google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Jorge Lettry



A foto mostra um Peugeot 203 numa prova de subida de montanha na serra velha de Santos, em 1958. Um policial rodoviário, em sua Indian, certamente engajado no policiamento da competição, observa.

Esta e várias fotos que têm circulado pela internet há vários meses foram feitas por Jorge Lettry para um jornal dedicado a automóveis chamado HP, que cobria automobilismo. O Jorge era colaborador do HP e que naquele mesmo ano entraria para a Vemag, no Departamento de Testes, e em pouco tempo se tornaria o responsável pelas competições na fábrica do DKW, onde faria história como chefe de uma lendária equipe de competição oficial.

Conheci-o dois anos depois, iniciando-se uma longa amizade que duraria até sua morte em 16 de maio de 2008. Tinha 78 anos.

Lettry no encontro Blue Cloud de 2006, em Pouso Alto, MG. Os volantes são do carro de recorde Carcará

Depois desse rápido preâmbulo, o por quê deste post e respectivo título: o tráfego de veículos na Serra Velha está proibido há não sei quantos anos – dez, vinte, trinta? –, num eloqüente exemplo de irracionalidade, ou mesmo irresponsabilidade: alguém do governo paulista simplesmente achou que os brasileiros não merecem ou não têm direito passar por ali e desfsfrutar de um dos mais belos cenários do Brasil.

foto: MAO

Eu tenho uma crença, compartilhada por muita gente mais inteligente e séria do que eu (e que, portanto, me dá certeza que não é só mais uma maluquice minha), de que só pode-se saber realmente algo sobre um carro depois de uma semana com ele, pelo menos. Na verdade, quanto mais se anda com um carro, mais se conhece dele, óbvio. É fácil pegar as principais características em uma rápida voltinha; fazemos isso muitas vezes aqui no blog. Mas depois de uma semana ou mais, o nosso conhecimento aumenta exponencialmente, e podemos realmente falar mais e, dar mais detalhes para vocês, queridos leitores.

Então estou aqui de volta para contar a vocês como anda meu relacionamento com o meu vermelhíssimo Cruze LT hatch. Para quem não acompanha o blog, comprei-o há coisa de sete meses, e já falei sobre ele aqui. O carro tem bancos de tecido, pintura sólida e câmbio manual, efetivamente o mais barato Cruze que se pode comprar.

Em julho/2012, quando chegou em casa, novinho (foto: MAO) 

Já são mais de 10 mil km rodados com ele. No momento que escrevo essas linhas, são exatamente 11.423. Os últimos quatro mil km foram rodados em dezembro passado, numa sensacional viagem com a família para o sul do Brasil, de São Paulo até Gramado no Rio Grande do Sul pela BR116, depois descendo a serra até o litoral, subindo de volta pela BR101. Não existe nada melhor para uma família que uma longa viagem de carro, e nós aproveitamos bastante a nossa. Eu também aproveitei para dirigir bastante meu novo carro, e daí veio a vontade de contar em mais detalhes como ele é, de uma forma mais tranquila, e com experiência suficiente para fazê-lo sem medo de errar em algo.
Desenhos: e31.net

Virabrequim de BMW V-8 M3, cruzado (foto: KenRockwell.com)

O assunto de virabrequim de motor V-8, cruzado ou plano, veio à baila aqui no AE e alguns leitores pediram para falarmos mais a respeito. Encontramos essa boa explicação no site e31.net. O assunto, como o leitor poderá ver, é complexo, mas o texto a seguir dá uma boa idéia da questão, mesmo que de maneira simplificada.

Há dois tipos de V-8, cujo ângulo do "V" sempre é 90°, que diferem pelo desenho do virabrequim. Os dois tipos são chamados de cruzado (moentes das manivelas a 90°) e plano (moentes das manivelas a 180°). Os motores V-8 têm a vantagem de não precisarem de moentes de manivelas divididos para evitar vibrações entre as fileiras de cilindros. Duas bielas compartilham o mesmo moente.

Com um V-8 de virabrequim cruzado, o último cilindro não está na mesma posição do primeiro, de modo que há vibração de extremidade a extremidade. Isto pode ser resolvido adicionando contrapesos às manivelas, os quais anulam a força criada pelos pistões. Isso é possível apenas num motor em “V” a 90° e sem manivelas divididas. Esses contrapesos, caso aplicados num motor em linha, de moveriam para o lado quando o pistão subisse ou descesse e assim gerariam vibração adicional.

Virabrequim cruzado

Fotos: autor

Opel Corsa 1,4, meu companheiro nessa viagem


Estivera em novembro último na Alemanha, um veículo me aguardava à disposição na locadora e, como sempre fizera desde a primeira visita a este país, há dezessete anos, bastou apresentar o passaporte e Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para receber as chaves.

Mas nesta última viagem, no final de janeiro, sofri o impacto de algumas mudanças que, somadas a outras observações que fiz em meus trajetos por lá, me inspiraram a escrever este curto post, uma questão de utilidade aos leitores que forem visitar esse país ou outros da Comunidade Européia.

Desde início de janeiro de 2013 estão em vigor novas regras que exigem a carteira de motorista internacional, a chamada PID (Permissão Internacional para Dirigir). Minha reserva fora feita com mais de um mês de antecedência, aproveitando assim preços mais baixos, e não recebera nenhuma observação quanto a mudanças que viriam proximamente, mas essas alegações foram insuficientes para convencer o funcionário da locadora a me ceder o veículo que agendara apresentando somente passaporte e CNH. O que ele alegou foi o mesmo o que está observado nesta página do site do Ministério das Relações Exteriores.