google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Não foi a primeira vez, já deveria haver aprendido. Com o tempo, GPS e outros gadgets automobilísticos têm-se tornado cada vez mais confiáveis, com maior precisão, uploads e downloads espalhados na internet atualizam-nos com rapidez impressionante, surge um novo radar em qualquer ponto de São Paulo ou do país, na semana seguinte têm-se atualizações disponíveis.
Bom, aluguei um Golf Plus em minha última viagem à Alemanha. Pedi com GPS, como usualmente faço há anos, desta vez uma interessante combinação com aparelho de rádio básico.
A primeira checagem, se o equipamento "falava" inglês, OK, fácil, rapidamente ajustei para o endereço objetivo, saída do aeroporto de Frankfurt, nenhum mapa de back-up, em menos de duas horas estaria no hotel do primeiro pernoite. Na manhã seguinte, de lá para a empresa, fácil também, para as cidades vizinhas, igualmente, familiarização imediata.
Estava trabalhando próximo a Trier, uma das cidades mais antigas da Alemanha a não mais de 40 km de Luxemburgo. Planejei então conhecer ambas assim que concluísse meus compromissos. Trier foi visitada na sexta-feira 9 de julho, principais pontos turísticos, verão europeu é tudo de bom.
De lá a Luxemburgo, a história mudou. Não aparecia no GPS! Segui de qualquer maneira, guiando-me pelas placas, deixando o entender-me com o equipamento para mais tarde, evitando assim, chegar depois do anoitecer.
GPS e rádio integrados, boa idéia: por que não aqui?
Somente os países Alemanha, República Checa e Polônia e suas respectivas cidades estavam carregados naquele aparelho. Imaginei que o GPS pudesse funcionar ao menos como um orientador, usando o pointer e coordenadas, tentei adicionar as do hotel, nada. Pior, não falo nada de francês e sei que por essas paradas, poucos dominam o inglês.
Lá fui eu, parei num bar, nem a atendente, nem o dono falavam além do francês. Havia um senhor alemão tomando cerveja com um grupo de amigos, 20h, perguntei do hotel, deu-me algumas indicações, suficientes para encontrá-lo... várias voltas e minutos depois.
Tela do GPS com "apagão" de informações
Na falta de GPS, de volta às placas
Dia seguinte, depois de percorrer quase todo "o país" a pé, hora de seguir para o aeroporto de Frankfurt, devolver o carro e tomar o avião de volta pra casa. Coloco o destino no GPS, mas este seguia no apagão total. Pensei, assim que sair de solo luxemburguês volta a funcionar, até lá, placas me orientariam.
VW Fox brasileiro em solo europeu: haverá próximo? Quando?
Retornando à normalidade: a menos de duas horas de Frankfurt
Dito e feito, passados poucos quilômetros da divisa dos países, lá estava ele, operacional de novo. Analisando minha viagem, cometi uma série de erros. O primeiro, nada é tão automático, o planejamento estava só em minha cabeça, nenhuma ação efetiva, sabia de muito tempo que em solo francês e Luxemburgo só se fala inglês nas recepções de hotéis, mais nada, nenhum mapa. Há anos vou à Alemanha a trabalho ou passeio, o último mapa que usei foi em 1998, nem sei onde está. Felizmente, os contra-tempos duraram apenas minutos.
Portanto, a quem for alugar carro para andar na Europa, em qualquer país, mapas seguem sendo imprescindíveis. Planejamento de pontos de parada, idem, não estamos no Brasil, onde viajar sem destino é bom e oferece poucos riscos.
Indicadores: velocidade de Autobahnen alemãs, temperatura externa de verão brasileiro.
CZ
Há algum tempo venho pensando em publicar este álbum de motores.

Ele é parte do livro “Motor a Gasolina – Com Suplemento Diesel”, do Engenheiro Victor João Szankowiski, e editado pela Editora Industrial Teco Limitada, sendo que meu exemplar é da 4ª edição, de 1965.

É obra de arte de um entusiasta por engenharia e por motores, com inúmeras preciosidades que não são mais encontradas em livros modernos.

Várias das imagens a seguir mostram motores que eram realidade há 50, 60 anos, em toda sua intimidade mecânica e numérica, contrastando com motores modernos, com tecnologias muito mais avançadas, mas que pelo convívio já nem mais as notamos.

Apresentar estas imagens a vocês, caros leitores, seria uma oportunidade para que notassem o quanto a tecnologia de motores evoluiu nestes últimos anos e, mais do que isso, mostrar que o automóvel do passado era uma máquina relativamente simples porém ineficiente, tornando-se cada vez mais complexa para atingir uma maior eficiência.

Este era meu objetivo a princípio.


Executivos da indústria automobilística se aposentam todo dia. Se for alguém muito importante, provavelmente leremos alguma nota de rodapé sobre o acontecido, seus funcionários fazem uma festa de aposentadoria, e nunca mais ouvimos falar dele. É o normal.
Mas não é o que acontece com Bob Lutz. Mesmo aposentado, o ex-fuzileiro naval ex-piloto de caça, ex-executivo, ex-tudo, e o entusiasta preferido de 10 entre 10 americanos, Bob Lutz continua sendo notícia. Para quem mora em Urano e nunca ouviu falar dele, vale a pena ler um post antigo do JJ clicando aqui. Seja uma coluna de David E Davis Jr sobre os carros da família de Lutz na Car and Driver americana, seja uma foto dele ao comprar uma nova moto BMW em blogs americanos, Lutz parece não querer desaparecer, e continua a tomar espaço na imprensa.
Mas não é para menos. O sujeito é realmente uma peça rara, e um cara que realmente fará falta na indústria. Vejam por exemplo a foto que abre este post, de seu tempo na GM Europa. Ainda jovem, mas já vestindo seu famoso manto de capotador de carros com estilo, e seu indefectivel charuto. Esta foto é tão legal que já virou motivo de brincadeira na internet, como podemos ver abaixo:

Como se não bastasse, por coincidência topei com mais duas referências a ele ultimamente. A primeira veio do JJ, que pesquisando para seu post sobre o Ford RS200, encontrou a foto abaixo e me enviou:
Lá está o homem de novo, charuto na mão... Com passagens importantes na GM, Ford, BMW e Chrysler, não há como não admirar a carreira do sujeito. Mas ainda tem mais. Outro dia comprei um livro inglês de 1972 em um sebo, chamado "Sports Cars", que conta uma breve história do gênero, desde seus primórdios. Quando chega nos anos 30, mostra a foto de um belíssimo Riley MPH verde, abaixo. No texto, uma breve descrição do carro, e no final, a surpresa: "Este belíssimo MPH restaurado pertence ao chefe da BMW, Bob Lutz."
Uma coisa é certa, a passagem de Lutz pela Terra está longe de ter passado despercebida...
MAO

Terminei de ler ontem à noite um livro sobre algo que eu conhecia muito pouco, a história do surgimento e expansão do automóvel nos Estados Unidos. A obra, de título "Pioneers, Engineers and Scoundrels" (Pioneiros, engenheiros e desonestos, vilões, "ratos", ou qualquer outro significado nessa linha) é de autoria de Beverly Rae Kimes, uma senhora jornalista que se tornou historiadora do automóvel após publicar, na revista Automobile Quarterly, em 1963, a história do Oldsmobile Curved Dash, sobre o qual havia pesquisado a pedido do editor. Foi então infectada pelo vírus da história dos carros, vírus esse com que muitos de nós convivemos há bastante tempo, com consequências agradáveis.