google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
No meu último post eu mostrei o desenho de um motor de 911 e afirmei o comando de válvulas daquele motor era acionado por um conjunto de pinhões e árvore de acionamento, o chamado "eixo rei".
O BS ficou com dúvidas e me perguntou se aquele motor não tinha o eixo de comando acionado por corrente.
Fui pesquisar e ele estava correto.
A imagem a seguir encontrei no livro do Dante Giacosa "Motores Endotérmicos" (Editorial Dossat, em espanhol).
Aliás, a quem puder encontrá-lo, é excelente referência da engenharia de motores.


Na perspectiva vê-se claramente a corrente de acionamento.
Em meio às minhas pesquisas, encontrei esta animação em 3D deste comando. Trabalho muito bem feito.


Porém, não me dei por satisfeito.
Eu lembrava de ter visto um motor Porsche com eixo rei no meio dos meus livros. Sabia que não estava completamente errado.
Fui encontrar a figura que estava em minha mente no livro do Luis Ruigi "Preparación de Motores de Competicón" (Editora CEAC, em espanhol).


Segundo o BS, este é o motor 547, aplicado tanto  no 550 spyder quando no 356 Carrera, que tinha duplo comando de válvulas por lado.
Além do eixo rei mostrado acionando o comando de admissão dos cilindros do lado esquerdo, há seu simétrico para os cilindros do lado direito. Acionando estas duas árvores e o ventilador de fluxo vertical temos uma outra árvore paralela ao virabrequim.
Por baixo, uma segunda árvore paralela ao virabrequim aciona os eixos rei dos comandos de escape e a bomba de óleo.
Bastante similar a este motor era o do 917, de 12 cilindros. Porém, o acionamento dos comandos era feito por trem de engrenagens a partir de uma engrenagem no centro do virabrequim.
Esta animação mostra bem os detalhes de funcionamento do motor 917.


Nesta animação, a árvore superior paralela ao virabrequim fica bem nítida, acionando o ventilador e os dois distribuidores nas extremidades do motor.
Mais sutilmente a árvore inferior pode ser vista acionando a bomba de óleo.
Tanto o sistema de eixo rei como o de trem de engrenagens conferem alta resistência ao motor, uma característica importante em motores para corridas de longa duração. Porém introduzem muita inércia de rotação ao motor, o que limita sua capacidade de aceleração plena.
Este foi um artigo rápido só para reparar um pequeno deslize, mas acredito ter ilustrado melhor algumas características destes motores antigos.
E me perdoem pelo engano. Entusiasta é humano e também erra.
AAD
Obs: a informação sobre o acionamento deste comando foi retificada no artigo original.
Aí vai a segunda parte das fotos do encontro em Old Town. Dois hot rod dos mais bacanas que lembram alguns dos meus Hotwheels. Difícil dizer qual desses Fords eu prefiro. Quando vi o segundo de traseira, com o eixão aparecendo, lembrei do Alexandre Mr.V8 Garcia.

Ford 35 "all steel", com carroceria de chapa


Ford 2 KQQL 32 - Too Cool 32


As peruas são sempre bacanas. Aqui uma outra Chevy vermelhona. Mas ainda fico com a Nova do post anterior.



Quem gostou do Chevelle prata do post anterior vai adorar esse outro verde, também impecável. Ao ampliar a primeira foto dá para ver dois pequenos autoentusiastas no banco traseiro.




Já que falei do Chevelle prata, mais uma foto dele, sendo admirado por outros três autoentusiastas.




Ainda falando em GM, uma curiosa e bacana Blazer K5, bisavó da Blazer fabricada por aqui. Essa K5 da década de 1970 tem o teto removível de fábrica. Deve ter a rigidez torcional de um pão de cachorro-quente!

Chevy Blazer K5, "Way 2 Cool"


Mais um Chevy que tenho certeza que todos vão gostar: um Impala preto, meio bandido.  O que seria do mundo sem esses Chevys? Repare na perua azul ao fundo, que ficou para a próxima parte.




E para fechar a parte 2, voltando a Ford, um Mustang hardtop com algo grande, bravo e barulhento sob o capô.


Amanhã tem mais!

Nota: todas as fotos estão numa definção mais alta para serem usadas como papel de parede.

Veja também a parte 1 e a parte 3.

PK

“É a história de homens de rara capacidade e criatividade que, através de gerações, consagraram a sua essência à busca do elusivo ideal de perfeição. O fato de que a máquina foi o meio usado não faz seu trabalho menos nobre do que qualquer outra manifestação de arte ou ciência. E, para algumas pessoas, este meio é eminentemente nobre: nas três dimensões que normalmente limitam a maioria das obras de criatividade humana, esta adiciona a dimensão do movimento, o que faz dela uma aproximação da vida em si. Indo muito além da qualidade escultural, o trabalho deles transcende os valores de julgamento humanistas. Neste caso o desempenho é medida absoluta do que foi atingido, e o valor do esforço criativo de cada homem é aparente para todos.”

O trecho acima é do grande Griffith Borgeson, extraído de seu livro “The Classic Twin-Cam Engine”, em que conta as origens do motor de duplo comando de válvulas no cabeçote. Mas uso ele aqui porque cai como uma luva para introduzir a história que conto hoje: a das motocicletas MV Agusta de quatro cilindros em linha.

É uma história irresistível. Um nobre italiano, cuja família fez fortuna fazendo aviões e helicópteros, usa grande parte desta fortuna criando deliciosamente complexas, avançadas e belíssimas motocicletas de competição. Com elas, domina totalmente as competições de moto GP por praticamente 20 anos, com ajuda de um time de pilotos que poderiam ter saído de um filme de Hollywood, heróis com habilidade lendária e coragem sem limite. Bólidos vermelhos que, com seu berro estridente a mais de 9.000 rpm, marcam profundamente gerações de espectadores, e mudam a face do motociclismo para sempre.


Conforme prometido, aí vão as fotos do encontro em Old Town.

O carro customizado que mais chamou a atenção foi esse Lincoln Zephyr com teto rebaixado. Longo e liso com rodas maciças e um motor V-8. 

Lincoln Zephyr V-8! Os originais eram V-12.

A maioria dos carros customizados e dos hot rods eram muito bem-feitos e acabados com pinturas impecáveis.

Ford 32 muito bem-feito e acabado.

Ford 48 simples mas simpático.


Os primos Dodge Challenger e Plymouth Barracuda lado a lado, (abaixo), bonitos de se ver. Quando vi esses carros impecáveis lembrei imediatamente do pessoal do Chrysler Clube do Brasil, em especial do Caccuri.


Tudo começou graças ao John Zachary De Lorean, que resolveu enfiar um V-8 de 6,4 litros no cofre de um Pontiac Tempest. De quebra colacaram um emblema GTO. Assim nasceu o primeiro muscle car.

Pontiac Tempest GTO 1964
Um dos carros que mais gostei foi esse Chevy Nova basicona apenas com a suspensão rebaixada e as rodas cromadas. Simples e direta.


Super Sport, superesporte! Os SS da Chevrolet nos Estados Unidos são assim, diferentes dos SS daqui. Abaixo um Nova e um Chevelle de cair o queixo.


Amanhã tem mais.

Nota: todas as fotos estão numa definção mais alta para serem usadas como papel de parede.

Veja também a parte 2 e a parte 3.