De uns tempos para cá, os
grids de largada das categorias nacionais vem sendo cada vez menores, por diversos motivos,
geralmente de ordem financeira. Categorias surgem e desaparecem ano após ano.
Ontem vi um dos maiores
grids dos últimos tempos, no Campeonato Paulista de Carros Antigos, a Super
Classic. Nada menos que 41 carros alinhados no grid, isso mesmo, 41, fora outros que largaram dos boxes. Mesmo com umas complicações e
enrolações aqui e ali no regulamento, é a categoria que mais cresce no estado, e provavelmente no país.
A Stock
Car V8, que é a maior categoria do país, tem um
grid de 30 carros. A Copa
Vicar (antiga Stock
Light) tem 31 carros, a
Pick Up Racing 23 e a Stock
Jr. 17 carros. A Fórmula
Truck tem 23
caminhões correndo, e as demais como Copa
Clio, F-3 e a
GT3 em total decadência, nem chegam a 25 carros.
A
Classic parece ter a fórmula mais bem equilibrada de custo/benefício para quem participa, pois os custos não são absurdos, já que os carros são relativamente baratos, simples, com peças de reposição fáceis de conseguir, pneus radiais de rua, motores nacionais limitados na configuração quatro cilindros de duas válvulas por cilindro, carburados. E o desempenho não é de fazer feio, pois andam na casa dos dois minutos em
Interlagos, um ou outro baixando dos dois minutos.

As corridas são muito interessantes de ver, o pessoal acelera mesmo, mas todos se respeitando, uma corrida (geralmente) limpa e divertida de
assistir. Claro, não é um sucesso de público nas
arquibancadas, como nenhuma corrida aqui é, mas para quem está no autódromo assistindo, é diversão garantida, assim como para quem está correndo.
As demais categorias deviam seguir o exemplo da
Classic, com regulamento simples, custos controlados e baixos se comparados às demais categorias, e com cada vez mais inscritos.

Para o próximo ano, mais categorias vão surgir no país, outras vão desaparecer e algumas vão mesclar-se entre si para formar um
grid mínimo. Espero que um dia os organizadores entendam que um monte de categoria por ai não resolve o problema de interessados e número de participantes, mas sim uma continuidade de evolução do regulamento e controle de gastos de acordo com a realidade e vontade dos participantes. Nisso, a
Classic faz muito bem, pois é uma categoria relativamente barata e divertida para quem corre e quem assiste.