google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Desenho: justanswer.com




Este post é uma colaboração de leitor. Ela assina "Sabidão" e nos proporcionou uma dica que serve para os que põem a  mão na massa de seus carros ou de outros, caso seja um profissional da reparação automobilística.

O conjunto de instruções, como o "Sabidão" mesmo diz, é para aquele momento de montar o motor em que estamos perdidos quanto à sincronização do ou dos comandos de válvulas. O que ele conta faz todo sentido.

O AE agradece ao "Sabidão".

Bob Sharp
Editor-chefe

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Método prático para acertar o ponto do comando de válvulas de um motor ciclo Otto ou Diesel

Por Sabidão

De repente, deparamo-nos com um motor de ciclo Otto ou Diesel  de procedência desconhecida e desmontado e não temos como identificar as marcas de sincronização do comando de válvulas. E agora? Ao montá-lo, como fazer?  Não se apavore, siga as instruções abaixo e comece a “descascar o abacaxi”.

1) Coloque o primeiro cilindro no PMS (ponto-morto superior), faça uma marca e retorne 90 graus o virabrequim para evitar o encontro do pistão com as válvulas. 
Foto: Jorge Lettry



A foto mostra um Peugeot 203 numa prova de subida de montanha na serra velha de Santos, em 1958. Um policial rodoviário, em sua Indian, certamente engajado no policiamento da competição, observa.

Esta e várias fotos que têm circulado pela internet há vários meses foram feitas por Jorge Lettry para um jornal dedicado a automóveis chamado HP, que cobria automobilismo. O Jorge era colaborador do HP e que naquele mesmo ano entraria para a Vemag, no Departamento de Testes, e em pouco tempo se tornaria o responsável pelas competições na fábrica do DKW, onde faria história como chefe de uma lendária equipe de competição oficial.

Conheci-o dois anos depois, iniciando-se uma longa amizade que duraria até sua morte em 16 de maio de 2008. Tinha 78 anos.

Lettry no encontro Blue Cloud de 2006, em Pouso Alto, MG. Os volantes são do carro de recorde Carcará

Depois desse rápido preâmbulo, o por quê deste post e respectivo título: o tráfego de veículos na Serra Velha está proibido há não sei quantos anos – dez, vinte, trinta? –, num eloqüente exemplo de irracionalidade, ou mesmo irresponsabilidade: alguém do governo paulista simplesmente achou que os brasileiros não merecem ou não têm direito passar por ali e desfsfrutar de um dos mais belos cenários do Brasil.

foto: MAO

Eu tenho uma crença, compartilhada por muita gente mais inteligente e séria do que eu (e que, portanto, me dá certeza que não é só mais uma maluquice minha), de que só pode-se saber realmente algo sobre um carro depois de uma semana com ele, pelo menos. Na verdade, quanto mais se anda com um carro, mais se conhece dele, óbvio. É fácil pegar as principais características em uma rápida voltinha; fazemos isso muitas vezes aqui no blog. Mas depois de uma semana ou mais, o nosso conhecimento aumenta exponencialmente, e podemos realmente falar mais e, dar mais detalhes para vocês, queridos leitores.

Então estou aqui de volta para contar a vocês como anda meu relacionamento com o meu vermelhíssimo Cruze LT hatch. Para quem não acompanha o blog, comprei-o há coisa de sete meses, e já falei sobre ele aqui. O carro tem bancos de tecido, pintura sólida e câmbio manual, efetivamente o mais barato Cruze que se pode comprar.

Em julho/2012, quando chegou em casa, novinho (foto: MAO) 

Já são mais de 10 mil km rodados com ele. No momento que escrevo essas linhas, são exatamente 11.423. Os últimos quatro mil km foram rodados em dezembro passado, numa sensacional viagem com a família para o sul do Brasil, de São Paulo até Gramado no Rio Grande do Sul pela BR116, depois descendo a serra até o litoral, subindo de volta pela BR101. Não existe nada melhor para uma família que uma longa viagem de carro, e nós aproveitamos bastante a nossa. Eu também aproveitei para dirigir bastante meu novo carro, e daí veio a vontade de contar em mais detalhes como ele é, de uma forma mais tranquila, e com experiência suficiente para fazê-lo sem medo de errar em algo.
Desenhos: e31.net

Virabrequim de BMW V-8 M3, cruzado (foto: KenRockwell.com)

O assunto de virabrequim de motor V-8, cruzado ou plano, veio à baila aqui no AE e alguns leitores pediram para falarmos mais a respeito. Encontramos essa boa explicação no site e31.net. O assunto, como o leitor poderá ver, é complexo, mas o texto a seguir dá uma boa idéia da questão, mesmo que de maneira simplificada.

Há dois tipos de V-8, cujo ângulo do "V" sempre é 90°, que diferem pelo desenho do virabrequim. Os dois tipos são chamados de cruzado (moentes das manivelas a 90°) e plano (moentes das manivelas a 180°). Os motores V-8 têm a vantagem de não precisarem de moentes de manivelas divididos para evitar vibrações entre as fileiras de cilindros. Duas bielas compartilham o mesmo moente.

Com um V-8 de virabrequim cruzado, o último cilindro não está na mesma posição do primeiro, de modo que há vibração de extremidade a extremidade. Isto pode ser resolvido adicionando contrapesos às manivelas, os quais anulam a força criada pelos pistões. Isso é possível apenas num motor em “V” a 90° e sem manivelas divididas. Esses contrapesos, caso aplicados num motor em linha, de moveriam para o lado quando o pistão subisse ou descesse e assim gerariam vibração adicional.

Virabrequim cruzado