google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Era de noite e voltávamos do Guarujá; bem no comecinho da década de 70. Eu molecote e meu tio guiando. Sempre guiou bem pacas; veloz e seguro. Ele foi o meu primeiro professor de guiada esportiva. Já meu pai foi o professor da guiada sóbria, dessas de levar a família tranqüila no carro. Cada um na sua e eu na dos dois. O carro: um Corvette 427, preto, 1969, que chamávamos só de 427, devido ao fabuloso V-8 de 427 polegadas cúbicas, ou seja, 6.997 cm³, sete litros. Já escrevi sobre ele aqui, porém ele teve mais boas passagens conosco.

A elas, então.

Voltávamos do Guarujá, início dos anos 70, noite, Corvettão preto bufando. E como andava aquele carro! Parecia ter uma força sem fim.

O caro leitor pode não se impressionar tanto com um carro que tenha 435 cv, já que hoje há vários deles levando suavemente dondocas ao shopping, porém, naquele tempo o que mais tinha era Fusca 1300, DKW, Gordini, Corcel I, uma ou outra banheira americana, e os primeiros Opala, sendo o mais forte o "fortíssimo" 3800 com 125 cv, fora o Galaxie, com "fenomenais" 167 cv que carregavam uns 1.600 kg de lata espessa.

Então, imagine só um esguio esportivo de plástico reforçado com fibra de vidro pondo só 1.400 kg nas costas dos 435 cv? Ele tinha um desempenho estratosfericamente superior ao que rodava por aí. Era o mesmo que apear de um pangaré e pular no lombo de um puro-sangue inglês. Andava pra burro. Fazia o 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e a máxima rondava os 250 km/h. 

Os raros Porsches da época, na arrancada, não lhe davam trabalho algum; coitados dos Porschinhos. Ou saíam da frente ou passávamos por cima. Jaguar E-type, também raros, nem tentavam. O Corvette era um gigante, só comparável aos raríssimos Lamborghini Miura, na arrancada.
Fotos: Paulo Keller

Prius: nas ruas brasileira até o final do ano


Depois de conhecer o Volt, o AE fez questão andar no Toyota Prius, o híbrido mais conhecido do mundo, lançado em 1997 e que já atingiu a expressiva marca de 2 milhões de unidades produzidas. A Toyota do Brasil prontamente atendeu ao nosso pedido e, ao contrário da General Motors, que não pensa em importar o Volt, trará o Prius para o Brasil, mais para o final do ano. E não só eu andaria com ele, o Arnaldo Keller e o Marco Aurélio Strassen estavam nessa também

O conceito desse japonês é bem diferente do Volt, em que o motor elétrico é apenas auxiliar e cujo uso se restringe a poucos quilômetros, cerca de 1 ou 2 quilômetros, que é o que sua bateria de hidreto de níquel metálico (NiMH) de 201,6 volts suporta, e que leva o carro a 25 km/h no máximo..A idéia do Prius e de outros do tipo, como o Ford Fusion Hybrid, é a de um carro a combustível líquido, no caso gasolina, que consome pouco combustível no uso urbano graças à participação do motor elétrico – 81 cv no Prius – na sua propulsão. 

E isso ele consegue: dados oficiais da agência de proteção do meio ambiente (EPA) do governo americano informam 1 litro para 21,6 km na cidade e 1 litro/20,4 km na estrada – não é erro de digitação, é isso mesmo, gasta mais combustível na estrada.. Não cheguei a medir consumo, mas o fato é que mesmo com tanque pequeno, apenas 45 litros, o ponteiro do medidor se movia bem lentamente nos dias em que dirigi o carro.



A discussão levantada pelo Bob a respeito de viaturas policiais fez com que eu passasse os últimos dias pensando em alternativas racionais no mercado nacional para este tipo de veículo. Comentei a respeito com um amigo da Polícia Civil de São Paulo e ele me disse que uma empresa do ramo (a Engesig) já havia feito um estudo interessante baseado no Toyota Corolla.

Basicamente é o mesmo que se faz em qualquer veículo: caracterização externa, bancos com capas impermeáveis, sinalizadores visuais e acústicos (giroflex e sirene) e rádio. Faltou apenas a cela no banco traseiro, com a tela e divisória de policarbonato. Mas eu acho que, no caso do Corolla, faltaria espaço.

Fotos: Paulo Keller


Que carro gostoso pra viajar!

O Bob e o Paulo Keller também acham, leia o que eles dizem adiante.

Na estrada, o RCZ, um cupê 2+2, está no seu melhor elemento. Por ele, viajaria a 180 km/h como velocidade de cruzeiro. Eu disse por ele e também por mim; não pela nossa Polícia Rodoviária.

Viajando com ele foi inevitável imaginá-lo numa Autobahn ou nas maravilhosas estradas da Patagônia argentina, onde tocar com o pé embaixo é sossegado e legal. Aí, sim, o RCZ e eu ficaríamos satisfeitos, já que ele foi projetado e construído pra isso e eu também.

A 120 km/h, em 6a e última marcha, o motor vira a 2.600 rpm, o que dá 46 km/h por 1.000 rpm. Isso significa que a 180 km/h seu giro vai a relativamente baixas 3.900 rpm. Isso é muito bom. Muito bom mesmo pra viajar.