google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: aerotetic.com

A foto mostra uma barra estabilizadora, peça que a maioria dos carros tem na suspensão dianteira e vários, na traseira. Ela é montada de tal maneira que une os dois lados da suspensão independente ou mesmo de um eixo rígido. Seu nome é impróprio, pois ela não estabiliza nada. O que ela faz, isto sim, é limitar a rolagem do veículo, que é o movimento lateral em torno do seu eixo longitudinal. Por isso seu nome mais conhecido em inglês é correto, anti-roll bar. Há outro em inglês bem conhecido, anti-sway bar, mas aí é meio estranho, barra anti-balanço, pois ela não faz nada disso.

A barra vista na foto acima é montada no veículo tipicamente dessa maneira:

Montagem típica da barra estabilizadora (desenho ww2.uol.com.br)

No desenho, a barra está aplicada a uma suspensão dianteira McPherson de conceito básico, em que não há braço transversal triangular ou em "L", mas um braço transversal simples. Era assim no Simca Chambord e no Fiat 147/Uno por exemplo. A própria barra é que se encarrega de posicionar a roda longitudinalmente. Esse conceito básico, contudo, como foi criado para carros de tração traseira, com tração dianteira é inservível, pois a barra resiste bem a ser puxada, como ao frear, não empurrada, no caso de rodas dianteiras motrizes.
Tabela - revista 4 Rodas maio 1987


Em épocas de instabilidade econômica e inflação alta, os preços eram reajustados a toda hora e os índices de aumentos mostravam números absurdos em relação ao que estamos acostumados hoje em dia. No caso de planos econômicos que visavam aplacar a inflação, os preços eram mantidos estáveis artificialmente, mas quando o plano naufragava, a inflação voltava com mais força ainda.

Nessa época de preços descontrolados, uma curiosidade, a VW, provavelmente no intuito de se proteger de congelamentos, lançou o Gol C. Lançou no papel, pois nunca vi um único exemplar. Na tabela acima, que mostra os aumentos que os carros sofreram, ele aparece com um preço mais alto que o Gol CL, apesar da sigla sugerir um carro ainda mais simples.

Se não me falha a memória, constava nas tabelas de preços da época outros modelos VW com a mesma sigla, inclusive um Santana C. Ao que me consta, nunca existiram realmente. Alguém já viu um desses algum dia?

AC
Foto: continental-circus.blogspot.com



Que os finlandeses são entusiastas das competições motorizadas, todos sabemos. Afinal, um país de pequena área e população de pouco mais de 5,3 milhões de habitantes em 2009, ter todos os campeões de automobilismo que tem, mostra que o pessoal gosta do assunto.

Um dos entusiastas dessa terra fria mas com muito calor automobilístico é Antti Kalhola, cuja existência era desconhecida para mim até essa semana.
Foto: anglerigon.com

Quem assistiu ao "Fantástico", da TV Globo, domingo passado, viu uma das maiores safadezas da administração pública municipal, no caso a prefeitura de Porto Alegre. Fabricantes de detetores de velocidade como o da foto acima sendo flagrados negociando sua venda e oferecendo comissão a funcionários da prefeitura. Aquilo que vimos dizendo e que alguns leitores reclamam dizendo os autoentusiastas desrespeitam o Código andando acima do limite de velocidade - o que não é o caso - pôde finalmente ser confirmado. Estamos diante de uma verdadeira e poderosa indústria da multa, que movimenta, segundo a reportagem, dois bilhões de reais por ano.

A reportagem mostrou também, e isso considero ainda mais grave, como a instalação dos "pardais" não obedece a nenhum tipo de estudo de sua necessidade, ferindo às escâncaras norma do Conselho Nacional de Trânsito. A coisa chegou ao ponto de ter sido negociada venda do equipamento para instalação num bairro residencial modesto e pouco povoado, cujas ruas são da terra. Impressionante a que ponto chega a roubalheira e a corrupção no Brasil.

O fato é que vida do cidadão que dirige é um inferno hoje. É um olho na sinalização de velocidade máxima, outro no velocímetro. O dirigir natural é coisa do passado.