google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Arnaldo Keller
No banco do piloto
Assim que cheguei à adolescência nutri enorme admiração por Ferrari e Maserati, que andavam por aqui  como carros de corrrida apenas.  Quero crer por ter sido a primeira corrida que assisti  justamente uma de monopostos de Grande Prêmio (Grand Prix), antecessores da Fórmula 1 que só seria criada em 1950.

Essa primeira corrida foi a de 1947, eu era muito pequeno, quatro anos, e não me lembro de nada. A segunda, no ano seguinte, também não me deixou registro na memória, o que só aconteceria na corrida de 1949. Com seis anos e pouco deu para ter noção de tudo aquilo, que me pareceu fantástico.


Aproveitando o post do MAO sobre o interior de Ferrari, me lembro de uma experiência com um 599 Fiorano que foi uma grande surpresa.



Uma vez um amigo me perguntou se eu via algum motivo, fora o status, para alguém comprar um Ferrari 550 Maranello, visto que existiam outros carros tão velozes quanto ele, e muito mais baratos.

Podia explicar que carros são mais que números, falar aquele batido clichê do som do V-12, e mais um monte de outros motivos. Mas resolvi simplificar. Disse para ele que para mim, só aquele interior de couro marrom claro com gominhos nos bancos, já valia metade do carro. Era um exemplo de como o carro é feito para agradar todos os sentidos do proprietário, um produto de luxo sem par no mundo. Um sofá de couro italiano propelido por um V-12 impossivelmente maravilhoso em som, suavidade e poder.

Observem este filme de um navio de contêineres sendo descarregado.


É possível perceber o frenesi que é o processo de carga e descarga de navios contêiner. Tempo é dinheiro, e o uso de contêineres padronizados agilizam muito o processo de carga e descarga.

Mas há um detalhe nestas imagens que escapa ao senso comum da maioria das pessoas. É muito sutil o fato de que os contêineres são suspensos por cabos de aço flexíveis, e que, apesar disto, eles são movidos de um lado para o outro em alta velocidade, sem que oscilem como um pêndulo.

É evidente que a movimentação dos contêineres não pode gerar oscilações. São cargas pesadas, difíceis de conter a oscilação, e enquanto oscilam, não podem ser posicionadas com precisão no seu lugar de destino, presas por suas travas, quer seja no navio, quer seja sobre a carroceria dos caminhões.