google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Sílvia Cristina Farias, arquivo pessoal e autor
"Carletta", a Lambretta de um colecionador que encomendou trabalho à Sílvia Cristina Farias

O automóvel ser escolhido por artistas para seus trabalhos é comum, eu já cobri diversas exposições onde o tema é algum carro, quase sempre antigo, muitas vezes me pego esquecendo o conceito artístico por trás da mostra e só pensando no quanto o autor estragou o veículo. O que vem a minha mente são as perguntas: Por que não conservar? Será que o artista não entende a restauração como arte válida?

Exposição Autobang, de 2002: estou longe de ser um critico ou conhecedor, mas é o tipo de "arte automobilística" que não gosto
Já recobrir um automóvel com trabalhos manuais em pano, me parece algo reversível, começa a agradar...
... mas imortalizar um veículo numa pintura é o tipo de arte que gosto, e muito!

Fotos: Felipe Madeira, nuerburgring.de

Na curva do Carrossel, "Para 'ovos moles' como Falk de Kassel" (seria Kassel mesmo?)uma ofensa a alguém

Apesar de nunca ter estado no inferno, aquele bíblico, tenho a sensação de que é um lugar ruim. Não é preciso vivenciar uma experiência para ter conhecimento sobre ela, se alguém me diz que o lugar que estamos indo é um inferno, naturalmente tenho uma sensação negativa sobre o tal lugar.

Foi assim que peguei a A565 saindo de Bonn na Alemanha em direção ao sul, queria chegar no Inferno Verde. Nordschleife, próximo à cidade de Adenau, tudo parte do complexo de Nürburgring, o circuito de Nürburg.

Seguindo para o Nordschleife

No trajeto de uma hora, nas modernas estradas da Alemanha, fiquei imaginando os motivos de chamarem o meu destino de Inferno Verde. A alusão à cor da esperança não sintoniza com o termo tenebroso que ela classifica, óbvio então que o Verde será apenas referência à extensa vegetação que contorna o lugar. Resolvida a questão do Verde, o Inferno então deveria ser... quente! Caramba, que azar que eu tinha, fazia zero grau naquele dia, seguia então a caminho do inferno congelante...

A Lenda, claro, era isso! Tudo que havia acontecido naquele local mágico, mítico, para os amantes do automobilismo, compunha a história do inferno. Exatamente como aquele bíblico, tudo que eu sabia sobre o inferno eram histórias, as dificuldades do traçado traiçoeiro, as almas vivas ou não que correram por lá. As lendas e emoções de quem já tinha pisando antes de mim naquele solo sagrado, ops, não pode ser sagrado, então afinal o que é o Inferno Verde?

Zero grau


Final da temporada provoca reflexão sobre o atual estado do automobilismo nacional


Enquanto a categoria máxima do esporte não dorme nos louros, vivemos entre sonhos e pesadelos





Enquanto a principal categoria do mundo se reinventa e se adapta para manter a posição de principal pólo de investimentos tecnológicos e promocionais do esporte a motor mundial, o automobilismo brasileiro tropeça em egos e na ineficiência da Confederação Brasileira de Automobilismo que, por seu próprio estatuto, deveria zelar por sua saúde, vitalidade e eficiência. Não é o caso de comparar os ambientes de negócios entre os dois cenários mas, isto sim, alterar o status atual que permite ao conceito monomarca ocupar cada vez mais espaços e aniquilar a verdadeira base do esporte em terras tupiniquins. Quando as vendas de automóveis no mercado nacional batem sucessivos recordes fica difícil entender porque não se consegue trazer para as pistas 1% dos 3 milhões de carros vendidos a cada ano até os nossos autódromos.

Passo dello Stelvio, a inspiração
Quem aí não gosta de viajar?

Eu trabalho sempre pensando nas próximas férias. Definir um destino para a próxima viagem e fazer os preparativos durante os meses que a antecedem é algo muito prazeroso. Isso é um verdadeiro combustível para a vida, uma esperança, um objetivo, algo que me faz enfrentar o dia-a-dia com mais disposição. 

Esse mundo é tão grande e são tantos os lugares legais que eu gostaria de visitar que já concluí que essa vida não será suficiente. Assim temos sempre que priorizar levando também em conta o tempo de férias e o quanto podemos gastar nas viagens. Eu praticamente posso dizer que trabalho para viajar. Acredito que momentos especiais vividos e sentidos tem muito mais valor que bens materiais. É certo também que alguns destinos são mais difíceis de conciliar com tempo, dinheiro e família. Por exemplo, visitar o Passo dello Stelvio com a família, incluindo uma filha pequena, é um pouco mais difícil que ir para Flórida. 

Mas esse tal de Passo Dello Stelvio já está na minha cabeça faz muito tempo. Desde antes do post do Marco Molazzano logo no início do AUTOentusiastas. Essa passagem talvez seja uma das mais famosas, e aparece em vários programas com vídeos fantásticos ou em matérias com fotos maravilhosas sempre com supercarros fazendo os cotovelos com a traseira escapando. Definitivamente não é uma viagem para ser feita com a família, e por isso ela estava lá, guardadinha em um cantinho especial da minha cabeça (junto com outra para Le Mans), para ser feita em alguma outra oportunidade.

É certo que também, na maioria dos casos, achamos as viagens para outros países bem mais excitantes. Mesmo sendo nativo do país mais bonito do mundo, eu sempre tive tendência a deixar as viagens nacionais para um segundo plano. Estando tudo aí, no "nosso quintal", e com mais facilidade, posso deixar as viagens nacionais para "quando der", como que desprezando o que é mais fácil. Tem outro ponto a favor das viagens internacionais que é a infraestrutura disponível. Parece que é tudo bem mais fácil e seguro. De qualquer jeito, eu não me sinto muito confortável com a minha prática e vivo me questionando isso. Como posso conhecer a Alemanha sem conhecer o Amazonas, que os alemães adorariam conhecer?

Lugar

A matéria que me fez decidir fazer essa viagem
Eis que no comecinho desse ano vi uma matéria numa revista inglesa onde o destino foi o Brazil. Os caras que podem ir ao Passo dello Stelvio com facilidade (e já foram dezenas de vezes), aproveitando que já estavam no Brasil para outro evento, resolveram visitar a Serra do Rio do Rastro em Santa Catarina dirigindo um Audi R8 (que já avaliamos aqui no AE). Por sua vez, essa matéria foi estimulada pela ação da Red Bull com Rhys Milles que subiu a serra fazendo drift com seu Hyundai Genesis em 2010. O vídeo foi muito popular na época.