google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Hayes no centro, agachado, na companhia de Chapman, Hill e  Clark

Mencionei Walter Hayes (1924–2000) nesse post sobre o Ford RS200, e nosso editor rapidamente me lembrou que esse personagem era muito digno de um texto a seu respeito. Como não estou aqui para esquecer de pessoas importantes e principalmente entusiastas de automóveis, finalmente decidi pesquisar um pouco. 

O inglês Walter Leopold Arthur Hayes começou sua carreira no mundo do automóvel como jornalista e teve papel importante tanto na Ford, onde trabalhou por décadas, quanto na Lotus e na própria razão de ser da Cosworth.

Seu trabalho tem uma extensão notável mesmo após seu passamento um dia depois do Natal do ano 2000.

Ele foi, entre outras coisas, responsável pelo contrato de Jackie Stewart para animar um motor que ele sabia ser fabuloso, e pela concretização do mesmo Cosworth DFV como produto digno de patrocínio de um dos maiores fabricantes de carros de rua, a Ford Motor Company. O V-8 que dominou a Fórmula 1 por muitos anos, além de ter sido usado, em suas variações, até mesmo em provas de longa duração, se mostrou provavelmente o maior legado de Hayes na qualidade de executivo não técnico.

Como acontece comumente no mundo automobilístico, pessoas tem suas vidas e carreiras naturalmente cruzadas, e sempre que se busca algo sobre um personagem, nos deparamos com outros também muito conhecidos. Com Walter Hayes não é diferente. Sua associação com Colin Chapman começou quando convidou este para escrever uma coluna sobre automobilismo inovadora, com uma visão de construtor, no jornal Sunday Dispatch, onde Hayes era editor.





End eletrônico:edita@rnasser.com.br                     Fax: (61) 3225-5511                 Coluna 2013  15.maio.2013

Novo chinês, novo nível
Se lhe perguntarem opinião sobre o Lifan, SUV chino-mercosulino finalizado no Uruguai, responda que está num patamar evolutivo. É sintética porém correta visão, nesta quadra de tempo e de mercado onde convivemos com enorme leque de novas marcas e procedências. No caso, a poderosa e vária tropa chinesa vem apresentando marcas e modelos absolutamente desconhecidos, misto de curiosidade, preço, conteúdo, mas com ponto comum: em construção ainda não atingiram os níveis dos fabricantes tradicionais.
O Lifan X60 está nesta categoria evolutiva. Mantém as instigações, em especial conteúdo, equipamento e preço. Entrega a conformação sugerindo valentia, o posto de condução superior, a fortaleza com auto noção assumida pelo usuário. Complementa-a com leque das facilidades oferecidas pela eletrônica – chave não usada como chave, apenas como presença, piscas nos espelhos, faróis acesos 30 s pós desligamento do carro, TV, sensor de ré, e mais o arroz com feijão atual: ABS+EBD, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos. O motor é de quatro cilindros, transversal, 16v com acionamento variável. Desloca 1,8 litro e produz 128 cv e 16,8 kgfm de torque. Suspensões independentes e freios a disco nas 4 rodas. Câmbio manual, com 5 marchas, tração dianteira.
Diferenças
Segue a receita traçada pelos JAC quando chegaram ao Brasil: completos, sem opções, a preço de concorrentes menos dotados. Os chineses, todos, não querem se submeter ao raciocínio que a origem os obriga a ser baratos. Lenta, mas inexoravelmente, aproximam-se dos carros de fabricantes tradicionais – e o preço vem junto. Preferem esculpir a imagem do carro completo a preço agradável. No caso, R$ 52.777.
Gol Rallye, em quarta versão, e a novidade Track

A Volkswagen termina de atualizar sua linha Gol lançando o modelo “aventureiro”, o Rallye (acima, à esquerda), agora em sua quarta versão. Só que ele chega acompanhado do Track (idem, à direita), que pretende atrair pela simplicidade e menor preço. Enquanto o Rallye parte de R$ 45.850 e tem apenas motor 1,6, o Track traz motor 1,0, “decoração” mais simples e preço a partir de R$ 33.060. Como quase todos os “aventureiros”, a inspiração vem mais do marketing do que da engenharia. 

Tecnicamente, os dois novos Gol só diferem dos modelos convencionais devido a sua maior altura do solo. Enquanto o novo Track tem 23 mm a mais de vão livre do solo (vem com aros de 14 pol. pneus de perfil 70), o Rallye é ainda mais elevado (28 mm a mais de altura) devido a suas rodas maiores, de aro 16-pol com pneus 195/50R16. Curiosamente, o novo Track traz pneus de uso misto (algo como 60% asfalto e 40% terra), enquanto o Rallye tem pneus para asfalto. Ou seja, como se trata de uma versão mais acessível, a Volkswagen acredita que o Track será mais ferramenta de trabalho ou terá real uso em estradas de terra, o que raramente ocorre com os “aventureiros urbanos” e até com os utlitários esporte. 


Fotos: autor

O motor de seis cilindros em linha, transversal, desloca 1.649 cm³ e rende 160 cv. Quando fiquei sabendo desses primeiros dados do motor, logo me veio a imagem das antigas italianas Laverda e Benelli, e também da japonesa Honda CBX 1000, motos de grande potência para a época, anos 1970, mas cujo motor pesado e com centro de gravidade alto tornavam-nas ruins de ciclística. Portanto, com esse meu antigo preconceito, e olhando para a K 1600 GTL, tive a impressão de que a moto seria pesada e desajeitada para a pilotagem. Mas bastaram alguns metros rodando para sentir que ela é bem mais maneira do que eu esperava; e bastaram algumas centenas de metros para sentir que ela acelera feito as mais fortes speed do momento. Vamos então saber por quê.

Mais uma obra-prima de tecnologia