google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: autor


Faz 10 meses que falei sobre aperto de roda e no texto comentei, como curiosidade apenas, que havia casos de porcas de roda com roscas diferentes de um lado e de outro do carro, prática relativamente comum até o final dos anos 1960. Gerou-se a maior discussão, não por haver tal diferença, mas em qual lado do carro a rosca era invertida, a chamada rosca esquerda.

Um leitor, o Alexandre Zamariolli, chegou a me mandar o texto de um manual de Rolls-Royce Corniche que divergia do que eu afirmava. Tanto que admiti meu erro e corrigi o que eu havia escrito.

Imagem: blogs.estadao.com.br


Um dos dados mais relevantes do automóvel, desde que foi inventado há 125 anos, é a potência. Por isso é tão usada pelas técnicas de mercado, ou marketing, todas essas décadas. Até mesmo pela indústria de caminhões (veja anúncio acima), contrariando os que dão importância máxima ao torque, só falam em potência no seu material de divulgação e propaganda. Quem manda é a potência e ponto final.

Mas há um problema: que potência?

Como os alemães sempre usaram a potência DIN, que é líquida, ou seja, é medida estando o motor como se estivesse funcionando no carro, com escapamento, filtro de ar, alternador gerando e corrente e tudo mais, o número de potência DIN sempre foi o mais baixo de todos, entre eles a potência SAE bruta. Por isso sempre falou em “cavalos alemães”, no sentido de valorizar carros que a utilizassem.

Um bom exemplo era o Porsche dos anos 1950, inclusive os de competição como o 550, que incomodava os Ferrari com o dobro da cilindrada, 3.000 contra 1.500 cm³. O 550 tinha motor 1500 de apenas 110 cv, mas eram “cavalos alemães”.

Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress



As informações a seguir são do jornal Folha de S. Paulo, de autoria dos jornalistas Natália Cancian e André Caramante,

No dia 19 do mês passado publiquei o post "Se beber, dirija devagar", que gerou alguns comentários ácidos por entenderem alguns leitores que eu advogava beber e dirigir, quando não é nada disso. O que eu disse foi "se for beber, dirija devagar", o que é completamente diferente.

Eu gostaria muito que o jovem de 19 anos Felipe de Lorena Infanti Arenzon tivesse lido o post e entendido seu significado. Ele certamente não teria provocado o acidente na madrugada deste sábado que, muito mais que destruir seu patrimônio ou de sua família, e de terceiros, provavelmente venha a causar a morte de Edson Roberto Domingues, de 55 anos, que dirigia uma Asia Towner.

Não era esta Brasília, mas era igual (foto aintigosverdeseamarelos.blogspot.com)

Isso já faz uns 20 anos. Nessa época ainda morávamos na fazenda. Para o dia-a-dia da roça eu usava o bugue Glaspac 1970 além da moto Honda 125 Turuna, fora o Buscapé, um cavalaço 1/2 sangue Árabe 1/2 sangue Mangalarga que era um doce de cavalo e tinha um trote macio e esticado, e o Gualixo, 1/2 sangue Árabe, que era o The Flash, rápido, ágil, boca sensível, fôlego infindável, um espírito de guerreiro, simplesmente o melhor cavalo do mundo.

Minha mulher tinha uma Belina ou outro carro qualquer, relativamente decente pra rodar e viajar. A minha diversão motorizada era a Brasília branca com motor de 2.100 cm³.

Olhando por fora, de diferente só se via um radiador de óleo abaixo do pára-choque dianteiro, e nada além disso. Rodas originais, pneus radiais gordinhos da Goodyear e amortecedores um pouco mais duros na traseira. Por dentro, só um discreto conta-giros Turotest embutido no painel, que foi presente do sogro, sobra de seus carros de corrida.

Conta-giros Turotest, igual ao que eu tinha na Brasília