google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos sem crédito: Volvo



Quando vejo um Volvo moderno passar por mim, fico um pouco pensativo. Fico imaginando que, para um jovem qualquer, a marca tenha pouco ou nenhum significado. Talvez ele tenha ouvido falar algo sobre “segurança”, talvez algum vendedor mais afoito lhe tenha dito que é o carro mais seguro do mundo, ou um outro exagero parecido. Talvez ele ache, vendo a aparência do carro, que seja algo como uma Hyundai sueca, talvez. Se for um jovem como os que tenho visto hoje em dia, provavelmente não saiba nem que Volvo é sueca. E muito menos tenha ideia que seus donos são hoje chineses...

Mas também pudera. Depois de anos no poder da Ford, e agora com os chineses, o quanto será que ainda existe da velha empresa sueca lá dentro? Certamente o design, apesar de moderno e agradável hoje em dia (ainda que de uma forma meio coreana), já não tem mais nada a ver com o conservadorismo que outrora fez a marca famosa. Ainda assim, os mais sensíveis à história do automóvel podem ver um pouco de um famoso Volvo do passado na traseira de todo C30 que passa por aí, seu dono modernoso certamente completamente ignorante de tão importante reverência ao passado. Este famoso Volvo do passado é a semi-perua esportiva P1800ES, abaixo.

foto: Volvo / mecanews.com


Recentemente, um grande amigo aqui do blog importou um cupê P1800E, antecessor imediato da semi-perua ES, e tive o prazer de andar um pouco com ele. O que me deu a oportunidade de pensar um pouco mais sobre esta marca sueca tão desconhecida dos brasileiros em geral, e ao mesmo tempo ajudar a jogar um pouco de luz na história desta companhia que só agora se torna relativamente comum por aqui.



Um leitor fez a gentileza de nos alertar: a Federação Nacional dos Policiais Federais publicou em seu local na internet (www.fenapef.org.br) notícia alarmante no dia 1/10, relativa a 132 veiculos Mitsubishi Pajero Dakar 3,2 Diesel, câmbio manual, para uso em policiamento ostensivo pela corporação. Os veículos foram fornecidos com pneus 235/70R16 e não com os especificados em catálogo, inclusive no local da Mitsubishi na internet, 265/65R17. As rodas são de aço em vez de alumínio, uma escolha acertada até, mas perder 30 mm de seção nos pneus está longe de ser aconselhável para veículos cujo uso nada tem de normal. Pelo contrário.

A nota prossegue dizendo que, em consulta a concessionárias, tal medida de pneu não existe no catálogo. Foi apurado que o Termo de Referência, que é o documento usado nos processos de licitação e contratação que especifica as condições gerais de execução do contrato e das características do bem ou serviço adquirido, prevê que os veículos deveriam vir equipados com “rodas em liga leve ou aço, nas medidas e tamanhos, inclusive dos pneus, estipuladas originariamente pela fábrica, de acordo com a versão do veículo que será oferecido, com estepe de mesmas características.”

Fotos: autor

O Hans, feliz da vida!

Isso é totalmente absurdo. Com uns 110 km/h e acelerando bastante forte, estou passando um caminhão enorme. O vento bate no meu rosto porque na minha frente só tem um pedacinho de vidro como pára-brisa. Eu escuto um barulho de moto forte, de um V-twin de dois litros, mas na minha mão tenho um volante. Estou sentado num banco de couro muito baixo, uns 20 cm acima do solo e no meu lado só tem um pedacinho de alumínio, nada de porta, nada de vidro. Na frente daquele pára-brisa pequeno estou vendo uma roda de moto, e na direita… deve ter mais uma roda, mas é um pouco dificil ver no outro lado do capô.

Inovar-Auto: novos rumos para a indústria automobilica brasileira (foto firmoproducoes.net)

Chega ao fim a novela do IPI, depois de exatos 385 dias. No dia 15 de setembro do ano passado você leu aqui no AE a rasteira que governo passou em quem importava veículos legalmente. Por medida provisória, carros tiveram aumento da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, federal) em 30 pontos porcentuais, ou seja, carro com motor acima de 2 litros, que pagava 25%, passou a pagar 55%. Os de cilindrada entre 1 e 2 litros, 13% para 43%. Até o pequeno Kia Picanto 1,0 foi de 7% para 37%. O resultado não poderia ser ter sido outro, devastação no negócio de importados. De lá para cá o que se viu foi uma queda acentuada da participação dos carros importados nos licenciamentos.  De 25,4% há um ano passou a 18,9 em setembro. Duro golpe.

Por que duro golpe só nos importados? Ora, elementar: quem produz aqui com conteúdo de peças locais de 65% como mínimo, ou importa da região do Mercosul e do México, teve um “desconto” de...30 pontos porcentuais do IPI.

Não bastasse outro efeito, que por si só traria os resultados que o governo queria, a desvalorização do real em 25%, capaz de arrefecer o ímpeto de importação de qualquer produto.

Mas o arrefecimento não bastou, do México ainda vinha muito carro e, tome, foi estabelecido um limite, ima cota de importação para carros vindos de lá, 100.000 unidades em 2012, chegando a 113.000 em 2014/2015. Até esse limite, isenção normal do imposto de importação (35%), além do “desconto” de 30 p.p. de IPI. A grande prejudicada foi a Nissan, cuja dupla March/Versa caiu no gosto do consumidor e vinha chegando em alto volume.

Em meio a um desaquecimento do mercado de automóveis na partir da virada do ano, o governo resolveu mexer no...IPI. Carros até 1 litro passaram a não recolhê-lo, entre 1 e 2 litros flex, 11% para 5,5%, “inflex” de 13% para 6,5%, acima de 2 litros, sem redução. Os preços dos automóveis caíram em média 10% e o mercado reaqueceu. A medida, prevista para terminar no final de agosto, acabou sendo prorrogada para o final de outubro, mas muitos apostam suas fichas no fim do ano.