google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O amigo Carlo Gancia, filho de Piero Gancia, também grande amigo mas que se foi em novembro do ano passado, me mandou este artigo acima intitulado e publicado na revista alemã Stern em 16 de outubro de 1966. O artigo, de autoria do jornalista Jörg Andrees Elten com fotos de Fred Ihrt (que infelizmente não vieram) fala de Friedrich Wilhelm Schultz-Wenk, o alemão que convenceu Heinz Nordhoff, o diretor-superintendente da Volkswagen, a abrir uma filial no Brasil e construir uma portentosa fábrica em São Bernardo do Campo. 

Schultz-Wenk dirigiu a Volkswagen do Brasil de 1953, ano de fundação, a 1969, quando faleceu ainda jovem, aos 55 anos, vitimado por um câncer cerebral 

Pelo valor histórico, achei que deveria reproduzi-lo no AE. Espero que apreciem.

BS


HALLO, SENHOR VOLKSWAGEN

Ele parece exatamente o que a Metro-Goldwyn-Mayer quer em um astro de cinema: esbelto, alto, elegante, grisalho nas têmporas, olhar penetrante, sorriso de vencedor, dentes brancos e tudo isto envolto em uma colônia cara.  Esta foi minha impressão quando o conheci pessoalmente pela primeira vez no Hotel Vier Jahreszeiten (nota: Quatro Estações) em Hamburgo, onde estava recebendo amigos e parceiros de negócios. Ele tinha acabado de chegar do distante Brasil. onde ele é o CEO do maior empreendimento alemão no estrangeiro: a Volkswagen do Brasil. A recepção tinha realmente a atmosfera de filme, “Bobby” (assim os seus amigos chamam o nosso homem no Brasil) era o astro e desempenhava seu papel com maestria. As referências às damas eram do tipo “A senhora está de novo arrasadora”, e aos senhores, “Eu sei como o senhor anda ocupadíssimo e mesmo assim foi maravilhoso ter vindo”. Isto saía naturalmente de seus lábios, como se tivesse decorado as linhas com o diretor. E obviamente sua imagem junto ao seu público era, mais uma vez, excelente.

Enquanto garçons de fraque passavam caviar e as rolhas de champanhe francês espocavam, para o deleite dos convidados, o anfitrião era discretamente chamado ao telefone: Rio, Londres, Zurique.
Fotos: Divulgação VW


Depois do CrossFox lançado em novembro de 2009 e da Saveiro Cross, em fevereiro de 2010, e um ano depois do novo SpaceFox (o primeiro é de abril de 2006), chega o terceiro modelo aventureiro da Volkswagen, a Space Cross. Como na SpaceFox, há opção entre câmbio manual e robotizado e, ao contrário do Crossfox, o estepe não é externo, o que merece aplausos por não recorrer ao “exagero decorativo”, como fabrica mesma diz no material de divulgação à imprensa. Custam R$ 57.990 (manual) e R$ 60.690 (robotizado I-Motion), e compartilham o motor EA-111 de 1,6 litro VHT (Volkswagen High Torque) de 101/104 cv G/E. O Space Cross é produzido na fábrica VW em General Pacheco, na Grande Buenos Aires.

Nada de estepe externo: nota 10

Fotos: Divulgação Peugeot

O Peugeot 408 foi apresentado em fevereiro e substituiu o 307 sedã. É da categoria médio-compacto, o concorrido segmento M1 de sedãs na Europa, representado por Focus, Jetta, Fluence, C4, Civic e Corolla. Vem de El Palomar, Grande Buenos Aires. Vendas começaram em março e até agosto 3.627 unidades já havia sido vendidas (fonte: Fenabrave), mostrando bom desempenho nesse início de comercialização. Só em agosto foram 905 unidades.

Vem em três versões, todas quatro-cilindros 2-litros flex com duplo comando de válvulas e 16V, 151 cv/143 cv a 6.250 rpm (E/G), 22/20 mkgf a 4.000 rpm (E/G).. A versão Allure sai por R$ 59.500, a Feline, R$ 74.900 e a topo Griffe, R$ 79.900. As duas últimas são oferecidas somente com caixa automática epicíclica de quatro marchas com modo de troca automático e manual pela alavanca.  O Peugeot 408 compartilha a plataforma com Citroën C4 Pallas, a outra marca do grupo PSA Peugeot Citroën.

As dimensões generosas da carroceria e do entreeixos (veja ficha técnica) proporcionam espaço e conforto para todos os ocupantes, especialmente no banco traseiro, em que sobra espaço. Os materiais internos denotam cuidado com projeto, evitando qualquer impressão de mau acabamento. O grande comprimento das portas traseiras se destaca, para grande facilidade no entra e sai. O nível de equipamentos é elevado (veja lista) e não há opcionais, a não ser pelo tipo de câmbio no Allure, manual ou automático.


Espaço no banco traseiro é um dos destaques do 408
 Na versão Griffe os enormes e eficientes espelhos externos de vidro convexo recolhem-se ao trancar o carro.