google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Logo que encontrei o Bob no Autódromo Nelson Piquet, aqui no Rio de Janeiro, no evento de lançamento do Fiat Bravo, em novembro passado, ele fez o seguinte comentário a respeito do novo Fiat: “Esse tem cano de descarga aparente, do jeito que eu gosto”. No que prontamente concordei, de fato o Bravo tem um belo cano de descarga com saída dupla, bem aparente.



A passagem de Bob Lutz e de Chuck Jordan pela Opel é tratada, na biografia de ambos, como quase uma nota de rodapé. Mas como tudo na vida de gente, com eles é muito mais que isso quando visto por uma lente de aumento.

Jordan (abaixo), que faleceu recentemente, em dezembro de 2010, teve uma carreira brilhante na GM, que começou quando foi o designer responsável pelo lendário Cadillac 1959, com seus rabos de peixe gigantescos. Foi vice-presidente de Estilo por muito tempo, no tempo em que era o cargo de maior prestígio para um designer na indústria automobilística.


Já Bob Lutz (abaixo, numa cena clássica) dispensa apresentações, mas caso você tenha chegado recentemente de uma viagem de quarenta anos a Urano, Lutz é um suíço-americano, ex-fuzileiro naval e piloto de caça, e ex-executivo na Opel, na BMW, Ford Europa, Ford EUA, Chrysler, e finalmente o pivô do renascimento de produtos na GM durante a primeira década deste milênio. Entusiasta de mão cheia, e executivo preferido de dez entre dez apaixonados pelo automóvel, é creditado pela criação de carros tão diversos quanto o Dodge Viper e o Ford Sierra europeu.




Dia desses, no post Clones do Corvair, o colega MAO disse que “rabos de peixe” eram horrendos.

Não é fácil deglutir um adjetivo desse tipo quando se cresceu escutando os parentes e amigos falando sobre os carros “rabo-de-peixe” dos anos 50.

Como interessado em aviões desde uns seis anos de idade, para mim aquele enfeite na traseira dos carros sempre foi uma parte de avião, nunca a cauda de um peixe. E me perguntava qual a relação entre uma coisa e outra. Como poderiam os americanos batizar algo tão belo com um nome tão feio?
Fotos: Google Earth

Em matéria de absurdos rodoviários, estou para ver trapalhada maior do que as feitas na cidade de São Paulo. É como se os engenheiros encarregados de projetar as vias dissessem, entre si, "Ah, ha, vamos ferrar a vida desses chatos que enchem nossas ruas com seus carros". Porque não é possível tantos erros primários juntos. Só pode ser de propósito.

A foto aí em cima é de 22 de dezembro de 2009, portanto antes da salada feita com a marginal do Tietê (ainda bem que não mexeram na marginal do Pinheiros!), realizada no ano seguinte. A foto mostra o início da Rodovia Presidente Dutra, a federal BR-116, portanto marginal sentido leste.