Invenção, evolução, revolução, as diversas formas de se avançar em tecnologia. A área de motores de competição é uma das que mais avança em função da necessidade de acompanhar a competitividade dos concorrentes, mesmo que os conceitos básicos sejam praticamente os mesmos ao longo de um século.
Nos anos 60, a disputa era acirrada entre diversos construtores, com vários pilotos capacitados ao título. O visionário Colin Chapman mostrava ao mundo que a leveza de seus carros era o caminho a ser seguido. Por outro lado, passava por apuros ao ser informado que a Coventry-Climax não iria produzir um motor de 3 litros para a temporada de 1966 da F-1. O título de 1965 da Lotus veio com o motor Climax 1,5-litro V-8 e as habilidosas mãos de Jim Clark.
O projeto do novo motor 3-litros para a Lotus então foi concentrado exclusivamente na empresa de Mike Costin e Keith Duckworth, a Cosworth, fundada em 1958. O acordo financeiro, envolvendo diretamente a Ford, previa um investimento alto em cima da Cosworth, onde 3/4 da verba era destinada ao desenvolvimento do V-8 para a Fórmula-1, e o 1/4 restante para o desenvolvimento de um motor de quatro cilindros voltado para Fórmula-2. Se o motor da F-2 fosse bem-sucedido, seria a base para o V-8 de F-1.