro que Iso Grifo (414 em 9 anos). Um F40 é 4 vezes mais comum, com 1.315 veículos produzidos. A lista é imensa, mas acho que deu para entender meu ponto...

E para quem acha que é impossível sobreviver vendendo tão pouco, que a morte daquele Aston Martin era inevitável, ofereço pelo menos um exemplo de que tal coisa não é impossível:

http://www.morgan-motor.co.uk/

Empresa familiar, completando 100 anos em 2009, que nunca pensou em crescer, diversificar e outras coisas "indispensáveis" numa instituição capitalista moderna.
E que manteve o bem-estar de três gerações da família Morgan, com uma lista de espera para um novo carro que nunca é menor que três anos.

MAO

Não, não errei o nome da revista. Foi apenas para dramatizar uma questão de que me dei conta ontem, assim, do nada. Há muitas décadas que escrevo (e leio) 'pinhão e cremalheira' para descrever esse tipo de caixa direção muito utilizada hoje, bem como 'setor e sem-fim' para as mais antigas. Ainda, 'pinhão e coroa', no caso das engrenagens de eixo motriz.

Os nomes desse três itens, em inglês, são, na ordem, rack and pinion, worm and sector e crown wheel and pinion. Em português, portanto, só pode ser cremalheira e pinhão, sem-fim e setor e coroa e pinhão, respectivamente.

Lembro-me que a Volkswagen sempre escreveu nessa ordem ao informar os dentes da coroa e do pinhão, por exemplo, 37/9. Só que não me toquei do detalhe. Aliás, na especificação dos dentes da marchas também: 40/11, 37/30 etc. Sempre número de dentes da engrenagem movida pelo número de dentes da engrenagem motora.

Se alguém fosse explicar o que significa Car and Driver em português, diria simplesmente Carro e Motorista, nunca Motorista e Carro.

Ouvi de um amigo e experiente jornalista, também preocupado com questões vernáculas, que a ordem do adjetivo e do substantivo se inverte ao passar do inglês para o português, como compact car virar carro compacto. Só que não se trata da mesma coisa.

Puxando bem pela memória, a origem de dessa inversão deve ser dos anos 1920 com o "O Gordo e o Magro", "Laurel and Hardy" no original. Oliver Hardy era...o Gordo.

De qualquer maneira, nunca é tarde para corrigir e partir de agora só escrevo "cremalheira e pinhão".

Que isso de nunca ser tarde sirva de exemplo para quem acha legal, charmoso chamar Ferrari e Alfa Romeo pelo feminino, fora que há um velho ditado que diz: "Ninguém é tão burro que não possa ensinar, ninguém é tão sábio que não possa aprender"...

BS










Na década de 70, a Vauxhall, GM britânica, comercializou a versão de rua do Chevette de rali.
De um folheto da época, 3 imagens aos leitores, mais uma vista em corte que encontrei na rede.
Pena não termos um desses por aqui.




A McLaren também já apresentou seu novo carro, o MP4-24.

Pelas informações da equipe, o carro equipado com o sistema KERS (recuperação de energia cinética) pode fornecer 80 hp extras por aproximadamente 6,5 segundos por volta, ou algo como 0,5 segundo mais rápida cada volta.