Não foi a primeira vez, já deveria haver aprendido. Com o tempo, GPS e outros gadgets automobilísticos têm-se tornado cada vez mais confiáveis, com maior precisão, uploads e downloads espalhados na internet atualizam-nos com rapidez impressionante, surge um novo radar em qualquer ponto de São Paulo ou do país, na semana seguinte têm-se atualizações disponíveis.
Bom, aluguei um Golf Plus em minha última viagem à Alemanha. Pedi com GPS, como usualmente faço há anos, desta vez uma interessante combinação com aparelho de rádio básico.
A primeira checagem, se o equipamento "falava" inglês, OK, fácil, rapidamente ajustei para o endereço objetivo, saída do aeroporto de Frankfurt, nenhum mapa de back-up, em menos de duas horas estaria no hotel do primeiro pernoite. Na manhã seguinte, de lá para a empresa, fácil também, para as cidades vizinhas, igualmente, familiarização imediata.
Estava trabalhando próximo a Trier, uma das cidades mais antigas da Alemanha a não mais de 40 km de Luxemburgo. Planejei então conhecer ambas assim que concluísse meus compromissos. Trier foi visitada na sexta-feira 9 de julho, principais pontos turísticos, verão europeu é tudo de bom.
De lá a Luxemburgo, a história mudou. Não aparecia no GPS! Segui de qualquer maneira, guiando-me pelas placas, deixando o entender-me com o equipamento para mais tarde, evitando assim, chegar depois do anoitecer.

GPS e rádio integrados, boa idéia: por que não aqui?
Somente os países Alemanha, República Checa e Polônia e suas respectivas cidades estavam carregados naquele aparelho. Imaginei que o GPS pudesse funcionar ao menos como um orientador, usando o pointer e coordenadas, tentei adicionar as do hotel, nada. Pior, não falo nada de francês e sei que por essas paradas, poucos dominam o inglês.
Lá fui eu, parei num bar, nem a atendente, nem o dono falavam além do francês. Havia um senhor alemão tomando cerveja com um grupo de amigos, 20h, perguntei do hotel, deu-me algumas indicações, suficientes para encontrá-lo... várias voltas e minutos depois.

Tela do GPS com "apagão" de informações

Na falta de GPS, de volta às placas
Dia seguinte, depois de percorrer quase todo "o país" a pé, hora de seguir para o aeroporto de Frankfurt, devolver o carro e tomar o avião de volta pra casa. Coloco o destino no GPS, mas este seguia no apagão total. Pensei, assim que sair de solo luxemburguês volta a funcionar, até lá, placas me orientariam.

VW Fox brasileiro em solo europeu: haverá próximo? Quando?

Retornando à normalidade: a menos de duas horas de Frankfurt
Dito e feito, passados poucos quilômetros da divisa dos países, lá estava ele, operacional de novo. Analisando minha viagem, cometi uma série de erros. O primeiro, nada é tão automático, o planejamento estava só em minha cabeça, nenhuma ação efetiva, sabia de muito tempo que em solo francês e Luxemburgo só se fala inglês nas recepções de hotéis, mais nada, nenhum mapa. Há anos vou à Alemanha a trabalho ou passeio, o último mapa que usei foi em 1998, nem sei onde está. Felizmente, os contra-tempos duraram apenas minutos.
Portanto, a quem for alugar carro para andar na Europa, em qualquer país, mapas seguem sendo imprescindíveis. Planejamento de pontos de parada, idem, não estamos no Brasil, onde viajar sem destino é bom e oferece poucos riscos.

Indicadores: velocidade de Autobahnen alemãs, temperatura externa de verão brasileiro.
CZ