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O Jaguar E-Type e Sir William Lyons, em frente de sua casa, Wappenbury Hall |
O recente lançamento do Cruze detonou o início de mais um round do esporte preferido dos brasileiros interessados por automóveis: determinar o preço que seria ideal para o carro. Eu realmente não tenho paciência alguma para isso. Chega a me irritar esse papo todo de que fulano tem isso e tem aquilo e custa mais ou menos, sicrano vende a tanto e tem 325 cortinas infláveis anabólicas, e o aquele outro tem dente azul e acesso a internet 325G, et cetera, et cetera, ad infinitum.
Irrita-me porque considera que tudo é igual, e impede as pessoas de ver os carros como as coisas únicas e diferentes que são. Até as revistas especializadas nacionais, infelizmente, dedicam-se de corpo e alma a esta atividade de comparação fria, sem impressão alguma sobre o carro, sobre como ele é andando, carregando gente. Sem dirigir, a maioria das pessoas já decide quem é melhor ou pior. Nada mais lógico, pois lendo o que diz a imprensa, é só o que interessa...
Mas apesar disso, preço é sim algo importante. Muito importante. Crucial para o negócio, diria até. Mas o que muita gente ainda não entendeu é que preço não tem nada a ver com conteúdo, tamanho ou desempenho de um carro. O que faz o preço é o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por aquele carro, no volume de produção para qual foi programado o investimento nele.
Tudo isso me fez lembrar de alguém que colocava preços em seus carros de forma diferente. Me fez lembrar de Sir William Lyons.